A política de Jucuruçu, no extremo sul da
Bahia, vive um momento delicado que levanta preocupações sobre a transparência
e o futuro da gestão municipal. Desde o início do atual mandato, todos lembram
que o prefeito Arivaldo de Almeida Costa, o Lili, assumiu a administração com a
minoria na Câmara de Vereadores. Dos nove parlamentares, apenas quatro acompanhavam
sua base de apoio.
Esse cenário
indicava, a princípio, um ambiente favorável à fiscalização e ao equilíbrio de
poderes, essenciais para a democracia e para a proteção dos interesses da
população. No entanto, em pouco tempo, a realidade se transformou. O prefeito,
percebendo que governar em minoria poderia comprometer suas articulações e
projetos, iniciou negociações com vereadores que até então se mantinham
independentes.
O resultado foi
a mudança brusca no quadro político: Lili passou a contar com a maioria no
Legislativo, garantindo o apoio de sete vereadores. Essa manobra política, que
muitos interpretam como um movimento estratégico de sobrevivência, acendeu um
sinal de alerta para a sociedade.
Eis o ponto
crítico: quando o Executivo detém maioria absoluta na Câmara, surge o risco do
enfraquecimento da fiscalização, uma das funções primordiais do Legislativo. A
independência parlamentar, fundamental para investigar denúncias, cobrar
explicações e rejeitar atos suspeitos, pode ser comprometida diante da força
das alianças políticas.
Moradores do
município questionam abertamente quais foram os reais interesses que motivaram
essa aproximação entre prefeito e vereadores. Teria sido pela busca de
governabilidade ou pela tentativa de blindagem contra denúncias e
questionamentos?
O perigo, para
Jucuruçu, é a possibilidade de que irregularidades administrativas passem
despercebidas ou sequer sejam discutidas em plenário. Afinal, quando não há
oposição suficiente, a população fica sem voz dentro da própria Casa
Legislativa.
Diante desse
cenário, surge a grande pergunta: quem poderá defender o município de Jucuruçu
das possíveis irregularidades? Se os vereadores que deveriam fiscalizar se
tornam aliados do gestor, restará à sociedade civil organizada, ao Ministério
Público e aos órgãos de controle externo a missão de acompanhar e formalizar as
denúncias.
O município não
pode ficar refém de acordos políticos que enfraquecem a democracia local. A
fiscalização precisa existir de forma séria e responsável. Sem isso, abre-se
espaço para o avanço da insegurança administrativa, o desrespeito à lei e a
perpetuação de práticas que em nada contribuem para o desenvolvimento da cidade.
A população,
cada vez mais atenta, cobra respostas: quem vai assumir o papel de fiscalizar o
prefeito? Quem terá coragem de denunciar irregularidades, se houver? E até que
ponto a Câmara de Vereadores continuará servindo aos interesses coletivos, e
não apenas às conveniências do poder?
Vídeo em narrativa:
Enquanto essas respostas não chegam, a sensação que paira em Jucuruçu é a de insegurança política e administrativa. E, como bem sabem os moradores, do jeito que está, não dá para suportar por muito tempo.
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Da Redação Jucurunet
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