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Achava-se o todo poderoso e não passa de um bicho do mato.

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Jucuruçu: Luiz Dantas é um dos selecionandos para o quadro Super Chef do programa “Mais Você” da Ana Maria Braga

O comerciante e decorador Luiz de Souza Dantas, atual diretor de Cultura da Prefeitura Municipal de Jucuruçu, onde é radicado há quase duas décadas, foi selecionado nesta quinta-feira (06/06), para a nova fase da promoção Super Chef, um concorrido quadro do “Mais Você” da TV Globo, programa que é apresentado pela jornalista Ana Maria Braga.

Luiz Dantas foi um dos selecionados numa concorrência com mais de 200 mil pessoas. As gravações já começarão nesta sexta-feira (07/06), na cidade de Jucuruçu e serão comandadas pela equipe da Tv Santa Cruz de Itabuna. Posteriormente Luiz Dantas participará das etapas que ocorrerão no PROJAC - Projeto Jacarepaguá, também conhecido por Central Globo de Produção no Rio de Janeiro e finalmente as aparições ao vivo no “Mais Você”.

O decorador Luiz Dantas, ou simplesmente “Dantas” como é popularmente conhecido, exerce o cargo de diretor de cultura do município de Jucuruçu, pela terceira vez. Sempre foi dono de restaurante e responsável pela beleza da cidade nas suas ocasiões mais especiais, principalmente no São João e Natal. Dantas é um “decorador e arranjador de mão cheia” e uma “fera na cozinha” como diria Marcelo de Carvalho, apresentador da Rede TV.

“Dantas” não nasceu em Jucuruçu, mas é um apaixonado pelo município. Em meados dos anos 90, ele se radicou em Jucuruçu e se casou com a cidade. É uma pessoa apaixonada pela vida e de extrema popularidade, adorado por adultos e crianças e de um coração grandioso. Trata-se de uma pessoa dócil, amável, companheira, servidor e intelectivo. E, sobretudo, trata-se de um dos profissionais mais requisitados da nossa tríplice fronteira como chefe de cozinha e na arte de decoração pública, mas as suas viagens e atividades nunca foram além do seu amor por Jucuruçu, onde reside.


Parabéns “Dantas” pela sua grande conquista e esse momento maravilhoso que você está vivenciando, lembre-se Jucuruçu em pesso está torcendo por você. Tudo isso que está acontecendo com você é respaldo dos seus esforços e dedicação em tudo que tenha realizado, pois sua marca está registrada por todos os lugares onde você já passou. Agora é a sua vez de mostrar tudo aquilo que você sabe fazer. Desejamos-te muita sorte na sua estreia e trajetória Global.    

Dilma dança na corda bamba

Dilma dança na corda bamba
A situação da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados não vai bem. Seu prestígio está em processo de queda, como demonstra o levantamento feito pelo líder do governo, Arlindo Chinaglia (nota abaixo no site), o que poderá levar o Palácio do Planalto a sofrer derrotas sequenciadas (como já tem acontecido) na Câmara. Segundo o líder, de 400 deputados da base aliada a presidente só conta com 150 parlamentares fiéis. É como se fosse uma presidente eleita pela oposição que tem a maioria contra ela.

O que se passa? Dilma não consegue ser simpática aos deputados? Não tem uma ponte segura ligando-a ao outro lado da Praça dos Três Poderes? Os seus articuladores políticos não funcionam? O fato é que a presidente deve estar com indigestão política de tanto engolir sapos da sua base de apoio que está, visivelmente, descontente. Não é só no PMDB onde se observa uma rebelião.

O problema está em quase todos os partidos que compõem a base de apoio. Em outros tempos, costumava-se dizer, como ditado político “que se pega mosca é com açucar, e não com vinagre”. As moscas da Câmara estão sendo servidas com vinagre. A situação leva à necessidade de a presidente pensar dez vezes antes de agir, antes de encaminhar projetos polêmicos para a Câmara dos Deputados.

Não fica por aí as suas dificuldades. Como Lula, sabe lá ele a razão, precipitou a sucessão lançando a candidatura à reeleição de Dilma, ela pode estar pagando também por esta precipitação que se espraiou pelas unidades federativas, onde o processo sucessório, acompanhando o nacional, também se precipitou. Nada melhor para seus adversários, como Eduardo Campos, do PSB, Aécio Neves, do PSDB e Marina Silva, da Rede de Sustentabilidade.

Os três oposicionistas juntos, como estão em processo de crescimento, poderão levar a decisão da eleição presidencial para o segundo turno e, no segundo turno, tudo é possível, inclusive a aliança dos três em torno do que ficar, para a disputa final, de sorte a derrotar a petista. A presidente vê, também, sua política econômica desabar, a inflação ascender, enfim, tem uma equipe econômica das piores, possivelmente com exceção do presidente do Banco Central.

Os juros sobem e descem, as medidas tomadas pela área também oscilam, movimento próprio de quem exerce a economia com experiências laboratoriais, sem saber ao certo para onde vai. Tenta acertar às cegas. Ruim para Dilma, pior para o Brasil,  com menor visão no exterior, porque chega-se à conclusão de que o O País já não é mais aquele que se dizia que era: um emergente candidato a ser potência.

Salário mínimo precisaria ser de R$ 2,8 mil, diz Dieese

Salário mínimo precisaria ser de R$ 2,8 mil, diz Dieese
O salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas deveria ser de R$ 2.873,56, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), informa a revista Exame.

A cifra resulta de um cálculo mensal do preço dos produtos que integram a cesta básica no Brasil. O valor relativo ao mês de maio é menor que aquele calculado abril, de R$ 2.892,47. Ainda assim, a quantia é 4,24 vezes maior que o salário mínimo em vigor no Brasil, de 678 reais.

Preso acusado de estuprar crianças em Feira de Santana; uma das vítimas é filho de policial

Um homem foi preso em Feira de Santana nesta sexta-feira ( 7), acusado de abusar sexualmente de quatro meninos, entre 7 e 12 anos. O filho de um policial militar está entre as vítimas. O vendedor ambulante, Arisvaldo Assunção Correia, 41 anos, que é vizinho das vítimas, foi detido no bairro Conceição II, em cumprimento de um mandado de prisão.

A justiça determinou a detenção dele após a denúncia do pai de uma das vítimas. De acordo com os garotos, Arisvaldo os chamava para assistir a vídeos em sua casa e quando os meninos chegavam ao local eram amarrados e violentados.

As crianças eram ameaçadas para não denunciá-lo, já que ele era conhecido das famílias das vítimas. Mas um dos garotos revelou o abuso ao pai após ser pressionado por ele, que desconfiou da mudança de comportamento do filho.

Durante a prisão, a polícia encontrou vídeos de pornografia infantil no computador do acusado, inclusive um que mostra Arisvaldo em ato de violência sexual de uma menina de 13 anos, que a polícia tenta identificar.

O ambulante nega que tenha estuprado os vizinhos, mas confessa o crime contra a garota que aparece no vídeo.  Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que prevê pena de 8 a 15 anos de prisão. 

Terminal de Regaseificação: Pescadores criticam propaganda da Petrobras e pedem ajuda do MP

Terminal de Regaseificação: Pescadores criticam propaganda da Petrobras e pedem ajuda do MP
O presidente da colônia de pescadores das ilhas de Bom Jesus dos Passos e dos Frades, Antonio Jorge Teixeira, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que a negociação com a Petrobras para a adoção de contrapartida à comunidade com a implantação do Terminal de Regaseificação (TR-BA) está parada e reclama da propaganda que a empresa lançou nesta quarta-feira (5): um caderno extra em jornal impresso com o título “Mundo Sustentável”. A estatal toca as obras na Baía de Todos-os-Santos mesmo com os embargos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) contra os possíveis impactos sociais e ambientais do empreendimento. Já a peça publicitária em comemoração às seis décadas da estatal destaca projetos sociais de economia verde e de reaproveitamento de materiais no cotidiano. “[A Petrobras] Eles estão com 60 anos e a gente não tem nada. Ainda estamos prejudicados com o empreendimento”, afirmou Teixeira, de acordo com o presidente da colônia, o terminal é construído sobre uma bacia pesqueira e os trabalhadores precisam sair da região para buscar o próprio sustento em outros lugares. A comunidade pede ações efetivas, como a implantação de programas sustentáveis de pesca, a fim de minimizar os impactos causados com a construção do TR-BA. “Nós queremos uma resposta, senão vamos nos mobilizar e fazer mais protestos. Estamos unidos e fortes e queremos o apoio do Ministério Público”, pediu o representante. Segundo ele, a última reunião com a estatal, no final de março, não resultou em uma solução do impasse. “O lançamento já tá em fase de conclusão e esperamos o retorno. Estamos abertos ao diálogo”, completou. Em protesto contra a obras do empreendimento, também já se manifestaram o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, que chegou a afirmar que a empresa quer instituir a ‘baía de ninguém’; e o vereador Marcell Moraes (PV), o qual já informou ter acionado a promotoria para tentar intermediar a contrapartida à comunidade.

'Era anticarlista ferrenho, mas toda legenda do mundo quer esse menino', diz Brust sobre Neto

'Era anticarlista ferrenho, mas toda legenda do mundo quer esse menino', diz Brust sobre Neto
Se depender do comandante estadual do PDT, Alexandre Brust, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), tem "90% de chance" de deixar de ser "ficante" para firmar matrimônio com o partido governista. Após o gestor cogitar, em entrevista ao Bahia Notícias, a possibilidade de apoiar a presidente Dilma Rousseff e o PT em 2014, o chefe nacional pedetista, Carlos Lupi, revelou ao BN que fez um convite para o democrata. Nesta quinta-feira (6), no programa eleitoral do DEM na TV, ACM Neto suavizou o discurso crítico dos oposicionistas aos governos estadual e federal. Segundo Brust, não só a "abertura" de Neto é vista com "naturalidade" na legenda, como também é identificada uma similaridade entre ele e Leonel Brizola. "Ele tem vários pontos em comum. Primeiro por ser eleito prefeito de capital aos 33 anos, como Brizola foi em Porto Alegre. Segundo, pela relação com os governos  estadual e federal", comparou, ao citar o pedido do fundador do PDT em 1984, em plena ditadura militar, para que o Congresso prorrogasse o mandato do ex-presidente João Baptista Figueiredo até o período de eleição e, enquanto governador do Rio de Janeiro, o acordo com Fernando Collor – para quem perdeu a disputa presidencial de 1989 – que estendeu o seu projeto dos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) a outras áreas do país. "A semelhança é muito grande e [o governador Jaques] Wagner está se comportando nessa história como grande coordenador de um projeto para todo o Brasil. Institucionalmente, é a coisa mais importante que poderia acontecer para Salvador e para a Bahia. São gestores que querem o bem para as suas comunidades", complementou. Embora entusiasta da aproximação de Neto com o governo, Brust era adversário político do falecido senador Antônio Carlos Magalhães. "Tempos atrás, eu era anticarlista ferrenho, nos moldes do velho. Esse menino, não. Toda legenda do mundo gostaria de ter um quadro igual. Estendo um tapete vermelho para onde ele estiver", declamou, ao pontuar que ele tem pouca ingerência no processo de atração. Pelo estatuto do PDT, a negociação com detentores de mandato no Executivo tem que ser feita pela direção nacional.

