O Senador Magno Malta
(PR-ES), que um dia foi o vice dos sonhos de Jair Bolsonaro (PSL), enfrenta
pesada artilharia do exército bolsonarista. Senador derrotado, Malta tenta
acomodação no futuro ministério do ex-capitão, representando o segmento
evangélico. Ele sonha com o insondável “Ministério das Famílias”. O senador
capixaba virou “um elefante” para Bolsonaro, segundo o vice-presidente eleito,
Gal. Hamilton Mourão (PRTB).
Na última quarta-feira, 31, o
general declarou publicamente o que pensa de Malta: “Tem que resolver esse
caso. É aquela história, ele desistiu de ser vice do Bolsonaro para dizer que
ia ganhar a eleição para senador no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que
está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, e tem que
arrumar um deserto para esse camelo.”
Nas redes sociais ligadas aos
bolsonaristas o protesto contra Malta corre solto, uma tag #MagnoMaltaNão já
teve milhares de adesões e compartilhamentos.
‘Vou ser ministro sim’, diz
Magno Malta sobre governo Bolsonaro
O senador Magno Malta (PR)
confirmou nesta sexta-feira que tem espaço garantido no Palácio do Planalto, ao
lado do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Ele, no entanto, não revelou
se de fato comandará uma nova pasta que vem sendo chamada de “Ministério da
Família”, que acomodaria Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
"Vou ser ministro, sim", afirmou ao
GLOBO o senador, dizendo que caberá a Bolsonaro anunciar se realmente assumirá
a área social do governo ou se ocupará um posto mais próximo ao presidente, no
caso a Secretaria Geral da Presidência. "Onde eu estiver, eu estarei perto
dele. Ele vai anunciar", disse Malta.
Na quinta-feira, ele teve uma
reunião na casa do Bolsonaro para discutir seu futuro político. Em conversa com
interlocutores, Bolsonaro tem demonstrado intenção de entregar a Malta as
atribuições dos ministérios do Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. A
avaliação é que a atuação de Malta à frente da CPI da Pedofilia o credencia
para a função.
Até agora, há quatro ministros
confirmados: o juiz Sergio Moro (Justiça), o economista Paulo Guedes
(Economia), o general Augusto Heleno (Defesa) e o astronauto Marcos Pontes
(Ciência e Tecnologia).
O futuro de Magno Malta -
aliado de Bolsonaro de longa data que saiu derrotado nas urnas em busca da
reeleição - virou motivo de debate entre integrantes do grupo que sustentou a
campanha. Para alguns, o senador não tem
espaço no futuro governo.
"Quem decidiu isso de
não ser vice não fui eu sozinho, fomos nós dois. Então, eu não quero responder
ninguém em jornal, quem chegou no “ônibus’ depois", disse Magno Malta, sem
citar nominalmente o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, que,
recentemente, fez duras críticas a ele.
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