Jucuruçu - faleceu nesta
sexta-feira, 21 de maio de 2021, por volta das 6h, no hospital sobrasa em
Teixeira de Freitas por complicações da Covid-19, a senhora Edna Rodrigues Lima
Luz, 66 anos de idade, ela que era esposa
do senhor Anísio Amorim (in memória).
assim que ficamos sabendo do falecimento de dona Edna, Jucuruçu, ficou
estarrecido e muitas mensagens de dor e tristeza foram postadas nas redes
sociais, pois se trata de uma pessoa boníssima, e muito querida por todos nesta
cidade.
O JUCURUNET lamenta profundamente o
falecimento de dona Edna, uma mulher incrível muito amiga e querida por todos,
não daria conta de narrar suas qualidades. Que Deus dê a ela a oportunidade
dela ter seu nome no livro da vida. Obrigado dona Edna por tudo. Guardarei da
senhora boas lembranças.
Disse-lhe Jesus: Eu sou a
ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim ainda que morto viverá. E todo
aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá.
A perda de um ente querido é
a prova mais dolorosa que o Espírito enfrenta em sua breve passagem pela Terra.
Como entender um fato que
parece fechar todas as portas à esperança? Conviver sem a presença física de
quem tanto estimamos? Controlar a
saudade dos mínimos gestos? Saudade essa que ao contrário do que dizem, parece
aumentar com o tempo.
Como suportar a voz que se
calou trazendo um terrível silêncio? E o que fazer para conter as lágrimas
diante das fotografias de um passado que não retorna? Manter a confiança torna-se tarefa complicada
quando o futuro nos parece tão incerto.
Tudo a nossa volta parece sem
sentido e penoso, falta coragem para os mínimos atos. Emoções se misturam, num
instante a revolta, a descrença, a vontade de gritar sem parar e em outro
momento, reina a melancolia, o pranto, a vontade de desistir. Desesperados queremos nos apoiar em algo, mas
parece não haver remédio para nossa dor! Como almejamos por notícias, por
provas de que a vida prossegue, de que um dia o reencontro realmente ocorrerá,
mas nossos apelos parecem em vão. Por
que tamanha dor que dilacera nossas almas e ceifou nossos sonhos? São as
perguntas que continuamos a buscar.
E a cada manhã, travamos uma
intensa luta para levantarmos e principalmente nos mantermos de pé.
O sofrimento é imenso, que
fica complicado até para compartilhar, faltam palavras para expressá-lo.
Daríamos tudo por apenas um minuto na presença do ente querido, pela chance de
encontrarmos o mesmo olhar, de acariciarmos a face e sentir novamente o seu
calor.
De termos a certeza de que a
vida continua, mas a nossa frente só escuridão… Onde está a piedade
divina? Aqui, sempre! Porque são nessas
horas que devemos buscar a presença de Jesus em nossas vidas e novamente ouvir
a sua voz amorosa a nos confortar: Vinde a Mim todos vós que estais cansados e
oprimidos e eu vos aliviarei.
Sim, será Jesus que segurará
nossas mãos nesse momento tão complicado, que com sua infinita bondade,
enxugará nossas lágrimas, permitindo que nossos olhos enxerguem outros
horizontes. Com sua misericórdia, aliviará nosso íntimo, acalmando a tempestade
de sensações conflitantes em que nos encontramos mergulhados.
É Jesus que nos devolverá a
alegria de viver, comprovando-nos que a morte não existe, é apenas uma
passagem. Que o Espírito prossegue em
sua evolução e ainda encontra-se em sintonia com nosso amor, sentimento que
rompe qualquer fronteira. Assim, quando
a saudade parecer chegar ao seu limite, sufocando-nos, transformemos nossas
vibrações amorosas no carinho que gostaríamos de fazer.
Se a face não pode mais ser
tocada, o Espírito sempre poderá. Se
palavras não podem ser pronunciadas, a linguagem do amor permanece em qualquer
tempo e local. As lembranças vividas jamais se apagam, todavia, não façamos
dessas motivo de eterna tristeza.