Dia Nacional da Liberdade de Imprensa

Dia Nacional da Liberdade de Imprensa
Anos de truculência, silêncio e repressão. A imprensa enfrentou-os com bravura, mesmo tendo que afrontar todo um sistema pré-estabelecido de poder. Os anos da ditadura militar na América Latina serviram para fortalecer o ideal de liberdade e democracia pregado pela grande máquina da informação.

Os governantes sabem que conhecimento é poder. Isso justifica as ressalvas em relação à imprensa: ela representa a busca pela verdade e fornece à opinião pública os subterfúgios necessários para que esta possa se defender e exigir seus direitos junto àqueles que elegeu.

No Brasil, cientes do "perigo" que uma informação-chave representa ao ser divulgada, os legisladores estabeleceram a censura prévia. Todo e qualquer tipo de notícia deveria passar pelo crivo de censores, sendo barrada quando detectada alguma hostilidade ao governo. Durante os "anos de chumbo", chegou-se a criar um Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) para executar essa tarefa.

Atualmente, é importante que este dia nos lembre que, apesar dos pesares, os meios de comunicação têm o direito e o dever de manter-nos informados. A custo da vida de muitos "desertores", podemos ter a certeza de que uma imprensa séria e investigativa depende dos próprios veículos de informação, já que, ao menos na teoria, a lei os ampara incondicionalmente.

A Liberdade de Imprensa é o direito dos profissionais da mídia de fazer circular livremente as informações. É um pressuposto para a democracia. O contrário dela é a censura, própria dos governos ditatoriais, mas que, às vezes, acaba ressurgindo, mesmo nos governos ditos democráticos.

O dia da Liberdade de Imprensa é comemorado pelos profissionais que com ela trabalham na forma de protestos e do próprio exercício de suas atividades. Em recompensa a isso, existem diversos prêmios que prestigiam trabalhos de imprensa em situações nem sempre favoráveis à liberdade, como a cobertura de países em guerra.
Entretanto, ser livre não quer dizer desrespeito a liberdade de cada um.

Por isso, a imprensa além da liberdade, precisa de ética para evitar que fatos sejam divulgados sem a devida apuração, podendo prejudicar imagens - sejam de pessoas ou de instituições - que jamais serão moralmente reconstruídas. A força de uma divulgação errada é bem maior do que de um direito de resposta.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Prefeitura de Itamaraju não responde às reivindicações dos servidores


Na avaliação dos diretores do Sindicato, a negociação foi improdutiva

Em reunião de negociação entre a diretoria do Sintraspesb e os secretários Jandervan Cerqueira (Administração) e Luciano Porto (Governo) e da Srª Léia, na terça-feira (04/06), na Prefeitura Municipal de Itamaraju, mais uma vez, os dirigentes do Sindicato receberam respostas insuficientes às reivindicações dos servidores públicos.


Em relação ao Plano de Cargos e Salários, ficou acertado que uma comissão paritária vai funcionar todas às quartas-feiras, até o final do mês de agosto, composta de 03 membros da prefeitura e do Sindicato, para trabalhar as propostas de alterações do defasado Plano de Cargos e Salários do município.
A prefeitura, através dos seus secretários, reconhece a defasagem e os prejuízos à vida funcional dos servidores. Mas os diretores do Sindicato foram enfáticos que não dá mais pra continuarem as negociações de “faz de conta”, sem uma proposta concreta. Até o fim de agosto, seriam concluídas as propostas, encaminhadas à aprovação dos servidores em assembleia e, em seguida, à Câmara Municipal, para homologação.
Concentração dos sindicalistas em frente a Policlínica
Sobre o direito ao auxílio insalubridade, o Sindicato afirmou categoricamente o direito de os garis receberem o benefício. Os representantes do governo municipal titubearam e disseram que vão apresentar parecer de médico do trabalho para depois admitirem ou não o direito. O Sindicato vai encomendar parecer jurídico e também de médico do trabalho independente para, se necessário, entrar com ação na Justiça do Trabalho cobrando o benefício.

Sobre o reajuste salarial, não houve acordo, apesar de o secretário de Administração admitir defasagem em todos os níveis. Ele disse que a prefeitura não pensa em um reajuste linear, mas na correção de todos os valores dentro dos ajustes do Plano de Cargos Salários e que, a partir da próxima semana, já seriam apresentadas algumas propostas.
Precariedade e insalubridade

Os diretores do Sindicato apresentaram denúncias sobre diversas repartições públicas que estariam funcionando de forma precária. Citaram como exemplo o local onde funciona o atendimento da vigilância sanitária, o estado indesejável do sanitário do prédio da prefeitura e as péssimas instalações e sinais de abandono nos postos de saúde do interior. A administração informou que na próxima semana os secretários de Obras e de Saúde vão participar da reunião com o Sintraspesb para assumir compromisso de reforma dessas repartições.

O Sindicato reclamou de forma veemente contra a falta de proteção para os servidores que trabalham em locais insalubres. A prefeitura alega que tem fornecido os equipamentos, mas a maioria dos servidores se nega a usar. O Sindicato vai pesquisar em todos os setores, pois ouviu muitas reclamações de servidores que não tinham recebido equipamentos e vai insistir na reivindicação.
Osvaldiney Dias, Presidente do Sindicato em entrevista ao repórter Marcley Farias

Por fim, cobrou-se uma relação de todos os servidores que estão com férias pendentes, pois existem casos de alguns que estão há mais de 05 anos sem esse benefício. O Sindicato reclamou que falta gestão, controle e atenção ao direito dos trabalhadores de gozarem do benefício das férias. A prefeitura disse que todos serão atendidos. A diretoria do Sintraspesb orienta os servidores públicos que estão com o direito de férias negado a procurarem o Sindicato, levarem a carteira de trabalho, pois pretende preparar ação na Justiça do Trabalho para cobrar multa pelo descumprimento do direito das férias, respeito e transparência da prefeitura para com os trabalhadores.

Avaliação

O Sintraspesb foi representado na negociação pelos diretores Osvaldiney, Maristela Santos, Vilma Araújo, Gilson e Belcuri. Também participou como convidado, o bancário e diretor regional da CUT, Carlos Eduardo. Na avaliação dos diretores do Sindicato, a negociação foi improdutiva. “Para que a prefeitura apresente propostas que realmente valorizem o servidor, temos que intensificar nossa agenda de luta”, afirmou Osvaldiney Dias, presidente do Sindicato.


“Durante esse período de reuniões na comissão paritária, não vamos parar. Tivemos poucos trabalhadores em nosso dia de luta nesta terça-feira, mas vamos continuar ocupando a imprensa, visitando os locais de trabalho, marcando manifestos e outras formas de luta. É preciso o engajamento de todos, sem medo. Não basta só reclamar, convocam os sindicalistas”, concluiu.

Ilhéus aprova propostas para o Plano Nacional de Educação

politica news
Com a presença de dezenas de professores, gestores, estudantes, conselheiros e trabalhadores, foi concluída na noite desta última terça-feira, dia 4, no auditório da Faculdade de Ilhéus, a II Conferência Municipal de Educação (Comedi). Iniciado na segunda-feira, dia 3, o evento debateu o tema “Plano Nacional de Educação (PNE) na articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração”. Além de elegerem os nove delegados que estarão representando o município na conferência estadual, prevista para acontecer em Salvador até o próximo mês de outubro, os participantes também tiveram a oportunidade de discutir e votar diversas proposições que irão subsidiar a elaboração das políticas nacionais de educação.

A coordenadora da comissão que organizou o evento, professora Maria Angélica Silva, cita algumas das contribuições da conferência municipal para a formação do Plano Nacional de Educação. “Na proposição 11 do Eixo I, por exemplo, acrescentamos que 10% do PIB passem a ser garantidos para a Educação Pública. Como política de superação das desigualdades regionais, também estabelecemos o prazo de dois anos para a regulamentação das diretrizes que definem a participação da União na cooperação técnica e financeira com os diversos sistemas de ensino”. Maria Angélica reitera que as propostas avaliadas nortearão um grande debate que acontecerá durante a II Conferência Nacional de Educação, prevista para o período de 17 a 21 de fevereiro de 2014, em Brasília.

A secretária de Educação de Ilhéus, Marlúcia Mendes da Rocha, destacou a importância do município participar da elaboração de um conjunto de propostas que servirá para melhorar a educação em todo o país. Já o presidente do Conselho Municipal de Educação, professor Reinaldo Soares, lembrou que algumas proposições locais também foram aprovadas pelos participantes da conferência. “Essas não irão para o evento estadual. Mas serão de grande importância para o fortalecimento do setor em Ilhéus, a exemplo da retomada do Fórum Municipal de Educação”, acrescentou. Segundo Soares, as conferências municipais possuem um papel extremamente importante, uma vez que já estão colaborando com a construção de um plano nacional para os próximos dez anos.

Entre os temas discutidos durante a II Conferência Municipal de Educação, destacaram-se o Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação, organização e regulação; educação e diversidade, justiça social, inclusão e direitos humanos; qualidade da educação, democratização do acesso, permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem; gestão democrática, participação popular e controle social; valorização dos profissionais da educação, formação, remuneração, carreira e condições de trabalho; financiamento da educação, gestão, transparência e controle social dos recursos, entre outros.

