Celebramos hoje, 10 de outubro, o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. Data instituída em 1980, quando inúmeras mulheres brasileiras reuniram-se nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, em movimento nacional, protestando contra o índice crescente de crimes em todo o país.
Segundo dados da Secretaria da Mulher da Presidência da República, 40% das vítimas convivem há mais de dez anos com o agressor. Análise das chamadas do Disque 180 aponta que 61% das mulheres sofrem agressões físicas e 23% violência psicológica.
A violência de gênero é um problema mundial que atinge as mulheres independentemente de idade, cor, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual ou condição social.
Por isso, a Secretaria da Mulher da Força Sindical, apoia a luta em busca da implementação de políticas de segurança e mobilização da sociedade sobre o tema e orienta as mulheres que denunciem seus agressores. Somente desta forma conseguiremos contribuir para que as mulheres tenham uma vida digna.
“A violência contra as mulheres não é apenas uma questão das mulheres, mas sim de toda a sociedade. Com o Pacto, os governos federal, estaduais e municipais têm responsabilidade pública no enfrentamento a essa violência”, afirma a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), Nilcéa Freire.
Lei Maria da Penha
Em agosto deste ano, a Lei Maria da Penha, que tornou mais rigorosas as punições contra quem agride mulheres, completou cinco anos de existência. Na ocasião, a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes defendeu a lei que recebe seu nome. “Sempre foi dado ao homem o direito de ser superior a mulher. Essa lei veio para equiparar os direitos.”
A lei foi criada para encorajar mulheres a denunciar a violência no ambiente doméstico, evitando assim a repetição de casos que ficaram famosos na Justiça brasileira, como o crime cometido pelo cantor Lindomar Castilho, em 1981 ; a morte da atriz Daniella Perez , o assassinado cometido por Pimenta Neves , a morte de Mércia Nakashima e o desaparecimento de Eliza Samudio . (Maria da Penha: "As mulheres agora sabem o que fazer, mas, quando se encorajam para denunciar, falta o aparato do Estado".)
Segundo dados da SPM, atualmente existem 889 serviços especializados para atender mulheres vítima de violência, sendo 464 delegacias, 165 Centros de Referência, 72 Casas-Abrigo, 58 defensorias e 21 promotorias especializadas, além de 12 serviços de responsabilização e educação do agressor. Após a criação da Lei Maria da Penha, foram criados 89 juizados especializados em violência doméstica e
A Declaração de Beijing (1995), recomenda que os Governos devem:“Adotar todas as medidas necessárias para eliminar as formas de discriminação contra mulheres e meninas, e remover todos os obstáculos à igualdade de gênero e aos avanços e fortalecimento das mulheres.” Já somos 30% "dos" chefes de família no país, mas ganhamos em média cerca de 65% do valor dos salários dos homens, no Estado de São Paulo. Ao olharmos para os índices de violência, a situação não é melhor: a cada quatro minutos, uma mulher é vítima de algum tipo de agressão, em distintas classes sociais.
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