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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Ministério da Saúde estuda incluir vacina contra chikungunya no calendário nacional de imunização

 



O Ministério da Saúde está analisando a possibilidade de incorporar a VACINA CONTRA O VÍRUS CHIKUNGUNYA no Calendário Nacional de Vacinação. A medida está em fase de estudos técnicos e científicos, coordenados pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), e representa um avanço no enfrentamento às arboviroses que afetam milhares de brasileiros anualmente.

A chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mesmos vetores da dengue e do zika vírus. Seus sintomas incluem febre alta, dores articulares intensas, cefaleia, náuseas e fadiga. Em alguns casos, as dores nas articulações podem se prolongar por meses, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou um aumento expressivo de casos da doença nos últimos anos, com surtos recorrentes em diversas regiões do país, especialmente no Norte e no Nordeste. Em 2023, foram contabilizados mais de 170 mil casos prováveis da doença, com mais de 100 óbitos confirmados.

Diante deste cenário, a imunização surge como uma estratégia essencial para conter a propagação do vírus. A vacina que está em análise é produzida pelo laboratório Valneva, sediado na Europa, e já obteve aprovação de agências regulatórias internacionais, como a FDA (EUA) e a EMA (União Europeia). O imunizante demonstrou alta eficácia e segurança nos estudos clínicos.

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, a inclusão da vacina no calendário depende de uma série de critérios técnicos, incluindo a análise de custo-efetividade, segurança, eficácia e a capacidade de produção e distribuição em larga escala. O processo também envolve a avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

"Estamos avançando nas discussões técnicas com especialistas e com a Anvisa. A chikungunya é uma preocupação constante do governo federal, e a vacina pode representar uma importante ferramenta de proteção coletiva", destacou Ethel.

A expectativa é que, caso aprovada, a vacina seja ofertada inicialmente para públicos prioritários, como moradores de áreas endêmicas, idosos e pessoas com comorbidades. O Brasil poderá ser um dos primeiros países da América Latina a disponibilizar o imunizante em programas públicos de saúde.

A possível incorporação da vacina contra a chikungunya reforça o compromisso do Sistema Único de Saúde (SUS) com a prevenção e o controle de doenças infecciosas, fortalecendo a resposta do país frente aos desafios sanitários emergentes.

Da Redação Jucurunet

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