Fernandão marca dois e Bahia vence o Botafogo

Fernandão marca dois e Bahia vence o Botafogo
Um triunfo com dupla comemoração. Mesmo em crise fora de campo, o Bahia surpreende no Campeonato Brasileiro. No Estádio Batistão, em Aracaju, o tricolor baiano derrotou o Botafogo de virada por 2 a 1, na noite desta quarta-feira (5), e alcançou uma posição jamais vista desde o retorno à elite do futebol brasileiro em 2011.

Criação de municípios na Bahia vai demorar, mas pode ultrapassar a marca dos 50

Criação de municípios na Bahia vai demorar, mas pode ultrapassar a marca dos 50
Entre a aprovação pela Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (4), do Projeto de Lei Complementar 416/08, do Senado, que regulamenta a criação de municípios, e a materialização de novas cidades baianas há ainda um longo caminho. Apesar de a Constituição do Estado da Bahia, de 1989, prever a alteração de limites territoriais e o desmembramento de municípios para a constituição de outros, a entrada em vigor da nova lei não implica o surgimento imediato das 50 cidades mencionadas na Carta Magna estadual. “Esses municípios foram inseridos na Constituição Estadual e não quer dizer que eles passarão a existir porque foram criados com base em outros critérios”, afirmou o advogado Ademir Ismerim, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ele, “a realidade era outra quando essa disposição transitória foi aprovada”. Ele cita como exemplo o fato de que “naquela época, os estados tinham autonomia para criar” e lembra que o texto aprovado pela Câmara e que segue para o Senado estabelece critérios para a fundação de novas unidades federativas. Um deles é a viabilidade de emancipação da localidade, que engloba questões financeiras, político-administrativas e sócio-ambientais. Ismerim ressalta que o texto da nova lei “veda a criação de municípios novos quando inviabilizar os atuais” e define uma “população mínima de sete mil habitantes” para que distritos da região Nordeste possam pleitear a emancipação. “E metade desses sete mil tem que ser de eleitores”, complementa o especialista. Além disso, será necessária realização de um plebiscito, do qual participará toda a população do “município-mãe”, para aprovar o desmembramento. “Pode ser que a Assembleia verifique que todos esses municípios [citados na Constituição da Bahia] atendem a esses novos critérios, mas no meu entendimento é preciso que o processo comece do zero”, pondera Ismerim. Segundo ele, “podem ser criados até mais do que esses 50”. De quem depende? “Com a palavra, a Assembleia Legislativa”, resume o jurista. O número de municípios brasileiros saltou de 4.491 para 5.507, entre 1991 e 1996, quando uma emenda à Constituição proibiu a criação pelas casas legislativas dos estados. Ou seja, mais de 22% das municipalidadades do País foram fundadas no curto período de cinco anos. Entre as cidades baianas que podem ser divididas estão Camaçari, Itacaré, Jaguaquara, Maragogipe, Catu, Santo Amaro, Araci, Prado, Belmonte, Camamu, Queimadas, São Desidério, Senhor do Bonfim, Ilhéus, Itapicuru e Tucano. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Preservar o meio ambiente é muito importante para que possamos ter um planeta saudável e rico em recursos naturais no futuro. Vamos aproveitar este dia e listar quantas ações podemos fazer para colaborar na preservação do meio ambiente. Se todo mundo fizer um pouquinho, podemos contribuir um montão para o mundo!

Segue algumas medidas que podemos facilmente tomar em casa e na escola:

Água

Escovando os dentes - desligue a água enquanto faz a escovação.Lavando a louça - desligue a água enquanto ensaboa pratos, copos, talheres e panelas.Tomando banho - nada de banhos muito longos e quando estiver se ensaboando, desligue a torneira. 

Energia

Desligue as luzes - ao sair do seu quarto, sala ou cozinha não esqueça de apagar as luzes.Desligue aparelhos eletrônicos - não deixe a televisão, rádio ou computador ligado caso não esteja sendo utilizado.Ar condicionado - utilize com moderação!Lavando roupa suja - dedique dias da semana para lavar a roupa. Assim você utiliza a máquina de lavar em sua capacidade máxima, economizando energia e água ao mesmo tempo.Passando roupa - também dedique dias da semana para passar roupa. Evitando assim, o liga e desliga.

Lixo

Coleta seletiva - tenha uma atitude bacana. Programe a coleta seletiva na sua casa. É muito fácil, basta separar os lixos em: material orgânico, papel, metal, vidro e plástico.
Desta forma, você estará fazendo uma grande contribuição à mãe natureza, já que este material será reciclado, ou seja, será reaproveitado para a fabricação de novos produtos.

Transportes

As emissões de gases emitidos pelos transportes é muito nociva para a nossa atmosfera. Mas podemos tomar algumas atitudes para contribuir na diminuição da emissão de gases.

A caminho da escola - Utilizar os transportes coletivos é sempre mais saudável para o planeta. Por isto, quanto mais gente utilizar um mesmo veículo melhor. Se você vai de carro para a escola, que tal combinar um rodízio com os colegas que moram perto! Além de ser uma atitude consciente, você aproveita e faz novos amigos!

Agora, se a sua escola é perto de casa, larga de preguiça e vá a pé! Assim, você estará cuidando da saúde do nosso planeta, e da sua saúde também!

Agnaldo Timóteo critica postura de Daniela Mercury ao se assumir ser homossexual

O cantor Agnaldo Timóteo criticou a postura de Daniela Mercury, que se assumiu ser homossexual. A cantora namora Malu Verçosa e faz planos de oficializar a união no civil. No último domingo, ela apresentou oficialmente sua mulher e deu um selinho na amada em rede nacional. "Milhões de famílias vão concordar comigo.

A gente não pode bater palma para a vulgaridade, para o exibicionismo, para o oportunismo, para a farsa e para a mentira. Não é possível você aproveitar para dizer: 'eu quero apresentar minha mulher'. Que negócio é esse? Aos 47 anos e com cinco filhos? Por que não fez isso quando tinha 20 anos? Para! Estou indignado", esbravejou Agnaldo Timóteo em um programa de TV.

Sempre polêmico, Agnaldo abriu seu coração. "Tudo tem limite. Ninguém vai punir, ninguém vai recriminar, mas eu vou. Eu tenho 76 anos, saí de casa aos 16 para enfrentar o mundo e continuo enfrentando, então não tenho que concordar com uma mulher que aos 47 anos e cinco filhos, que com certeza amou muitos homens, aproveita o movimento de todo mundo dando porrada num deputado (Marco Feliciano) e diz que quer apresentar a mulher.

Foi um oportunismo perverso, canalha. Uma mulher não precisa expor a sua relação", criticou. O que mais revoltou Agnaldo foi o fato de Daniela ter ido para a TV apresentar a mulher. "Virou a rainha dos gays. Ela está enganando a todos. A família brasileira não merecia isso. É demagogia em nome de ibope.

Foi um depoimento desnecessário aos 47 anos de idade. Foi uma maravilhosa promoção. Nem todos os gays concordam com essa atitude. Foi um grande golpe de publicidade, de graça. Ela foi gênio nesse aspecto", acrescentou. (Extra)

Bahia é líder nacional de homicídios em 2012; Secretário culpa greve da PM

Bahia é líder nacional de homicídios em 2012; Secretário culpa greve da PM
O parecer apresentado nesta terça-feira (4) pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Pedro Lino, durante a apreciação das contas do governo do Estado no exercício de 2012, mostrou que a Bahia registrou um aumento de mil homicídios no ano passado na comparação com 2011.

Conforme o relatório, 5.589 assassinatos foram computados em 2012, o que tornou a Bahia o estado recordista no número de homicídios em todo o Brasil. Segundo o levantamento, a Bahia ficou à frente de São Paulo e Rio de Janeiro, que registraram no ano passado 5.200 e 4.130 homicídios, respectivamente.

Para o conselheiro do TCE, que opinou pela reprovação das contas do governo estadual – aprovada por 5 a 1 pelos membros da Corte de contas baiana –, o aumento “exponencial” da criminalidade no estado em 2012 estaria relacionado ao “baixo nível de investimento” em Segurança Pública. “Apesar de a Secretaria de Segurança ter gasto despesas num total de R$ 3.046 bilhões, apenas R$ 117,5 milhões foram empregados em investimentos (compra de armamento, munição, viaturas, equipamentos, tecnologia).

O montante de investimentos representou 3,86% do valor total liquidado pela pasta, no exercício em comento. A maior parte das verbas da Secretaria foi utilizada para cobrir despesas com pessoal e encargos sociais (salários e impostos), perfazendo um montante de R$ 2,4 bilhões, número que significa 80% do orçamento liquidado em 2012”, anotou em seu relatório Pedro Lino.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Banco Central lança novas cédulas de R$ 2 e R$ 5

Novas cédulas serão lançadas no segundo semestre

O Banco Central anunciou o lançamento de novas cédulas de R$ 2 e R$ 5 no segundo semestre desse ano. Para ajudar deficientes visuais na diferenciação entre as duas cédulas, a nota de R$ 2 terá como marca tátil uma barra inclinada, enquando a da nota de R$ 5 será horizontal.

As novas cédulas fazem parte do projeto Segunda Família do Real, que foi iniciada em 2010 com a troca das notas de R$ 50 e R$ 100. Depois substituíram as cédulas de R$ 20 e R$ 10. De acordo com o Banco Central, as notas da Segunda Família do Real representam 55% das cédulas em circulação. 

Lula diz ter ‘pequeno problema’ com imprensa

politica news
O ex-presidente Lula afirmou ter um “pequeno problema” com a imprensa brasileira, em entrevista publicada neste domingo (2) pelo jornal peruano La República. “Quando critico a imprensa, eles dizem que os estou atacando.

Quando me atacam, dizem que estão criticando”, disse o petista. De acordo com Lula, durante o período que comandou o país nenhum canal de TV ou jornal deixou de receber publicidade do governo por fazer críticas ao seu governo.

Lula declarou, porém, que “os companheiros da comunicação devem compreender que um canal de TV é concessão do Estado”. “E não se pode usar uma concessão para atuar como partido político”, acrescentou.

Aposentados e pensionistas poderão deduzir do IR gastos com remédios

Aposentados e pensionistas poderão deduzir do IR gastos com remédios
Gastos com medicamentos de aposentados e pensionistas, para uso próprio ou por dependentes, poderão ser deduzidos do Imposto de Renda caso o projeto aprovado nesta terça-feira (4) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado se torne lei.

