Por 3 a 2, a Segunda Turma do
Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (25) manter preso o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpre pena desde abril do
ano passado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do “tríplex do
Guarujá”.
A maioria dos ministros rejeitou a possibilidade de Lula ficar livre
até a Segunda Turma concluir o julgamento sobre a atuação do ex-juiz federal
Sergio Moro no caso do “triplex do Guarujá”.
Os advogados do petista
acusam Moro de parcialidade ao condenar Lula e assumir um cargo depois no
primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro. A possibilidade de a Segunda Turma
construir uma “solução intermediária” para retirar Lula da cadeia mesmo sem concluir
o julgamento da suspeição de Moro foi antecipada hoje pelo Estadão.
A defesa de Lula acusa o
ex-juiz da Lava Jato de “parcialidade” e de agir com “motivação política” ao
condená-lo no caso do triplex e assumir depois um cargo no primeiro escalão do
governo de Jair Bolsonaro.
Apesar do processo que traz
essas alegações ter sido apresentado ao Supremo no ano passado, a defesa de
Lula incluiu na ação conteúdo de supostas mensagens trocadas entre Moro
enquanto era magistrado com procuradores da força-tarefa da Lava Jato,
divulgadas pelo site The Intercept Brasil. As conversas, segundo o site,
sugerem que o então juiz orientou investigações da operação.
O ministro da Justiça de
Bolsonaro, porém, tem afirmado não ser possível garantir a autenticidade das
mensagens, pois apagou o aplicativo usado na época e não tem mais os registros.
Ele nega também qualquer atitude contra a lei.
Parlamentares do Partido dos
Trabalhadores desembarcaram em peso no STF para acompanhar presencialmente a
sessão. Entre os políticos que compareceram ao Supremo estavam os senadores
Jaques Wagner (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA) e Humberto Costa (PT-PE), entre
outros./cocobongo
Nenhum comentário:
Postar um comentário