Embora ainda procure mostrar certa distância das decisões sobre os partidos que fazem oposição ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o governador Rui Costa (PT) já começa a falar em público sobre as eleições municipais deste ano.
“Agora é que as coisas começam a acontecer mais efetivamente, e todo mundo até aqui testou seus nomes em várias cidades. Os acordos começam a acontecer, e até o dia 5 (de agosto) teremos tudo definido. As coisas estão caminhando bem. Em Salvador foi o que nós prevíamos, de ter três candidaturas da nossa base. Vai ser um debate importante na cidade”, disse Rui na cerimônia em que anunciou a inauguração da Agroindústria de Processamento de Frutas da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos (Coopercuc).
O governador, contudo, não quis comentar sobre as negociações com o PCdoB, que tem a candidatura da deputada federal Alice Portugal a prefeita de Salvador. Brigam pela vaga de vice na chapa que será encabeçada pela comunista o PT, que sequer lançou pré-candidato, e o PSB, que decidiu retirar a pré-candidatura da senadora Lídice da Mata, em prol da ‘união das oposições’ para enfrentar ACM Neto.
“O candidato tem que ter autonomia para compor a sua vice, ninguém externamente deve impor ao candidato. Vai da sensibilidade dele”, disse o comandante do Executivo baiano em entrevista coletiva. Rui Costa admitiu, contudo, que os partidos de sua base terão de fato as três chapas desenhadas até então pelas pré-candidaturas.
Além do PCdoB de Alice Portugal, terão candidatos o PDT, do deputado estadual Pastor Sargento Isidório, e o PP (partido do vice-governador, João Leão), que tem como candidato o ex-secretário da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) Cláudio Silva. Para o governador, porém, o que ainda não foi acertado precisa ser decidido “em horas” e não mais “em dias”.
“Agora eu diria que começa de fato a reta de chegada. Todo mundo até aqui chegou com seus nomes. A partir daqui, os acordos começam a acontecer em horas e não mais em dias. As coisas estão caminhando bem, o quadro é o que nós precisamos”. E o governador ainda fez mistério. “Pode até ter novas candidaturas (na base dos partidos de oposição ao prefeito”, disse o petista. “O que nós tínhamos que fazer está feito. Agora é fechar a estratégia das chapas proporcionais.
Isso ainda vai sofrer acomodações, mas eu acho que o essencial está definido”, enfatizou o governador, que sofreu críticas por não ter conduzido o processo de perto. Vaga de vice deve ficar com o PT Nos bastidores, conforme apurou a Tribuna, a vaga de candidato a vice-prefeito na chapa do PCdoB deve mesmo ficar com um nome do PT. Entre os cotados estão a presidente do partido em Salvador, ex-vereadora Marta Rodrigues, e os deputados federais Afonso Florence (líder do PT na Câmara Federal), Jorge Solla e Valmir Assunção.
O vereador Gilmar Santiago também teve seu nome disponibilizado pelo PT, mas declinou da missão. Ele se colocava como pré-candidato do partido. No PSB, os nomes disponíveis são do vereador Silvio Humberto e do ex-deputado estadual Capitão Tadeu. O partido também cogitou a deputada estadual Fabíola Mansur, mas ela também não aceitou a indicação.
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