Pela proposta aprovada, o benefício será concedido mediante apresentação de receita médica e nota fiscal pelos que têm renda mensal inferior a seis salários mínimos. Hoje o desconto deste tipo de despesa só é permitido quando o medicamento é utilizado em ambiente hospitalar, e não quando o uso ocorre antes ou depois da internação.

Na avaliação do autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS), a regra atual é uma incoerência da legislação tributária, em razão da tendência de se privilegiar os tratamentos domiciliares e deixar a internação hospitalar para os casos mais graves. Como foi votado em caráter terminativo pela comissão, se não houver recurso ao plenário do Senado, o projeto segue direto para apreciação da Câmara dos Deputados.

Wagner comemora sanção da Universidade Federal do Sul da Bahia com quase 11 mil novas vagas de ensino superior

Gravado de Portugal, onde o governador Jaques Wagner se reuniu com empresários europeus interessados em investir na Bahia, o programa de rádio Conversa com o Governador desta semana destaca a sanção, na quarta-feira (5), da lei que autoriza implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia, pela presidente Dilma Rousseff.

"A projeção, quando a universidade estiver totalmente instalada, chega perto de 11 mil novas vagas, em diversos cursos, e será uma das mais modernas do país", comemora. Outro tema é a assinatura nesta terça-feira (4), da ordem de serviço para as obras de requalificação da orla marítima da capital.

“Nós tínhamos apenas a Universidade Federal da Bahia. Agora estamos evoluindo. Já é uma realidade a Universidade do Vale do São Francisco e a Universidade Federal do Recôncavo, as duas, inclusive, em expansão”, ressaltou o governador.

Segundo Wagner, já havia a decisão política da presidente Dilma de implantar a Universidade Federal do Sul da Bahia e a Universidade Federal do Oeste. “Agora, na quarta-feira, ela já sanciona a lei aprovada pelo Congresso Nacional”. A unidade terá a reitoria em Itabuna e sedes em Porto Seguro e Teixeira de Freitas e a partir daí, será expandida.

Já no encerramento do programa, o governador informa sobre a autorização, na quinta (6), no município de Adustina, do início das obras para a implantação do sistema integrado de abastecimento de água, que faz parte do programa Águas do Sertão.

Redução do recesso parlamentar na Assembleia Legislativa sem previsão para ser votada

Redução do recesso parlamentar na Assembleia Legislativa sem previsão para ser votada
A proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende reduzir de 90 para 60 dias o recesso parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) ainda permanece sem previsão de ir a plenário para ser votada. As lideranças das bancadas de Governo e Oposição se reuniram, nesta segunda-feira (3), para discutir a pauta da sessão desta terça (4), mas, segundo os próprios líderes, contatados pelo Bahia Notícias, o assunto “redução do recesso” não ocupa suas mentes no momento. “A pauta de amanhã (terça) já está carregada. Discutiremos diversas questões importantes para o estado como a Legislação da Copa das Confederações e do Mundo.

Tem ainda a questão dos médicos reguladores, a redução de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias] estadual para micro e pequenas empresas e a entrega das estradas estaduais para a União. Então, já está muito carregada [a pauta]”, justificou o chefe da maioria, deputado Zé Neto (PT). “Me reuni com Zé Neto hoje [segunda] e tratamos de assuntos considerados mais importantes no momento”, defendeu o líder da minoria, deputado Elmar Nascimento (PR).

Já o presidente do Legislativo baiano, deputado Marcelo Nilo (PDT), afirmou que tentará colocar em discussão, nesta terça, a apreciação do projeto que diminui a regalia dos políticos na Casa. “Se eles aceitarem, discutiremos”, alertou. Isso porque, na semana passada, após uma sequência de empurra para lá e para cá, mais um imbróglio surgiu e a tramitação da proposição, suplicada pelos baianos, travou de vez.

A bancada do PT, conforme o líder Rosemberg Pinto, teria acertado junto à presidência que a votação da PEC seria concomitante à votação da PEC que acaba com a reeleição para a presidência a partir de 2017, o que foi negado por Nilo, que já garantiu, inclusive, que as duas juntas não serão votadas enquanto ele for o chefe da Casa. Já o líder petista se recusa a dar o aval do partido para votar os projetos separados, o que impediria, segundo o líder da maioria, de assinar a dispensa de formalidades sem o consenso do colegiado. Até lá, a Copa das Confederações acontecerá, o São João chegará depois o São Pedro e, com mais 30 dias contados, os deputados terão o recesso de inverno.

Como na Bahia as temperaturas nesta época costumam ser mais amenas do que as do restante do ano, nada melhor do que aproveitar o clima mais agradável no estado para descansar um pouco. Os membros do Legislativo estadual, conforme Constituição, retornam no dia 1º de agosto e trabalham até o dia 15 de dezembro. Eles voltam ao batente no dia 15 de fevereiro e entram em recesso novamente, por mais 30 dias, no dia 1º de julho.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Neymar revela admiração pelo Barça e explica decisão: 'Segui o coração'


Uma decisão tomada com o coração. Foi assim que Neymar explicou a escolha para assinar com o Barcelona. Após ser apresentado com festa no Camp Nou nesta segunda-feira, o atacante concedeu entrevista coletiva, revelou ter grande admiração pelo clube catalão e não poupou elogios ao elenco da equipe, em especial Lionel Messi.

Envolvido numa briga entre Barça e Real Madrid pela sua contratação, o brasileiro explicou que, apesar do respeito pelos merengues, sempre quis atuar pelos catalães, por conta dos jogadores que atuam lá e admiração que nutre pelo clube desde pequeno.
- São dois grandes clubes, e estou feliz pelo interesse, mas eu me deixei levar pelo coração, e agora estou aqui em Barcelona.

O Real Madrid é um grande clube, respeito muito, mas segui meu coração e decidi vir jogar aqui. Não foi por dinheiro. Tomar uma decisão com o coração é quando se está feliz e convencido do que quer. Jogar com Messi, Xavi, Iniesta...Isso tem peso. Sempre sonhei com isso. Daniel Alves também é “culpado”, porque sempre falou muito bem.
Neymar coletiva apresentação Barcelona (Foto: EFE)
Neymar durante a entrevista coletiva no Barcelona (Foto: EFE)

Tanta admiração fez o jogador se emocionar durante a apresentação no Camp Nou. Logo ao chegar à sala de imprensa, Neymar reconheceu que teve de se segurar para  não ir às lágrimas.

- Estou muito feliz, é um grande dia para mim e minha família. A emoção é muito grande. Entrar no Camp Nou e ser aplaudido pela torcida. Eu me segurei muito para não chorar, porque, como eu disse, é a realização de um sonho. Não do Neymar, hoje adulto, homem, mas sim de um menino que sempre sonhou com isso. Queria dizer que a emoção é gigantesca - disse Neymar.

Elogios a Messi

Reforço de um time comandado por Lionel Messi, o atacante brasileiro voltou a adotar um discurso político ao ser perguntado sobre o objetivo de se tornar o melhor jogador do mundo. Ele reafirmou a meta de ajudar o argentino a se manter no topo e não escondeu a admiração pelo novo companheiro.

- Nunca me preocupei em ser o melhor do mundo. O melhor jogador do mundo está aqui (Messi). E eu sou um dos caras mais sortudos do mundo por poder jogar ao lado dele. Hoje, para mim, é uma felicidade muito grande. É uma honra. Espero ajudá-lo a ser o melhor jogador do mundo - afirmou Neymar, revelando que já admirava Messi antes de ser procurado pelo Barça.


- Há um tempo eu já tinha falado que torcia pelo Messi, para que ele continuasse a dar alegrias para quem gosta de futebol. E sou apaixonado por futebol, independentemente do time que ele é, a seleção. Eu quero vê-lo fazer mágicas com a bola. Agora vou poder ver de perto, e ajudando, o que é o mais importante.
Neymar coletiva apresentação Barcelona (Foto: EFE)
Neymar coletiva apresentação Barcelona (Foto: EFE)

Contato com Vilanova

Na mira do Barça desde 2011, como revelou Josep Maria Bartolomeu, vice-presidente de futebol do clube, Neymar confirmou que já havia contatos com o time catalão. Um deles foi com o técnico da equipe, Tito Vilanova, mas sem fazer projeções sobre sua chegada ao plantel.

- Uma vez falamos por telefone, e tivemos uma conversa muito rápida. Não falamos sobre posicionamento. Ele só perguntou como eu estava. Eu perguntei se ele estava melhor. Mas foi um contato muito rápido. Não tive outro contato com ele – explicou o brasileiro.

Indiferença quanto ao número da camisa. Uma das questões levantadas na entrevista coletiva foi a preferência de Neymar ao relação ao número da camisa que irá vestir. Acostumado a usar o 11 no Santos, o atacante evitou polêmica e disse que não vai escolher a nova numeração.

Atualmente, o dono da camisa 11 no Barça é o meia Thiago Alcânta, que pode deixar o clube neste mercado de transferências. Mas, no início da próxima temporada, a relação pode ser revista.

- Eu sou um cara que nunca se preocupou com número. Não escolhi, não sei o que vou usar. Então não tenho como falar. Mas eu nunca tive preferência por um específico – explicou Neymar.

Já o diretor técnico do Barça, Andoni Zubizarreta, minimizou a importância da questão.


- Vamos ver que números temos e depois vamos ver o que decidimos. Há jogadores que gostam de mudar de número de uma temporada para a outra. Não consideramos um tema importante. Isso não foi um problema. Esse número 11 tem um dono que se chama Thiago Alcântara, e a partir da temporada que vem a gente vai ver – afirmou o dirigente.
Neymar apresentação Barcelona Camp Nou (Foto: AP)
Neymar acena para a torcida do Barça na apresentação no Camp Nou (Foto: AP)

Dilma anuncia reforço no combate ao crime organizado nas fronteiras

Dilma anuncia reforço no combate ao crime organizado nas fronteiras
A presidenta Dilma Rousseff (PT) disse, nesta segunda-feira (3), que o governo federal pretende reforçar a parceria com estados e municípios no combate ao crime organizado. Segundo ela, cada estado vai receber um escâner móvel e, para os que estão em região de fronteira, serão entregues dois aparelhos. "Esses aparelhos são escâneres moderníssimos, que localizam drogas e armas escondidas nos caminhões e nos carros, até mesmo nos pneus ou na lataria dos veículos", explicou.

