Em 2013, Antônio Geraldo da
Silva, presidente da ABP, deu notoriedade e colocou no calendário nacional a
campanha internacional Setembro Amarelo®. E, desde 2014, a Associação
Brasileira de Psiquiatria – ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina
– CFM divulgam e conquistam parceiros no Brasil inteiro com essa linda
campanha.
O dia 10 deste mês é,
oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece
durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha anti
estigma do mundo! Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações
já estão sendo desenvolvidas.
O suicídio é uma triste
realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De
acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS
em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar
com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de
casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja,
em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

Embora os números estejam
diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa
tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que
praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças
mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa
forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem
acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.
Setembro Amarelo® 2024: se
precisar, peça ajuda!
Todos nós devemos atuar
ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na
prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar
sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis
e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.
Quando uma pessoa decide
terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se
muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é
incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas
pessoas pensam rigidamente pela distorção que o sofrimento emocional
impõe.
Se informar para aprender e
ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. É
muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está
pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos,
mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas
principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a
situação e salvar esse paciente.
Dados sobre suicídio
O suicídio é um importante
problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo
dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, todos os anos, mais pessoas morrem
como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e
homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29
anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito,
tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que
pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e
idades.
Segundo dados da Secretaria
de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022,
entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de
adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre
adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.
As taxas variam entre países,
regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em
comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As
taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6%
por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas
em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
Em países da Europa, houve
um declínio nas taxas de suicídio e observou-se um aumento dessas taxas em
países do Leste Asiático, América Central e América do Sul.
Embora alguns países tenham
colocado a prevenção do suicídio no topo de suas agendas, muitos permanecem não
comprometidos. Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma
estratégia nacional de prevenção do suicídio.
Participe da campanha!
Esta é uma página completa
com material disponível para auxiliar a todos. Assim sendo, aproveite os nossos
materiais e participe da nossa campanha durante todo o ano.
São diversos materiais de uso
público: Diretrizes para a Divulgação e Participação da Campanha Setembro
Amarelo®, materiais online para download, a Cartilha Suicídio Informando para
Prevenir e todo o material para a imprensa.
Participe conosco, divulgue a
campanha entre os seus amigos e nos ajude a salvar vidas!
Diretrizes
Em 2017, a ABP e o CFM
criaram as Diretrizes para Participação e Divulgação do Setembro Amarelo®. O documento
serve para orientar toda a sociedade sobre a participação na Campanha, como
utilizar corretamente os materiais de utilidade pública produzidos e de que
maneira incentivar o Setembro Amarelo em cada região.
As Diretrizes destinam-se a
pessoas físicas, empresas e demais parceiros que queiram atuar junto à ABP e ao
CFM na diminuição do estigma e, consequentemente, na prevenção ao suicídio.
Acesse abaixo e saiba como participar da Campanha Setembro Amarelo.