O prefeito de Itamaraju, que amarga com uma rejeição crescente, volta a utilizar as redes sociais como única trincheira para justificar a ineficiência de seu governo. Desta vez, atribui a paralisia da gestão às chuvas, como se o clima fosse responsável pela ausência de planejamento e pela incapacidade de executar ações essenciais.
Enquanto isso, as reclamações da população já ultrapassaram os limites do município e ecoam na capital do estado, atingindo em cheio a base aliada. Políticos que antes disputavam espaço nas inaugurações da cidade agora evitam até aparecer, em sinal claro de desgaste e isolamento político do atual gestor.
Nos bastidores, o comentário recorrente é sobre a fragilidade administrativa, exposta de forma escancarada nas últimas licitações, algumas delas com potencial de comprometer as contas públicas no futuro. Há inclusive casos de atrasos em processos básicos, como a compra de carne para hospitais e escolas, reflexo direto da má gestão e desorganização interna.
O colapso se estende à educação, com a já conhecida novela do transporte escolar, que escancara a falta de compromisso com os mais carentes, estudantes que enxergam na escola mais que um local de ensino, mas num refúgio alimentar, social e de esperança.
E enquanto serviços essenciais falham, uma área da gestão demonstra eficiência invejável: o Instagram da prefeitura. A página é gerenciada por uma empresa que nos bastidores, já teria conquistado três licitações, duas delas de forma indireta, com valores que superam R$ 300 mil. A denúncia sobre esse caso, que envolve possíveis irregularidades, já teria sido protocolada nos órgãos de fiscalização.
Pois o prefeito teria adotado uma política semelhante à do “chefe do BBB”, governar através de câmeras, exigindo que secretários e funcionários passem pelo seu gabinete, numa rede de bajuladores e informantes, fomentando um ambiente tóxico de boatos e desconfiança.
A cidade que tanto sonhou com futuro melhor, assiste ao desmonte silencioso de suas estruturas públicas, enquanto o gestor aposta na estética digital como substituto da ação concreta. Resta saber até quando a população assistirá ao reality de má gestão, numa autopromoção digital, sustentada por contratos questionáveis e um discurso político cada vez mais vazio./IN
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