De acordo com Dilma, o governo federal vai repassar R$ 30 milhões aos estados fronteiriços para a instalação de câmeras de vigilância. "Essas câmeras serão instaladas em 60 municípios. E os estados vão montar também sistemas de transmissão e de monitoramento dessas imagens", ressaltou. No programa semanal Café com a Presidenta, ela fez um balanço do Plano Estratégico de Fronteiras – em particular, da Operação Ágata 7, que mobiliza 33,5 mil militares das Forças Armadas e mais 1,1 mil pessoas.

Nos primeiros dias da operação, segundo Dilma, foram vistoriados 184 mil veículos e 12 mil embarcações, o que levou à apreensão de mais de 6 toneladas de drogas e 8 mil quilos de explosivos. "Protegendo nossas fronteiras, ajudamos a aumentar a segurança da nossa própria população e a dos grandes eventos que se aproximam: a Copa das Confederações, agora em junho, e a Jornada Mundial da Juventude Católica, no mês que vem, quando vamos receber a visita do papa Francisco."

Jaques Wagner

Satisfeito com a postura aberta do prefeito de Salvador, ACM Neto, para dialogar com o PT sobre um eventual apoio em 2014, o governador Jaques Wagner conversou com o Bahia Notícias sobre as próximas eleições e a possibilidade de racha dentro da base do governo estadual. “Em política, você nunca tranca a porta”, declarou o gestor, ao afirmar que, “seguramente”, se empenharia para garantir o apoio do prefeito à reeleição da presidente Dilma Rousseff. “Se depender de algum esforço meu para que ele venha apoiar a Dilma e até apoiar eventualmente o nosso candidato aqui no Estado, ou pelo menos a Dilma a nível federal, não tenha dúvida de que eu vou trabalhar. Eu não vou brincar com eleição”, explicou. Sem citar suas preferências para a sucessão estadual na Bahia, o Wagner negou que a senadora Lídice da Mata seja seu Plano A e despistou quando perguntado sobre o nome de Rui Costa, apesar de confirmar a sua candidatura a deputado federal e a do vice-governador, Otto Alencar, ao Senado. “O plano A está na minha cabeça e eu não revelo para ninguém, senão estraga tudo”, argumentou. “Não dá para encaixar em três vagas dez, oito ou sete pretensões. Alguém terá que entender que é possível ceder. E eu sou um cara que não fica com medo da sombra”, completou. Sobre 2018, o gestor adiantou que não colocará seu nome para as eleições presidenciais e não descartou a ideia de apoiar Eduardo Campos (PSB). “O PT, depois de 16 anos sentado na cadeira da Presidência da República, tem que arejar e ver a possibilidade de ter nomes dentro dos partidos da coligação”, declarou. Wagner falou ainda sobre os prazos para o metrô da capital, ao considerar como legado de sua gestão as intervenções em mobilidade urbana. “Não tem mais nenhum obstáculo. Eu acho que no começo do segundo semestre a gente já vai ver essa obra”, vislumbrou.
Bahia Notícias – ACM Neto declarou, em entrevista recente ao Bahia Notícias, que pode apoiar Dilma Rousseff e o PT em 2014. Surpreso, governador?
 
Jaques Wagner – Olha... Não. Porque até agora na relação que a gente tem construído, tanto de apoio do governo federal quanto do governo estadual, à prefeitura de Salvador, não tenho encontrado nenhum obstáculo administrativo. E, como eu acho que a política é dinâmica – já se disse que política é como as nuvens: a cada dia você olha, ela está com uma configuração diferente – e como eu sou uma pessoa que tem marcado a atuação na política, principalmente aqui na Bahia, mas também a nível nacional, por essa capacidade de aglutinar, de dialogar, eu não acho que nada seja impossível. É evidente que eu fico satisfeito de ver uma postura aberta do prefeito da capital. Ele tem realmente uma missão que lhe foi delegada pelo povo de Salvador extremamente importante, que é recolocar Salvador com sua autoestima elevada, recolocar Salvador como uma protagonista, como terceira maior capital, como uma capital da cultura, da miscigenação, capital-mãe do Brasil, a primeira do Brasil e a que até hoje foi o mais longo período como capital do país. Ele sabe, eu disse a ele desde o primeiro momento, que já é uma marca minha: “eu não vou perguntar em que partido está o prefeito, eu quero saber das necessidades da cidade”. Então, se tiver confluência desses interesses... A gente tem trabalhado junto, a gente tem estado presente em todas as inaugurações. Ele me demandou e à presidenta Dilma – talvez tenha sido um dos primeiros prefeitos que ela recebeu – com muita clareza que, como líder de oposição, ele tinha a tribuna para garantir o seu mandato, a sua atuação política. Agora, como prefeito, ele tem uma missão e que queria contar [com Wagner e Dilma], apesar de que nunca lhe foi exigido nenhuma declaração de alinhamento. Claro, as pessoas vão se movimentando na política em função do relacionamento, como ele mesmo disse, do diálogo. Então, se o diálogo está aberto e está bom, evidente que uma posição dessa pode ser construída. Eu ainda acho que está muito cedo, apesar de que todo mundo do mundo político e vocês que cobrem política, acabada uma eleição, não dá três meses e a gente já está conversando da próxima (risos). Este ano é um ano muito mais de realização, até porque a eleição vai bem quando você entrega seus compromissos com a população. Esse é o ano de trabalhar. Eu pretendo, inclusive, deixar para o último trimestre deste ano um processo mais acelerado de definição dentro do PT e dentro desse coletivo político, que é um conjunto político muito grande – a gente acabou de fazer uma reaproximação com o PR em nível estadual, com o PTB também, com o PSC... Eu considero que a gente tenha uma base que fala de unidade para 2014 e é claro que eu vou continuar trabalhando para ajudar a presidenta Dilma. Do ponto de vista do prefeito, ele é um prefeito jovem, que está começando sua carreira no Executivo. Eu acho que ele vai olhar o que efetivamente é bom para Salvador, é bom para a Bahia e é bom para ele como carreira política. Eu não fecho portas, até porque hoje eu convivo com muitas pessoas no meu grupo político que eram do grupo político do PFL e do DEM e, graças a Deus, essa relação é muito tranquila. Eu não me surpreendo porque acho que as pessoas têm que ter a cabeça aberta e não trancar portas. Em política, você nunca tranca a porta. Você deixa a possibilidade, sem perder o seu prumo, o seu rumo, mas você deixa a possibilidade de ampliar.
 
BN – Mas, por exemplo, na questão da transferência do metrô, já houve um certo alongamento da discussão, além do que se esperava, da relação entre a prefeitura e o governo do Estado. Nas futuras discussões que envolverão as duas gestões haverá sempre esse embate, de forma que acabe por atrasar as obras para Salvador?
 
JW – O atraso na decisão do metrô realmente não era desejado, mas é compreensível na medida em que era um grupo que estava chegando à prefeitura e precisava tomar pé do que estava acontecendo. E, repare, eu trabalho com parceria, não trabalho com submissão. É claro que o prefeito também tem legitimidade para defender os interesses do seu governo, como nós defendemos o nosso. Na hora que teve dificuldade, eu disse: “Olha, desse ponto não dá para ultrapassar”, porque afinal de contas nós estamos assumindo uma responsabilidade enorme que é receber o trem do Subúrbio, receber a própria CTS [Companhia de Transporte de Salvador], receber o metrô, que é um trauma para nossa cidade e que finalmente agora a gente está publicando o edital. Eu espero que tudo corra bem e que a gente definitivamente possa começar uma obra que não vai parar. Nós vamos começar a obra, concluir a Linha 1, começar a Linha 2 e ela irá até o final. Deus queira que, quando a Linha 2 estiver completando em Lauro de Freitas, a gente já possa pensar em outras ampliações. Porque o metrô no mundo inteiro começa assim: são 20, 25, 30 quilômetros e depois tem metrô em lugar do mundo que chega a 150, 200 quilômetros. Eu acho que agora tem consistência, tem o aporte do governo federal, do governo estadual, tem quatro grupos inscritos que devem disputar o edital de licitação. Acho que agora tem musculatura, tem projeto, as coisas estão todas trabalhadas, somadas àquelas intervenções na transversal ao metrô, na Avenida Paralela. A 29 de Março, o próprio viaduto do Imbuí, a Avenida Gal Costa, a [duplicação da] Pinto de Aguiar, todas essas, eu não tenho dúvida que vão contribuir para melhorar o complexo. Da nova avenida Lobato-Pirajá, que desafoga todo o tráfego da Suburbana para mergulhar na Estação Pirajá, estamos pensando em uma extensão para Valéria e ver como é que a gente complementa até Cajazeiras. Já tomei uma decisão, na medida em que a rodoviária é de tutela estadual, porque ela trabalha com o público do [transporte] intermunicipal, que é a Agerba que controla. Nós vamos trabalhar com uma permuta do terreno do Detran, no terreno da própria rodoviária, e jogá-la na altura de Valéria, conectando com o metrô. Com isso, eu facilito a vida do povo do interior, que vai chegar em um local onde vai se desenvolver uma grande rodoviária, provavelmente com comércio no entorno; vai chegar no metrô, um transporte coletivo que vai trazê-la para dentro da cidade; e a gente ajuda Salvador, porque aquele olho do furacão que é o Iguatemi deixa de receber todo dia aquele movimento de muitos ônibus do interior. Então, o atraso foi puxa-estica: “eu quero mais um tanto”, “eu só posso sobreviver com tanto”... E, no final, batemos o martelo. O importante é que a gente bateu o martelo. Nas outras obras, até agora, praticamente a gente não teve discussão. Eu sei que ele está pensando na orla. Nós estamos pensando na orla. Já conversamos sobre o réveillon de 2013... Eu vou repetir o que o presidente Lula dizia: não é o dinheiro que faz o projeto. É o projeto que faz dinheiro. Um bom projeto, uma boa proposta, agrega pessoas e agrega também valor. Comigo, até agora, não estou vendo dificuldade e espero que a gente continue assim, a bem de Salvador, porque Salvador efetivamente careceu de investimentos mais estruturantes. Da minha parte e da parte da presidenta Dilma, só essas obras, fora o metrô da Paralela, vão bater R$ 1 bilhão. É muito investimento.
 
