Os anos 80 e 90 em Jucuruçu, Bahia, foram
marcados por uma mistura de simplicidade e intensidade que permanece viva na
memória dos moradores. Esse período trouxe eventos, personalidades e costumes
que moldaram a identidade cultural da cidade.
A Praça principal era o coração pulsante de
Jucuruçu, onde jovens se reuniam para conversar, brincar e dançar ao som das
músicas tocadas nas antigas radiolas. Quem não se lembra das tradicionais
festas juninas, iluminadas por fogueiras e embaladas pelo som da sanfona? As
quadrilhas, coordenadas por lideranças como Dona Joana e Seu José, eram um
espetáculo à parte.
O futebol também reinava absoluto. Os times
locais se enfrentavam nos campos de terra, e as partidas no campo quase sem
grama sempre atraiam multidões. Nomes como Alencar o goleiro imbatível, e Edgar o artilheiro das finais, ainda são mencionados com orgulho.
Na educação, a professora Maria Edite foi uma
figura marcante. Com dedicação, alfabetizou gerações e inspirou sonhos em
muitas crianças. A Escola Estadual Antônio Carlos Magalhães era não apenas um
centro de ensino, mas também palco de gincanas culturais e esportivas.
Na saúde, o saudoso Americano, com seus
conhecimentos medicinais, era o “médico” informal de muitos moradores. Ele
atendia a todos com cuidado e atenção, deixando um legado de humanidade e
conhecimentos.
Os anos 90 trouxeram as primeiras mudanças
tecnológicas, com a chegada do videocassete e a famosa locadora de “seu
Manoel”, onde a criançada disputava os melhores filmes e desenhos.
Pessoas como frei Dílson, que celebrava
missas lotadas e organizava eventos religiosos, deixaram um impacto duradouro.
Ele era conhecido por sua bondade e por unir a comunidade.
Reviver essas memórias é mais do que
nostalgia: é uma forma de celebrar a essência de Jucuruçu e suas pessoas
inesquecíveis, cujas histórias continuam a inspirar o presente e o futuro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário