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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

"Lei Maria da Penha Completa 18 Anos: Conquistas e Desafios na Luta Contra a Violência Doméstica no Brasil"

 


A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que completou 18 anos em agosto de 2024, representa um marco significativo na proteção às mulheres contra a violência doméstica e familiar no Brasil. Criada em resposta a uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, a lei trouxe avanços importantes ao estabelecer medidas protetivas de urgência e endurecer as penas para agressores, contribuindo para o combate à impunidade.

Desde sua promulgação, a Lei Maria da Penha tem sido fundamental para conscientizar a sociedade sobre a gravidade da violência contra a mulher. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, apesar de a legislação ter proporcionado avanços, os desafios permanecem grandes. Em 2023, foram registrados mais de 1,3 milhão de casos de violência doméstica no Brasil, refletindo a persistência desse problema. No entanto, é inegável que a lei aumentou a visibilidade das vítimas e incentivou a criação de políticas públicas voltadas ao acolhimento e à proteção das mulheres.

Um dos avanços mais significativos trazidos pela lei foi a implementação das Medidas Protetivas de Urgência, que garantem às vítimas proteção imediata, como a proibição de contato do agressor e o afastamento do lar. Além disso, a lei foi aprimorada ao longo dos anos, com a criação de delegacias especializadas, a capacitação de profissionais da segurança pública e a inclusão de dispositivos que ampliam o atendimento e a proteção das mulheres.

Apesar desses avanços, a efetividade da Lei Maria da Penha enfrenta desafios significativos. A falta de recursos e a precariedade na estrutura de algumas delegacias especializadas dificultam o atendimento adequado das vítimas. Além disso, o subregistro de casos e a dificuldade de acesso à justiça por mulheres em áreas remotas ou em situação de vulnerabilidade socioeconômica ainda são barreiras que precisam ser superadas.

A sociedade civil, ONGs e movimentos feministas continuam desempenhando um papel crucial na implementação e aprimoramento da lei. Através de campanhas de conscientização e pressão por políticas públicas, esses grupos buscam fortalecer a rede de apoio às vítimas e garantir que a legislação seja efetivamente aplicada em todas as regiões do país.

Ao celebrar os 18 anos da Lei Maria da Penha, é fundamental reconhecer os avanços conquistados, mas também refletir sobre os desafios que ainda precisam ser enfrentados para assegurar uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres. A continuidade da luta contra a violência doméstica depende de um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e todas as esferas da justiça, garantindo que a proteção das mulheres seja uma prioridade permanente.

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