BN – A prefeitura teve queda grave na arrecadação dos principais impostos. O senhor acha que a abertura de uma possibilidade para apoio do prefeito de Salvador ao PT em 2014 é uma forma de manter a governabilidade, com os governos federal e estadual próximos a ele?
 
JW – Ele não depende disso para ter a colaboração dos governos estadual e federal. A Dilma, a exemplo do ex-presidente Lula, tem obras em São Paulo, que é o emblema da oposição a ela; o Lula tinha muita obra no Ceará, do senador Tarso Jereissati (PSDB) e do Lúcio Alcântara (PSDB), campeão de oposição. Como sou da escola dele, eu creio que o Lula nesse aspecto tem muita clareza. Na hora do palanque, cada um está do seu lado. Na hora de governar, você não vai maltratar e sacrificar o povo porque, na liberdade da democracia, o povo escolheu quem quer que seja. O que eu quero dizer é o seguinte: independente da posição que ele vai ter em 2014... Óbvio, se ele quiser vir apoiar Dilma, eu vou bater palma! Se depender de algum esforço meu para que ele venha apoiar a Dilma e até apoiar eventualmente o nosso candidato aqui no Estado, ou pelo menos a Dilma a nível federal, não tenha dúvida de que eu vou trabalhar. Não estou trabalhando por isso, mas isso faz parte da minha missão de dar uma grande vitória para ela aqui na Bahia. Sinceramente, não tem essa colocação. A conversa que ele teve com a Dilma até antes da posse foi muito franca de parte a parte. Comigo, algumas pessoas ficam achando: “olha, o senhor está investindo agora, por que não investiu antes?”. Eu digo: “os projetos foram maturando”. A gente tinha muito projeto. A questão do metrô foi de um processo, que se arrasta desde João Henrique. Quando eu decidi assumir o metrô, podia ter sido batido o martelo até com ele, antes de Neto chegar à prefeitura e até antes da eleição. Mas as coisas não foram prosperando. Tanto que, logo na transição, a equipe da Casa Civil, de Rui Costa, se sentou com a equipe que era comandada pelo ex-governador Paulo Souto, que era a transição de Neto, e foram trabalhando. Então, repare, se você me perguntar: “o senhor trabalharia, faria um esforço por isso?”, seguramente. Eu não vou brincar com eleição. Por mais que alguém diga que a Dilma está bem, se eu puder trazer mais alguém, eu vou trazer. Agora, ele não depende disso, tanto que ele nunca afirmou que ia fazer essa coisa e a Dilma está botando através do governo do Estado R$ 1 bilhão aqui. Nós fizemos o emissário submarino, vou ajudar na questão da orla, estamos discutindo réveillon. O Réveillon de 2013 para 2014 é praticamente o meu último, porque em 2014 entrando em dezembro a gente praticamente já está fora (risos). Eu queria dar um Réveillon maior, ele também está com essa ideia. Eu, sinceramente, separaria essa questão da gestão. Todo mundo sabe que, ao assumir o metrô e o próprio o trem do Subúrbio, nós tiramos um peso da prefeitura que, como você colocou muito bem, tem um orçamento super apertado e não tinha capacidade de tocar o metrô. A Dilma está botando R$ 1 bilhão, nós vamos botar acima de R$ 500 milhões e depois o governo do Estado ainda vai ficar com a responsabilidade de bancar mensalmente um subsídio. Todo metrô do mundo depende de subsídio e esse orçamento da prefeitura não teria a menor possibilidade de suportar isso. Eu acho que ele pode estar dizendo que discute com qualquer um... Repare. Quando você é bem tratado, é impossível você, de lá pra cá, tratar com grosseria, com desdém. Se isso vier a acontecer na relação, eu acho ótimo, mas não é o que está posto por conta das obras.
 
BN – O senhor falou de adesões, que trabalha agregando. Hoje, no cenário político, na oposição a gente não vê nomes em ênfase. Será que essa política de agregar não pode também fortalecer um possível opositor nas próximas eleições?
 
JW – É aquilo que eu falei, você não pode fechar porta. Nós temos trabalhado, as pessoas têm visto o tipo de trabalho, a forma democrática que eu toco, porque na verdade nós giramos 180 graus o estilo do fazer política aqui. O estilo antes era muito mais impositivo e eu sou muito mais da conquista pelo diálogo. Eu digo sempre que é melhor conquistar pela sedução do que pelo constrangimento. Então, é claro que a gente agregou muita gente, mas estão aí o DEM, o PSDB e o PMDB na oposição aqui no Estado, e existem nomes.
 
 
BN – Tem se falado em duas figuras que possivelmente podem concorrer: Marcelo Nilo e Otto Alencar também podem ser candidatos, não é?
 
JW – É óbvio que a gente felizmente no grupo tem vários nomes, dentro e fora do PT. Eu já disse que nenhum grupo político sobrevive impedindo que o outro cresça, e nas eleições de 2012 todo mundo cresceu: o PT foi para 90 [prefeitos], o PSD para 70, o PP passou de 50, o PDT passou de 40, o PSB passou de 20 prefeituras. Todo mundo está satisfeito porque todo mundo agregou, e nas eleições de 2010 também. Eu concordo que quanto maior a base aliada, mais difícil para você conduzir. Mas eu sinto no pessoal da base aliada, com esses nomes que você citou, que há uma disposição para gente dialogar, mas respeitar a condução do governador, que é o cargo mais importante do Estado. Dentro do PT também existe este sentimento. E eu creio que a gente vai ter habilidade, porque são 12 partidos. Na majoritária, nós temos três vagas, que é o governador, o vice e um senador, além do suplente de senador. Eu, para contribuir com isso, já abri mão também daquilo que se considera natural, que é um governador reeleito sair do governo e ir para o Senado. Se eu sair, eu prefiro ir para deputado federal, para ser um puxador de legenda e deixar mais confortável o acerto entre os partidos. Realmente, você citou nomes. E eu poderia citar outros: Lídice da Mata, do PSB, Mário Negromonte, do PP... Ou seja, a gente tem pessoas com experiência e tamanho político para pretender. Mas eu, sinceramente, sinto, até pelo jeito que a gente vem conduzindo, dando espaço para todo mundo, que há uma disposição para a gente trabalhar em conjunto. Eu não vejo, pelo menos por enquanto, uma ideia de construção de uma divisão dentro do próprio grupo. E evidente que a oposição seguramente terá candidato. O cenário nacional também está incerto. Tem a candidatura certa da presidenta Dilma para a reeleição, que eu acho que é o natural da política; tem a candidatura de Aécio [Neves, senador pelo PSDB], que capitaneia as oposições ao governo; e esse é o embate tradicional desde 1994, já que em 1989, na primeira eleição direta, nós tivemos muitos candidatos e o segundo turno acabou sendo Lula e [Fernando] Collor. De 94 para cá, há um embate histórico até agora. Tem 20 anos que sempre foi PT e PSDB, o que não quer dizer que esteja impedido vir outro candidato. [Anthony] Garotinho foi candidato, Ciro Gomes foi candidato, Marina [Silva] foi candidata... Mas eu sei que na cabeça do povo funciona muito uma lógica de governo e oposição. Você tem essas duas candidaturas. A do Aécio, que vai se consolidando com a convenção que ele fez, de unidade do PSDB, em São Paulo; tem a candidatura da Marina, que tem, vamos dizer, uma estrada própria de uma questão ambiental e uma questão da chamada ética na política, que eu acho que é muito a cara dela, mesmo. Eu acho que ela é uma bela figura humana e uma bela figura política. E eu acho que tem a possibilidade, por enquanto, da candidatura do Eduardo Campos, que se colocou, não bateu o martelo, não disse “vou ser e não abro mão de ser candidato”.

BN - O senhor teve uma conversa recentemente com Eduardo Campos. Qual foi a sua impressão?

JW -
 Dentro do partido dele [PSB] há debate muito intenso, alguns achando que é precipitado, que é melhor guardar para 2018, há alguns que acham que tem que ser agora. Eu estou muito à vontade, porque as minhas ideias eu coloquei para ele em uma conversa muito franca, de seis horas. Depois já coloquei várias vezes publicamente e agora, mais recentemente, em uma entrevista, e vou insistir. Nós estamos juntos desde 89, com a Frente Brasil Popular, com o PT, o PCdoB o PSB... Eu diria que esses foram os partidos que desde o primeiro momento estiveram juntos. Depois tivemos outros partidos, como o PDT, PMDB. Mas estes três constituíram. E construímos isso que hoje está se vendo aqui no Brasil nessa caminhada que, eu repito, não começou com o presidente Lula, porque o Itamar [Franco] fez sua parte, o Fernando Henrique [Cardoso] fez sua parte e depois o Lula fez como ela [Dilma] está fazendo. E eu disse a Eduardo que eu acho que o momento mais próprio para uma incursão dele seria 2018 e acho que o PT também tem que se abrir para discutir essas possibilidades, porque a gente não vai manter um grupo unido se a gente disser: “aqui só prospera se for do PT”. Eu acho que se tem que abrir, efetivamente, espaço, principalmente depois de 16 anos. Quando a gente chegar em 2018, são 16 anos de governo do PT. Eu aqui ganhei com 16 anos do DEM no governo. O PT perdeu a prefeitura de Porto Alegre depois de 16 anos no governo. Em Vitória da Conquista foi até uma exceção. Nós estamos caminhando agora para 20 anos. Mas, eu acho que essa possibilidade existe e que tem que ser aberta essa discussão. Eu gosto de dizer que a gente organiza o nosso time. As outras candidaturas quem organiza são os outros. Eu dei minha opinião, externei. Vamos aguardar a decisão do PSB. Se ele lançar a candidatura, vamos ver como é que ele vai se posicionar. Porque, também, não tem muito como a gente tergiversar. Quando você lança candidatura fora do governo, inevitavelmente você vai dizer: “Sou candidato porque acho que esse governo não está em um caminho correto”. É difícil você fugir e não acabar se transformando em uma candidatura de oposição. Você não vai ficar falando bem do governo e dizendo: “mesmo assim, eu sou candidato”. Inevitavelmente você vai ter que falar que discorda disso e daquilo. E aí que eu acho que há dificuldade porque quem mais tem o patrimônio da oposição ao projeto do PT, no caso a ela [Dilma], é o PSDB. E alguns falam: “ah, e se a economia for mal?”. Eu hoje vi uma notícia de que, no mês de abril ou maio, houve a menor taxa de desemprego dos últimos 11 anos. Então, se a gente continuar tomando medidas e mantendo a economia em processo de crescimento, mesmo que não seja tão espetacular, mas mantendo esse padrão de consumo, esse padrão de progressão na sociedade do nível de emprego, eu acho que ela [Dilma] vai desembarcar extremamente forte lá em 2014. O quadro não está definido, por isso que também não fica definido aqui. Se tiver a candidatura de Eduardo, quem será o palanque dele, por exemplo, na Bahia? Lídice que vai fazer o palanque dele? A gente ainda não sabe. Eu continuo torcendo para que a gente esteja junto a nível nacional e a nível estadual, mas vou ter que esperar a decisão dele. 
 
