O Flamengo ditou o ritmo da
partida desde o início, mantendo uma posse de bola dominante que chegou a 85%
no primeiro tempo. Contra um adversário defensivamente organizado, a equipe de
Filipe Luís encontrou a solução nas jogadas de bola parada, repetindo uma
fórmula que já havia dado certo na final da Copa Libertadores.
Aos 23 minutos do primeiro
tempo, Léo Pereira subiu mais que a marcação egípcia para cabecear com precisão
após cobrança de falta de Giorgian de Arrascaeta, abrindo o placar. Aos 6
minutos do segundo tempo, foi a vez de Danilo ampliar a vantagem, também de
cabeça e também após assistência do uruguaio Arrascaeta.
O goleiro argentino Agustín
Rossi foi fundamental para preservar o zero no placar, fazendo intervenções
decisivas, especialmente em jogadas do perigoso atacante congolês Fiston
Mayele. A defesa sólida permitiu que o Flamengo administrasse o resultado com
tranquilidade até o apito final.
Ficha Técnica da Partida
Detalhe Informação
Data 13 de dezembro de 2025
Competição Semifinal da Copa Intercontinental (Copa
Challenger)
Local Estádio Ahmad bin Ali, Al Rayyan, Catar
Placar Flamengo 2 x 0 Pyramids
Público 8.368 pessoas
Gols Léo Pereira (23' do 1ºT), Danilo (6' do 2ºT)
Arbitragem Al Jassim Abdulrahman (Catar)
Um duelo de gigantes se
aproxima
A final contra o Paris
Saint-Germain representa um desafio de proporções históricas para o futebol
brasileiro. O time francês, comandado por Luis Enrique, chega ao Catar com o
status de atual campeão europeu e após conquistar no mesmo ano o triplete
doméstico (Ligue 1, Copa da França e Supercopa).
O PSG teve a vantagem de
acessar diretamente a final por ser o campeão da Champions League, enquanto o
Flamengo precisou superar duas etapas eliminatórias. Essa diferença no formato
do torneio significa que os parisienses estarão mais descansados, enquanto os
brasileiros já terão jogado dois compromissos no Catar.
Filipe Luís, técnico do
Flamengo, reconhece a magnitude do adversário: "PSG é o melhor time do
mundo e nós, com toda a humildade, tentaremos ganar e fazer história". A
declaração reflete o equilíbrio entre respeito e ambição que permeia o ambiente
rubro-negro.
O histórico e o favoritismo
As estatísticas recentes não
favorecem os sul-americanos. A última vitória de uma equipe da CONMEBOL nesta
competição ocorreu em 2012, quando o Corinthians superou o Chelsea por 1 a 0.
Desde então, o troféu tem sido dominado por clubes europeus, incluindo Bayern
Munich, Real Madrid, Barcelona, Liverpool, Chelsea e Manchester City.
Para o Flamengo, esta será a
terceira final mundial de sua história. O clube foi campeão em 1981 (sobre o
Liverpool) e vice em 2019 (para o Liverpool). Já o PSG disputa sua primeira
final intercontinental.
Analistas e até sistemas de
inteligência artificial apontam o time francês como favorito, citando seu
poderio econômico, qualidade individual da squad e a vantagem do descanso
adicional. No entanto, em uma final única, qualquer equipe tem sua chance,
especialmente uma com o histórico e a garra do Flamengo.
Momentos decisivos e retornos
importantes
Além dos gols, a partida
contra o Pyramids teve momentos significativos para o elenco rubro-negro:
Retorno de Pedro: Aos 40
minutos do segundo tempo, o atacante Pedro voltou a campo após quase dois meses
afastado por lesão na coxa. Em poucos minutos em campo, quase marcou o terceiro
gol em finalização de carrinho. Sua recuperação é uma notícia crucial para a
final.
Atuação magistral de
Arrascaeta: O uruguaio foi o maior articulador do time, fornecendo ambas as
assistências para os gols. Com essa atuação, ele superou suas próprias marcas
anteriores de passes para gol com a camisa do Flamengo.
Segurança defensiva: A dupla
de zagueiros Danilo e Léo Pereira não só marcou os gols como manteve a defesa
sólida durante os 90 minutos, anulando as principais ameaças do ataque egípcio.
A premiação e o que está em
jogo
Além do título mundial, há
valores significativos em premiação. Por ter avançado à final, o Flamengo já
garantiu US$ 4 milhões, enquanto o campeão levará US$ 5 milhões.
Para o PSG, a conquista
representaria o fechamento perfeito de uma temporada histórica, que já inclui
os títulos nacionais e continentais. Para o Flamengo, significaria não apenas
um troféu internacional, mas a quebra de uma hegemonia europeia que dura mais
de uma década.
O técnico Filipe Luís busca
seu sexto título à frente do Flamengo. Se conseguir, entrará definitivamente
para a história do clube como o comandante que trouxe de volta o maior título
de clubes do mundo ao Brasil.
A final está marcada para
quarta-feira, 17 de dezembro, no mesmo Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan, às
14h (horário de Brasília). O mundo do futebol para para assistir a um duelo
entre duas filosofias, dois continentes e duas potências em busca da glória
eterna.