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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Bahia é o 2º estado mais letal para jovens; Itabuna lidera entre cidades


Resultado de imagem para assassinatos

A 5ª edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que foi divulgada à imprensa nesta quarta-feira (28), no Rio de Janeiro, aponta que a Bahia é o segundo estado do país com a maior concentração de assassinatos entre jovens de 12 anos a 18 anos.

Os dados da pesquisa ainda indicam que o município de Itabuna, no sul da Bahia, lidera em número de homicídios nesta faixa etária entre as cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes. Dentre as capitais, Salvador desponta como a terceira com maior risco de morte para adolescentes.

O levantamento foi elaborado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ) e leva em conta dados coletados no ano de 2012.

A pesquisa mostra que, dentre os cinco estados brasileiros mais letais para jovens de 12 a 18 anos, quatro ficam na região Nordeste. O estado de Alagoas lidera o ranking com um Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) de 8,82. A Bahia vem logo atrás com índice de 8,59, seguido pelo Ceará, com 7,74. Em quarto lugar aparece o estado do Espírito Santo, na região Sudeste, com índice de 7,15. Logo após, aparece a Paraíba - também no Nordeste -, com índice de 6,04.

A pesquisa coloca o município baiano de Itabuna, no sul da Bahia, com IHA de 17,11 - o maior dentre todas as cidades brasileiras com população superior a 200 mil habitantes.

Dentre as 20 cidades mais letais para jovens, cinco estão na Bahia. Além de Itabuna, a lista traz Camaçari em quinto lugar com IHA de 9,82; Vitória da Conquista em oitavo com 8,50; Salvador em nono com 8,32; e Feira de Santana em 13º com índice de 6,79.

Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) afirma que o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) no município baiano de Itabuna teve redução de 23,6% em 2013 (133), numa comparação com o ano de 2012 (174).

O decréscimo, segundo a pasta, foi resultado de operações no combate aos homicídios e ao tráfico de drogas na região, a exemplo da transferência de seis líderes de organizações criminosas, detidos no Conjunto Penal de Itabuna, para presídios federais, em março de 2013.

Ainda por meio da nota, a SSP destaca que no bairro de Monte Cristo já funciona uma Base Comunitária de Segurança (BCS) com ações de prevenção a violência voltada para crianças e jovens, além da inauguração do Centro Integrado de Comunicação (Cicom), que teria otimizado o trabalho da polícia na região.

Nordeste

De acordo com os dados, a região Nordeste apresenta a maior incidência de violência letal contra adolescentes, com um índice igual a 5,97. Em contrapartida, o Sudeste possui o menor valor, com uma perda de 2,25 jovens em cada mil.

O estudo ainda revela que a possibilidade de jovens negros serem assassinados é 2,96 vezes maior do que os brancos. Os adolescentes homens apresentam um risco 11,92 vezes superior de morte quando comparado a jovens do sexo feminino. Conforme levantamento, a arma de fogo é o principal meio utilizado nos assassinatos na faixa etária de 12 a 18 anos.

Em relação a todo o país, o estudo mostra que os homicídios representam 36,5% das causas de morte dos adolescentes no país, enquanto para a população total correspondem a 4,8%.

Para a elaboração do IHA, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República afirma que foram analisados 288 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. O levantamento tem como base os dados dos Censos 2000 e 2010, do IBGE, e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.


O IHA faz parte das ações do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL), criado em 2007./G1

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