BN – A senadora Lídice da Mata declarou que seria o Plano A de Jaques Wagner ao governo do Estado, enquanto o presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, afirmou que não abriria mão de uma candidatura do partido em 2014 e que em 2018 o candidato à Presidência da República seria Jaques Wagner...
 
JW – Primeiro, está longe de mim colocar 2018. Óbvio que há meu nome dentro do PT, sempre que você procurar quatro, cinco nomes do PT pensando em 2018; o que é absolutamente precipitado porque a gente ainda nem ultrapassou 2014.
 

BN – Mas o senhor já citou Eduardo Campos em 2018.
 
JW – Não. Eu falei para ele que a hora dele mais própria é 2018. Isso eu digo, porque acho que é. É a minha opinião que é precipitação dele colocar esse tema logo agora em 2014. Eu já disse com muita tranquilidade. Primeiro, porque eu já tenho uma vaidade super atendida de ser governador da Bahia por oito anos. Para quem chegou como eu cheguei, sem nenhuma estrutura familiar nem de nenhuma tradição, sair do movimento sindical e virar deputado, virar ministro e virar governador por duas vezes... A gente tem que modular a vaidade da gente. Eu digo sempre que sonho é o alimento da alma e obsessão é o veneno. Se o cara fica obsessivo por um negócio, “eu vou ter que ser candidato”, o cara acaba se atropelando. Até no namoro é assim. Quando o cara fica obsessivo por uma menina, acaba fazendo uma bobagem. E, por incrível que pareça, amor e ódio são duas vertentes da paixão humana que muitas vezes migram, de uma para a outra, por isso. O amor daqui a pouco vira ódio por conta da obsessão. Então, eu não tenho obsessão. Se você me perguntar se eu gostaria, óbvio. Se meu nome for cogitado e eu estiver preparado, mas eu já estou preso pela minha palavra, porque eu já disse que eu acho que em 2018 o PT, depois de 16 anos sentado na cadeira da Presidência da República, tem que arejar e ver a possibilidade de ter nomes dentro dos partidos da coligação que nos ajudaram nessa caminhada que possam também chegar. Eu não acho que a gente deve ter o monopólio da Presidência da República, o monopólio do eu sozinho. Uma andorinha só não faz verão. Por isso, eu não vou colocar o meu nome para 2018. E quero deixar bem claro que não tenho nenhuma restrição a nenhum partido, muito menos a Lídice, que é uma companheira de longa história. Foi a primeira prefeita mulher de Salvador, a primeira senadora mulher eleita pela Bahia e tem qualidades que todo mundo reconhece, de compromisso com o povo, de seriedade e honestidade, e que já teve a sua capacidade de gestão testada, quando teve que governar em uma adversidade danada. O estilo político da época, como ela era de oposição ao governo do Estado, foi quase que um massacre em cima da gestão. Eu reconheço também, com a mesma sinceridade, que há uma legitimidade do PT de pleitear. Nós temos nomes dentro do PT, o maior partido de sustentação da Dilma e do meu governo. Temos aí o nome de [José Sérgio] Gabrielli, de [Walter] Pinheiro, de Rui Costa, de [Luiz] Caetano, que estão colocados. Nós vamos ter que afunilar isso aí entre outubro e novembro deste ano. Mas é evidente que Lídice é um nome que pode ser colocado, como é o nome de Marcelo Nilo e é o nome de Otto, como eu já falei aqui. Agora, também, dizer que é o Plano A, não é verdade. Porque o Plano A está na minha cabeça e eu não revelo para ninguém, senão estraga tudo. 
 
BN – Mas todo mundo está dizendo que é Rui Costa...
 
JW – O nome de Rui Costa sempre é tocado porque ele fez um trabalho e cresceu muito no governo. No primeiro governo, ele era vereador [suplente em Salvador] e abriu mão de ser candidato para poder continuar na articulação política. Nós fomos eleitos com minoria na Assembleia e ele foi quem conseguiu fazer essa construção. Foi o deputado federal mais votado de nosso conjunto – acima dele só vieram ACM Neto e Lúcio Vieira Lima, ele foi o terceiro mais votado –, teve um bom desempenho e, agora, na Casa Civil, ele tem mostrado muita capacidade de execução. E tem o fato de que eu comecei minha vida no Pólo Petroquímico [de Camaçari] e ele era também do sindicato. Mas minha relação tanto com Caetano quanto com Pinheiro quanto com Gabrielli também são relações de longa data, do começo da vida do PT. Até porque eu não posso conduzir um processo desse por um critério de “meu amigo”, de gostar mais ou menos. Acho que todo mundo tem preparo e nós vamos ver aquele que estiver mais capacitado. Minha preocupação é que este projeto político seja mantido, seja no jeito de fazer política, que a gente mudou completamente, é um jeito mais democrático. Hoje as pessoas fazem política e o cara é seu adversário, você é situação, mas dá para conversar. Não está naquela lógica antiga que é no braço, na porrada, na intimidação. E que a gente continue um projeto com foco no social, fazendo esse resgate que a gente tem feito em água, em habitação, em hospital. Qualquer um desses nomes faz parte, e Lídice também faria parte desse ideário. Otto colocou isso muito bem, disse que na verdade as pessoas se juntam por um projeto político, mas essa definição nunca foi tomada. Eu torço para que uma eventual decisão do PSB de ter candidato não atrapalhe essa unidade aqui. Se isso acontecer, o que me resta é sentir. E aí eu também não sei qual vai ser a decisão de Lídice, se é de acompanhar ou não a presidência do partido nessa candidatura.
 
BN – O senhor falou de amor e ódio. A derrota do candidato Nelson Pelegrino nas últimas eleições para a prefeitura é creditada, principalmente, à relação do governador com os servidores públicos, principalmente professores e policiais militares. Como é que o senhor pretende terminar o mandato, no que diz respeito a essa relação?
 
JW – Seguramente, isso foi um dos elementos, porque esse agrupamento de sindicalistas e funcionários públicos sempre foi muito militante do PT. Óbvio que hoje outras agremiações partidárias também têm lideranças dentro do movimento social e eu acho isso muito bom. O PT não pode ter o patrimônio absoluto da relação com o movimento social. Hoje tem gente do PSTU e do PSOL que têm também lideranças dentro do movimento social. Aquela greve foi consequência de muito erro de condução, inclusive da minha equipe de negociadores na mesa de negociação, que colocou questões que acabaram esse processo. Eu acho que ela [greve] foi muito traumática, particularmente a dos professores. Insisto que a da Polícia Militar tinha uma lógica muito mais nacional, que era a questão da PEC 300. O movimento veio descendo Roraima, Rondônia, Maranhão, Ceará, já tinha aqui data marcada para descer para o Rio de Janeiro e Brasília. Teve uma conotação diferente e teve uma marca que toda a cidade acompanhou, de muita truculência no exercício da greve. No caso dos professores, teve outra natureza, mas eu creio até que na última sentada que nós demos com os professores, com os próprios militares, e agora recentemente com um conjunto dos sindicatos para discutir a questão do reajuste linear de 2013, eu diria que isso já deu uma destensionada (sic) e eu vou continuar exercitando isso. A minha marca sempre foi a do negociador e não é uma greve que vai tentar colocar em mim um carimbo de algoz, até porque não é o meu perfil. Agora, eu sou obrigado a dizer algumas limitações do Estado. O Estado tem Lei de Responsabilidade Fiscal, tem dificuldades orçamentárias e, portanto, eu não posso fazer tudo o que gostaria de fazer, principalmente na área de pessoal, que é a área mais monitorada pelo Tesouro Nacional e pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Por exemplo, estou recepcionando daqui até o ano que vem empréstimos da ordem de R$ 4 bilhões. É muito dinheiro, mas não tem um centavo desses que eu possa gastar em custeio e pessoal, porque o empréstimo, quando vem, já vem carimbado que tem que ser obrigatoriamente em obras de infraestrutura, até para evitar que o governador pegue um dinheiro de empréstimo para pagar o dia-a-dia do custeio da máquina, que ele tem que conseguir tirar da própria fonte. Temos aperto no custeio, todo mundo sabe disso. Você falava da queda de arrecadação da prefeitura e nós também tivemos em relação ao quadrimestre uma queda no FPE [Fundo de Participação dos Estados], um ganho pequeno no ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] e a soma dos dois praticamente empatamos o quadrimestre de 2013 com o quadrimestre de 2012. Se você pegar uma coisa empatada com outra, com tudo que cresceu – a população, as contratações que a gente tem feito – é óbvio que a gente está apertado. Nesse começo de 2013, já tivemos algumas sentadas com essas áreas todas. Com toda a área da saúde, conseguimos bater o martelo e fazer o acordo. Com a Fazenda, estamos discutindo agora. Estou acompanhando mais de perto todo esse processo, até porque minha vida inteira foi mesa de negociação salarial.
 

 
BN – Voltando a 2014, Otto Alencar tem sido clamado no interior, inclusive por ex-oposicionistas ao PT, por ter conseguido agregar muita gente à base governista. Como tem sido feita a arrumação na chapa para poder acomodá-lo e não deixá-lo ir para uma candidatura individual, o que poderia reforçar a oposição, que não teria nomes competitivos para a sucessão estadual? ACM Neto já disse que não é candidato e o outro nome é o de Geddel Vieira Lima, que apoia o governo Dilma. Como fazer para essa corda de Otto Alencar não esticar tanto que ele acabe novamente na oposição como o nome para disputar contra o candidato da base? 
 
