A moradora do distrito de Batinga, município de Itanhém, Neiva Oliveira Almeida, de 35 anos, fez a cirurgia de um dos rins para retirada de cálculos renais, na manhã desta terça-feira (2), na cidade de Caetité, no alto sertão baiano. Ela foi operada pelo urologista Roberto Prates - um dos maiores cirurgiões da área no país - a pedido do médico Osmilto Brandão, que é amigo dele.
Há cerca de 4 anos Neiva aguardava cirurgia dos rins e chegou até a ser humilhada durante sessão ordinária da Câmara de Itanhém, por um vereador que saiu em defesa da secretária da Saúde, que recentemente foi demitida pelo prefeito Mildson Medeiros. O vereador estranhamente culpou a paciente – e não a secretária - porque a cirurgia dela ainda não havia sido feito.
Humilhação também Neiva passou em sua própria casa, durante as últimas eleições municipais, quando a então prefeita Zulma Pinheiro condicionou a realização da cirurgia dela em troca do voto. Se ela, Zulma Pinheiro, fosse reeleita a cirurgia seria realizada, mesmo nada tendo feito para operar a paciente durante a sua gestão.
Cansada de bater à porta da secretaria da Saúde e sem nenhuma ação efetiva para a realização de sua cirurgia, Neiva procurou o programa Tribuna do Povo, na Rádio Master FM, que fez cobranças e pediu aos radialistas Lucas Bocão, Tiago Ramos e Edvaldo Alves, da cidade de Teixeira de Freitas, para reverberarem a situação da moradora de Batinga, no sentido de chamar a atenção das autoridades para o grave problema dela.
Neiva confessou ter pensado em tirar a própria vida, por duas vezes, quando, diante das dores insuportáveis e urinando sangue, não encontrava mais solução para o seu problema. As dores causadas por cálculos renais são a segunda das três piores dores do mundo, de acordo com levantamento, que pode ser visto aqui, feito pela Paraná TV, que transmite a Rede Globo. A primeira dessas dores é a neuralgia do trigêmeo e a terceira, a dor de enxaqueca.
Neiva seguiu para Caetité no domingo (31), em um carro da secretaria da Saúde, que cuidará também de trazê-la de volta para o distrito de Batinga, onde deixou marido, filhos e uma mãe cadeirante, de 77 anos, que ela sempre cuidou, apesar das dores que a fazia perder até a vontade de viver./aguapretanews
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