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quarta-feira, 16 de abril de 2025

É inadmissível: Coelba cobra taxa de iluminação pública na zona rural de Jucuruçu

 


Moradores da zona rural de Jucuruçu estão sendo surpreendidos com a cobrança indevida da taxa de iluminação pública nas contas de energia elétrica, mesmo em locais onde sequer há postes com lâmpadas instaladas. A prática, adotada pela Coelba, tem revoltado a população que vive distante da sede do município, em áreas onde a escuridão predomina.

É importante destacar que a cobrança da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP), prevista no artigo 149-A da Constituição Federal, deve ser feita apenas em locais beneficiados pelo serviço. O Tribunal de Contas da União e o Superior Tribunal de Justiça já se posicionaram contra a cobrança em áreas que não possuem iluminação pública efetiva.

Na prática, a Coelba está violando o princípio da legalidade tributária e penalizando injustamente comunidades rurais, que já enfrentam inúmeras dificuldades para acessar serviços básicos. Em muitas localidades de Jucuruçu, o único “iluminado” é o papel da conta, que chega com valores que pesam no bolso do agricultor.

A população clama por justiça e por uma atuação mais firme da Prefeitura e da Câmara Municipal, para que fiscalizem a atuação da concessionária e garantam que os direitos dos cidadãos sejam respeitados. É inadmissível pagar por um serviço que não é prestado.

A cobrança é ilegal?

A cobrança da Taxa de Iluminação Pública (TIP) em áreas rurais pode ser considerada ilegal, com base na Lei Federal nº 9.991/2000 (art. 26, §3º), que determina que os recursos arrecadados com essa taxa devem ser exclusivamente aplicados na iluminação pública.

Além disso, a Lei Estadual da Bahia nº 10.433/2006, que regulamenta o serviço no estado, estabelece que a taxa só pode ser cobrada onde efetivamente exista o serviço de iluminação pública. Ou seja, se a zona rural de Jucuruçu não tem postes ou luminárias, a cobrança é indevida.

O que os consumidores podem fazer?

1.   Reclamar na Coelba, por meio do SAC ou Agência Virtual, exigindo a retirada da taxa;

2.   Acionar o PROCON-BA ou a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pelo número 0800 030 0126;

3.   Buscar a Defensoria Pública ou o Ministério Público para ingresso de uma ação coletiva. E Procure um advogado especialista na área.

Se não há iluminação, não há justificativa legal para a cobrança. A população deve resistir a esse abuso.

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Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.