JW – Primeiro, pela relação que a gente construiu. Não só política, mas até relação pessoal minha com Otto, Márcia [de Alencar, vice-primeira-dama do Estado], Fatinha [Fátima Mendonça, primeira-dama do Estado], os filhos dele. Não ganhei só um parceiro político, mas ganhei um amigo. E acredito que o sentimento é o mesmo de lá para cá. Quem foi fazer o convite a Otto fui eu. Ele estava lá no Tribunal de Contas dos Municípios e eu brinquei que aquele ainda não era o melhor lugar para ele, que ele ainda estava novo para ficar em uma Casa que tinha que julgar os políticos. A partir daí surgiu a questão da candidatura. Primeiro, era para senador. Depois, veio para vice. E eu sou um cara que não fica com medo da sombra. Eu vou dando corda para que os competentes vão andando. O PSD, que é recém-nascido na Bahia, já é o segundo partido da minha base. É óbvio que isso acontece pelo potencial do próprio PSD e do Otto, mas acontece também porque a gente estimulou as pessoas. Como com o PMDB também aconteceu quando ele estava na nossa base, no nosso primeiro governo. Eles saíram de 20 prefeituras, 21 ou 22, e foram para 115 prefeituras. Agora eles voltaram para a casa de 40. Não fico com o olho nas costas. Para mim, quem tiver competência que se estabeleça. Otto tem feito o trabalho dele, é um cara que é muito resolutivo na pasta que tem e é um “cabra” que sabe também muito bem cuidar da política. Ele sempre trabalhou na política. Mas eu não acredito, sinceramente, que haja qualquer tipo de ruptura ou que Otto se disponha a fazer um fracionamento do nosso grupo. É óbvio que qualquer um tem o direito de dizer: “meu candidato é Otto”, como outro dirá: “minha candidata é Lídice”, “meu candidato é Marcelo Nilo”. A vida é assim. Quando você vai montar um grupo, todo mundo acaba indo para uma composição, não necessariamente todo mundo vai fazer aquela, porque senão cada um teria uma candidatura. Otto tem colocado que o desejo dele é uma candidatura ao Senado, o que eu vejo como absolutamente possível dentro da equação que a gente for montar, mas ainda não tive uma conversa com ele mais aprofundada. Quero ver se faço isso agora, depois do feriado de Corpus Christi, nesta semana, para a gente ter uma conversa mais prolongada sobre essa questão da sucessão. Sinceramente, tenho muita confiança que a gente vai achar uma equação para manter o grupo unido. Não dá pra encaixar em três vagas dez, oito ou sete pretensões. Alguém terá que entender que é possível ceder. Acabei de ter uma reunião, essa semana, do chamado conselho político, que são os presidentes e líderes de todos os partidos da base. A reunião foi muito boa e já estavam lá José Rocha, pelo PR, Benito Gama pelo PTB e Eliel Santana pelo PSC, as últimas agregações que a gente fez. Como eu acho que a força da candidatura da Dilma puxa muito também e que a gente pode desembarcar bem em 2014, até porque o perfil de Otto é de trabalhar muito pelo grupo e pelo projeto, essa é a história política dele, não vejo essa possibilidade. Vamos ver como é que se desenrolam as coisas. A torcida do outro lado vai sempre apostar em um racha, em uma divisão da nossa, porque aí facilita. Como muita gente olha para a candidatura de Eduardo e torce, não por querer a candidatura dele, mas por entender que, se ele sair candidato, é uma fissura no bloco da Dilma. Mas a relação da gente é de confiança, um ajudou o outro, teve muita reciprocidade. Ele cresceu muito dentro do governo e o governo agregou muito pelo potencial que ele tem. Não vejo essa possibilidade, não.
 
BN – O governador gosta muito de conta e temos aqui uma equação para bater justamente a questão das vagas. Seria Walter Pinheiro candidato a governador e Otto Alencar e César Borges candidatos a vice e a senador, não necessariamente nesta ordem, porque aí abriria a vaga de Pinheiro no Senado e Roberto Muniz (PP) assumiria. Tem lógica essa conta? Rui Costa seria um boi de piranha e na verdade o candidato é Walter Pinheiro?
 
JW – Primeiro, eu não trabalho assim. Quando eu estou maturando uma ideia, eu não sou de ficar botando ninguém... Eu não gosto de trabalhar queimando ninguém. Até porque não tem nenhuma escolha proclamada por Rui Costa nem por ninguém. Essa conta que você fez tem lógica, na medida em que Pinheiro atende ao PP, porque subiria um membro do PP. Assim como você poderia dizer que Lídice atende ao PSB e o suplente, Nestor Duarte, é do PDT. Não estou dizendo que isso é desprezível. Esses podem ser elementos facilitadores, mas não acho que são predominantes. A conta mais simples de fazer seria a seguinte: os três maiores partidos são os que ocupam os cargos. Aí a gente estaria falando de PT, PSD e PP. Isso se você for para uma conta meramente matemática. Mas política não é só número. 
 
BN – Mas aquela outra seria para seduzir o PR.
 
JW – Na época, teve o convite para César Borges de sair senador e ele fez a opção de acompanhar a candidatura de Geddel. Para você ver como a gente trabalha. Poderia parecer que ficou uma animosidade e acabou que eu trabalhei e ajudei com a chegada dele ao ministério [dos Transportes]. Não sei qual é o compromisso dele com a presidenta Dilma, mas eu creio que, como ela disse que quer que os futuros candidatos sejam substituídos até o final de dezembro, começo de janeiro, eu não sei se César vai colocar uma candidatura ou se vai continuar trabalhando na hipótese de vitória dela, para continuar. Afinal de contas, ele assumiu tem um mês, um mês e pouco, o ministério. Seria muito pouco tempo. Ele é um cara super aplicado, tem se dedicado muito e acho que vai ajudar muito a acelerar obras da pasta dele da pasta dele. Tem a Fiol [Ferrovia de Integração Oeste-Leste], tem a Ferrovia Belo Horizonte-Salvador, a duplicação da BR-101, tem a 135, 235, 430, 030, 020... A Bahia é a segunda malha rodoviária, só perde para Minas Gerais. Eu não sei se a conta dele vai ser continuar ou indicar alguém do PR para uma candidatura.
 

 
BN – A gente gostaria que o senhor fizesse um resumo do que vai acontecer agora, depois do lançamento do edital de licitação do sistema metroviário de Salvador.
 
JW – Estou muito confiante. A gente trabalhou muito tempo, tanto no projeto quanto na modelagem financeira. Trabalhamos muito na questão da PPP [Parceria Público-Privada], discutimos muito com o governo federal, que afinal de contas está aportando R$ 1 bilhão. Ouvimos os quatro grandes consórcios que se formaram e dizem que querem disputar o metrô. Foi muito aberta essa coisa, foi quase que uma consulta pública. A cada passo que a gente dava, a gente ouvia os interessados, técnicos, tivemos o suporte da Coppe [Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia], que é da Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem especialização nessa área de transporte. Ouvimos experiências como a do metrô do Rio e metrô de São Paulo. Ou seja, eu acho que a gente trabalhou bastante para ter uma licitação competitiva. Hoje a gente tem uma visão clara de que contribuição o governo do Estado quer dar à mobilidade urbana de Salvador. Eu entendo que, feita a licitação e superado qualquer questionamento, porque sempre tem questionamento em edital de licitação, aí a obra para começar e cumprir um cronograma até 2015 ou 2016 vai ter pelo menos esses 34 quilômetros – são 22 km da Linha 2 e 12 km da Linha 1 – completados. No meio disso, tem a questão de ampliar Valéria e Cajazeiras, tem a questão da mudança da rodoviária intermunicipal do Iguatemi exatamente para ser uma fonte de alimentação do próprio metrô. Nessa nova rodoviária, a gente quer agregar valor e o pensamento nosso é montar um centro de serviços do governo do Estado e das nossas secretarias, que são demandadas pelo povo que chega do interior, de tal forma que você possa chegar e ter quase que um mega SAC [Serviço de Atendimento ao Cidadão] para facilitar a vida do povo, que já teria o metrô na porta. Nós já escolhemos a região, ali na altura de Valéria, e lá vai acabar se desenvolvendo outros projetos comerciais, porque a nossa rodoviária tem um fluxo de pessoal muito grande e vai aumentar mais ainda. Não tem mais nenhum obstáculo. É botar o edital na rua, dar o prazo para cada um apresentar, proclamar o vencedor e dar a ordem de serviço. 
 
BN – E quando a gente vai poder ver aquela placa “Desculpe os transtornos. Estamos trabalhando” na rua, com operários cavando o canteiro? 
 
JW – Eu acho que no começo do segundo semestre a gente já vai ver essa obra. Só lembrando que ela vai começar com a Linha 1, que é até Pirajá. Essa metade que, na verdade, não resolve a vida de ninguém. Sai de uma central para outra central, da Lapa para a Rótula do Abacaxi, onde no entorno praticamente nasceu um novo bairro. Quando o metrô ficar completo, vai mudar completamente a lógica da cidade. A cidade tem que se abrir, assim como a Ponte Salvador-Itaparica, eu não tenho dúvida, quando ficar pronta em 2017, por aí, vai mudar completamente a vida do Baixo Sul e de Salvador. Nós estamos preparando não só Salvador. Por exemplo, a Ferrovia Oeste-Leste e toda essa malha rodoviária que a gente está ampliando; o nascimento de um verdadeiro aeroporto em Feira de Santana, com viés de aeroporto de carga e de passageiro; o reforço do aeroporto de Barreiras, de Teixeira [de Freitas] e de Paulo Afonso, que a gente está esperando começar a linha comercial; a gente está dando uma destravada na logística da Bahia e preparando para crescer 50, 60 anos, tanto na capital quanto no interior. Eu acho que a gente vai deixar uma contribuição muito grande, principalmente nessa área de mobilidade.
 
BN – E aí Jaques Wagner vai ver, da Câmara Federal, Rui Costa inaugurando esses projetos...
 
JW – Aí, não sei. Tem que primeiro saber quem é o candidato e depois o povo votar no candidato (risos).

São Sebastião de Jucuruçu - encerramento.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.