Papa Francisco assinou nesta
segunda-feira, 13, um decreto que reconhece o segundo milagre atribuído a Irmã
Dulce e fará com que ela seja proclamada santa. Irmã Dulce foi beatificada em
22 de maio de 2011.
A informação foi divulgada
pelo "Vatican News", canal oficial de comunicação da Santa Sé. O site
afirma que a canonização da Irmã Dulce acontecerá em celebração solene de
canonizações.
Foto: Divulgação instituição
Obras Sociais Irmã Dulce
O Papa Francisco recebeu em
audiência, nesta segunda-feira, o prefeito da Congregação das Causas dos
Santos, cardeal Angelo Becciu, e autorizou a promulgação do decreto.
O milagre é atribuído à
intercessão da beata Dulce Lopes Pontes (nome de batismo: Maria Rita Lopes de
Sousa Brito), conhecida como Irmã Dulce - "O Anjo bom da Bahia",
recordada por sua obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados.
A canonização de Irmã Dulce será a terceira mais rápida da história (27 anos
após seu falecimento) segundo a instituição Obras Sociais Irmã Dulce (Osid).
Religiosa da Congregação das
Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, a Beata Irmã Dulce
nasceu em Salvador em 26 de maio de 1914 e ali faleceu em 22 de maio de 1992.
O processo para o reconhecimento
da santidade de Irmã Dulce foi iniciado em janeiro de 2000, quando os restos
mortais da freira, que estavam na Igreja da Conceição da Praia, foram
transferidos para a Capela do Convento Santo Antônio, na sede das Obras Sociais
Irmã Dulce, também em Salvador. Nesta segunda, o papa também reconheceu, por
decreto, as virtudes "heroicas" do religioso Salvador Pinzetta (nome
de batismo, Hermínio Pinzetta), religioso da Ordem dos Frades Menores
Capuchinhos, nascido em Casca, no Rio Grande do Sul, em 27 de julho de 1911, e
falecido em Flores da Cunha, no mesmo Estado, em 31 de maio de 1972.
Etapas do processo de
canonização
A canonização de Irmã Dulce
foi iniciada em janeiro de 2000. Em abril de 2009, o papa Bento XVI reconheceu
as virtudes heroicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, autorizando
oficialmente a concessão do título de Venerável à religiosa.
O título é o reconhecimento
de que Irmã Dulce viveu, em grau heroico, as virtudes cristãs da fé, esperança
e caridade.
Em outubro de 2010, a Congregação
para a Causa dos Santos, através de voto favorável e unânime de seu colégio de
cardeais e bispos, atestou a autenticidade do primeiro milagre atribuído à Irmã
Dulce, cumprindo, dessa forma, a última etapa do processo de beatificação. Já
no dia 10 de dezembro de 2010, o papa Bento XVI autorizou a promulgação do
decreto do primeiro milagre.
Irmã Dulce foi então
beatificada no dia 22 de maio de 2011, em cerimônia realizada no Parque de
Exposições de Salvador, reunindo mais de 70 mil pessoas. Na ocasião, a freira
baiana foi coroada como a primeira beata nascida na Bahia e passou a se chamar
Bem-aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de
celebração de sua festa litúrgica. Faltava apenas a validação de um segundo
milagre para que a religiosa fosse então canonizada.
Quem foi Irmã Dulce
Maria Rita de Souza Brito
Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914 em Salvador (BA). Segunda filha do
dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, a
menina que gostava de soltar pipa e jogar futebol manifestou o interesse pela
vida religiosa no início da adolescência.
Segundo a instituições Obras
Sociais Irmã Dulce, por volta de 1927, aos 13 anos de idade, a adolescente
começou a atender doentes no portão de casa, conhecida mais tarde como 'A
Portaria de São Francisco', tal a aglomeração de desassistidos./bahiaextremosul
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