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“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Número de mortos sobe para 115 em Brumadinho; 248 estão desaparecidos




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"O número aumentou pouco de ontem para hoje, porque os corpos estão com o acesso mais difícil. É necessária a escavação, a estabilização do solo e, mesmo quando um corpo é encontrado é feito um trabalho para não atrapalhar o processo de identificação", afirmou Aihara.

O porta-voz ainda comentou sobre as imagens que mostram o momento exato da barragem I da Mina do Feijão despencando. Segundo Aihara, o corpo técnico das buscas já havia recebido os vídeos da Vale um dia após a queda da estrutura, mas optaram por não divulgá-los.

"Esses vídeos poderiam provocar pânico nas pessoas. Os moradores poderiam ter um movimento de evacuação generalizada. Essa decisão visou, sobretudo, o bem-estar da população", disse o porta-voz dos bombeiros.

Aihara ainda afirmou que as imagens foram importantes para o corpo técnico estudar como a lama se comporta. "Os vídeos serviram para a gente fazer estimativas, ver onde as pessoas estavam e onde os corpos foram encontrados depois para termos uma noção de como foi esse movimento", afirmou.

Já segundo o delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Luiz Carlos Ferreira, 71 corpos foram identificados e outros 19 foram pré-identificados. Isso significa que já foram feitas as coletas de digitais e os exames papiloscópicos, restando apenas a confirmação da identidade pelo Instituto Médico Legal.

"Hoje, a expectativa é que tenhamos 90 vítimas identificadas", disse Ferreira. O delegado ainda afirmou que 8 sobreviventes já foram ouvidos para ajudar nas investigações que apuram o motivo da queda da barragem.

O major Santiago, da Polícia Militar de Minas Gerais, afirmou que está trabalhando na desobstrução da rodovia que dá acesso a Brumadinho. No entanto, o polcial afirmou que só serão liberados serviços essenciais para a cidade. "Quem quiser vir pra cá para ver a tragédia, não será autorizado a entrar na cidade para o resguardo da operação", disse o major em coletiva.

LIQUEFAÇÃO PODE TER SIDO A CAUSA DO ROMPIMENTO

O rompimento da barragem da Vale na última sexta-feira pode ter sido causado por liquefação, o que já ocorreu em outros grandes desastres no mundo em estruturas com o mesmo método de construção de Brumadinho (MG), com tecnologia de alteamento a montante, afirmou à Reuters o subsecretário de Regularização Ambiental, da secretaria do meio ambiente do Estado, Hidelbrando Neto.

No entanto, seria preciso entender por que a liquefação teria acontecido, afirmou o subsecretário, uma vez que dados entregues pela Vale mostram que equipamentos chamados piezômetros não detectaram movimentação de água interna na estrutura.

Neto lembrou que a liquefação, com o maior acúmulo de água na estrutura, foi o motivo apontado para o rompimento de barragem da Samarco (joint venture da Vale com BHP Billiton) em novembro de 2015, que utilizava o mesmo método de alteamento.

A conclusão no caso Samarco foi publicada por autoridades e endossada mais tarde por investigação contratada pelas próprias mineradoras, que apontou causas técnicas para a liquefação, mas não informou culpados.

"Os dois desastres que ocorreram foram com barragens a montante e, nos dois casos, pelo menos tudo indica, que é a informação que a gente está recebendo aqui, é que foi por liquefação", afirmou Neto, pontuando que a liquefação é problema mais comum em barragens alteadas pelo método a montante, pelo fato dos alteamentos serem feitos em cima do rejeito drenado.

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