A Polícia Federal prendeu no
fim da tarde desta quinta-feira (3) um fazendeiro do Pará suspeito de ter
ameaçado “dar um tiro” no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visitará o
Estado nos próximos dias. A prisão foi em Santarém.
Segundo pessoas
familiarizadas com a investigação ao blog, Arilson Strapasson chegou a tentar
descobrir o hotel em que Lula vai se hospedar em Santarém. Está previsto que o
presidente chegue nesta sexta (4) à cidade.
[CORREÇÃO: ao publicar este
texto, o g1 errou o nome do suspeito preso pela PF após ameaçar de morte o
presidente Lula nesta quinta-feira. A informação foi corrigida às 21h09.]
Em comunicado, a PF afirma
que o homem teria feito as ameaças enquanto fazia compras em uma loja de
bebidas na quarta-feira (2). Enquanto realizava a compra, o homem teria dito
que daria um tiro na barriga do presidente, e teria perguntado aos presentes se
sabiam onde ele se hospedaria quando fosse ao município.
O inquérito foi instaurado
após uma das testemunhas realizar uma denúncia logo após o ocorrido. Ele
responderá pelos crimes de ameaça e incitação de atentado contra autoridade por
motivação política.
O fazendeiro é apontado ainda
como homem vinculado à grilagem e ao garimpo. Ele teria terras avaliadas em
mais de R$ 2,5 milhões.
Ao ser encontrado pela PF
nesta quinta, o suspeito disse aos policiais que teria participado dos atos de
8 de janeiro, em Brasília, e que teria invadido o salão verde da Câmara dos
Deputados. Segundo o próprio homem, ele teria participado das manifestações em
frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção situado na cidade de Santarém
durante 60 dias ininterruptos e que, inclusive, financiou a manifestação com
R$1 mil todos os dias.
O presidente participa da
Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto, no Pará. Antes, no dia 7, está
previsto que Lula visite o Navio Hospital Escola Abaré, e no mesmo dia, às
9h30, participa da Inauguração da Infovia 01.
Procurado, o Ministério da
Justiça se limitou a confirmar a prisão.
Nas redes sociais, o ministro
da Justiça, Flávio Dino, disse na noite desta quinta-feira que as ameaças a
autoridades dos Poderes da República "não é liberdade de expressão" e
que a PF "seguirá aplicando a lei contra criminosos".
"Mesmo após o fracasso
dos atos golpistas de 8 de janeiro, ainda existem pessoas que ameaçam MATAR ou
AGREDIR FISICAMENTE autoridades dos Poderes da República. Isso não é “liberdade
de expressão” e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos.
Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a
eleição de 2026."/G1