É a tristeza quando se
prolonga que aumenta a distância, tornando-nos mais suscetíveis às influencias
negativas que impedem o auxílio divino de nos amparar e fortalecer.
Tristes e cabisbaixos
rompemos com a fé, físico e espírito se abatem e por mais que ouçamos falar da
esperança, fica a sensação de que recomeçar é impossível. Claro que lágrimas serão derramadas, jamais
nos será pedido por Jesus que sufoquemos nossos sentimentos, porém, Ele nos
estende suas mãos disposto a enxugar cada uma dessas lágrimas.
A aliviar a tensão que
carregamos no coração e tudo faz para que percebamos que a vida continua a se
renovar, assim, permanece a nos convidar a vivê-la. E é vivendo que amadurecemos, evoluímos
espiritualmente e passamos a compreender tantas coisas e a descobrir novos valores.
É vivendo que vamos dia a dia
encurtando a distância e nos preparando para o reencontro que um dia
ocorrerá. Assim, quando a melancolia
bater a nossa porta e não tivermos forças para combatê-la novamente busquemos
Jesus e Ele nos orientará. Se for
necessário nos carregará no colo, quantas vezes forem necessárias, nos
envolverá com seu carinho e estará a velar nosso sonho.
Quantas noites mal dormidas…
E quando buscamos abrir o coração e através de uma singela prece nos ligar ao
alto, parece que nos acalmamos e nem que seja por minutos, a serenidade se
apresenta ao nosso lado. De fato, a
oração sincera nos eleva acima das tempestades que desabam em nossa vida e
elevados espiritualmente vamos ao encontro da espiritualidade maior que nos
aguarda de braços abertos.
Companheiros espirituais que
sempre nos protegem e aproveitam o repouso físico, para se aproximarem e
conosco dialogar, cooperando para o restabelecimento de nossas forças.
Incentivam-nos a prosseguir, mostrando que conosco caminharão. Ao acordarmos, sentimos uma nova atmosfera
nos envolver, não sabemos como explicar, mas a paz adentra nosso ser.
É a paz de Jesus que sempre
nos é oferecida! E como mantê-la?
Trazendo Jesus para a nossa vida! Jesus
é o consolo, o porto seguro, não foi em vão que declarou ser o Caminho, a Verdade
e a Vida. E não há forma melhor de Jesus estar vivo em nossa existência, do que
compartilhar o seu amor. O amor cobre a multidão de pecados já nos disse o
apóstolo. E podemos completar que o amor aquece, liberta, alegra, conforta,
renova e alimenta a Vida. Amor, que se encontra nos gestos de fraternidade que
realizamos.
Que cresce cada vez que somos
capazes de sair do nosso sofrimento e enxergar a dor alheia. Enxergar e também auxiliar. Ah, quanto amor se derrama sobre nós num
simples gesto… E os olhos físicos ainda não conseguem enxergar, mas quando
praticamos a caridade, o amor, fica o sorriso estampado no local daquele que
tanto estimamos.
Porque como já dito, o amor
rompe toda e qualquer fronteira. E como diz a oração: amando somos amados, consolando
somos consolados. Toda vez que fizermos
um gesto de amor em prol de um necessitado, estaremos beijando a face dos que
nos antecederam nessa grande viagem.
O cultivo do amor será sempre
o melhor tributo que podemos prestar aos que não mais se encontram fisicamente
entre nós. Compartilhemos o amor! O amor
nos erguerá das trevas, aproximando-nos de Jesus. E com Jesus novamente
ouviremos o exército de benfeitores espirituais a proclamar: Não existe perda, não
existe morte, o que chamais de destruição, não passa de transformação.
E fortalecidos seguiremos
nossa jornada, conscientes de que Jesus prossegue a nos guiar e a nos mostrar
que a morte significa chegar ao fim e descobrir que o fim, em verdade, é apenas
um novo recomeço. E recomeço com Jesus!
A senhora Edna, será
sepultada na cidade de Jucuruçu, no cemitério jardim da saudade, devido a
pandemia não haverá velório.
Dona Edna, deixa uma filha,
Elaine Rodrigues Amorim, e um casal netos.