A Justiça do Espírito Santo decretou a prisão preventiva de dez pessoas por repassarem mensagens de presos e estarem envolvidas com a facção criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV). Além disso, proibiu a entrada no presídio de um advogado e um familiar que ajudavam em atividades criminosas.
Investigações apontam que essas pessoas levavam até ordens de chefes das organizações de dentro dos presídios para as ruas, para serem praticadas por comparsas.
As ações fizeram parte da Operação 'Todo Mundo em Pânico', realizada nesta quarta-feira (16) pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-CENTRAL).
A segunda fase da operação teve como objetivo o cumprimento de dez mandados de prisão preventiva e de cinco mandados de busca e apreensão em municípios da Serra, no Espírito Santo, Belo Horizonte/MG, Nova Era/MG, Teixeira de Freitas/BA e Mucuri/BA.
Agentes apreenderam R$ 24.750 em espécie e uma balança de precisão.
Entre os réus, duas pessoas já foram presas em Porto Seguro, na Bahia, no dia da operação. Outros cinco mandados de prisão preventiva foram cumpridos nas unidades prisionais capixabas.
Quatro pessoas denunciadas permanecem foragidas. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelo Ministério Público.
Investigação
Durante a investigação, o MP identificou que o PCV praticava ações organizadas e contínuas, além de planejar e executar crimes como tráfico de drogas na Serra, na Grande Vitória.
O órgão apontou provas de que líderes criminosos presos demandavam ordens de dentro das unidades prisionais por meio de mensagens repassadas por familiares e advogados.
As determinações eram repassadas e cumpridas pelos integrantes em liberdade da organização criminosa, cada qual com sua função.
Ainda segundo o MP, um dos presos foi denunciado por integrar o PCV e identificado como um dos principais fornecedores de drogas e armamento em grande quantidade para o grupo criminoso investigado.
O homem também realizava outros serviços relacionados ao tráfico, bem como por possuir vínculo com criminosos do Comando Vermelho (CV), facção sediada no Rio de Janeiro. O outro preso estava foragido do sistema prisional mineiro desde 2022.
A operação contou com apoio da Polícia Militar, Secretarias de Justiça, Secretaria de Segurança Pública e Polícia Rodoviária Federal capixabas, mineiras e baianas./G1
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