Com o objetivo de tentar
segurar os turistas no Rio, a tradicional festa de fim de ano na praia de
Copacabana terá três dias de shows este ano. Duas milhões de pessoas são
esperadas para a festa, que terá como atração principal a cantora Anitta.
Até esta quinta (28), a
prefeitura ainda negociava duas cotas de patrocínio para tentar bancar o
evento, que está orçado em R$ 25 milhões, incluindo as atrações de Copacabana e
outros oito palcos que serão montados pela cidade.
Em Copacabana, nesta sexta
(29), a Orquestra Tabajara abre a festa no palco montado em frente ao Hotel
Belmond Copacabana Palace. O encerramento do evento se dará no sábado (6), com
encontro de escolas de samba e a Orquestra Petrobras Sinfônica.
Na noite do dia 31, além de
Anitta, sobem ao palco o grupo Cidade Negra, o cantor Frejat e baterias das
escolas de samba Portela e da Mocidade Independente de Padre Miguel, entre
outros.
A queima de fogos terá 17
minutos, cinco a mais do que no ano anterior, e será acompanhada por uma trilha
sonora surpresa. Serão 25 toneladas de fogos, detonadas a partir de 11 balsas
ancoradas no mar. Na praia, serão instalados 12 telões e 30 torres de som.
Apesar da crise que começa a
levar a atrasos de salários também na prefeitura, o desembolso para a festa
ficará entre R$ 5 milhões e R$ 8 milhões, dependendo do número de
patrocinadores. Até agora, os principais parceiros são estatais: Minc
(Ministério da Cultura), Secretaria Estadual de Cultura, Caixa Econômica Federal,
Petrobras e BNDES, além da cervejaria Ambev.
Entre as estatais, a maior
cota foi da Caixa, de R$ 5 milhões. A Petrobras colocou R$ 2,7 milhões, com
patrocínio específico ao evento do dia 6, e o BNDES, R$ 2 milhões. A prefeitura
tenta concluir negociação com mais duas empresas privadas, para reduzir sua
participação a 20% do gasto total.
Em 2016, o custo para a
prefeitura foi de R$ 5 milhões, mas o valor total da festa não costumava ser
divulgado. Foi um ano de cortes, tanto no número de palcos -em 2015, foram dois
e no ano anterior, três -quanto na duração do espetáculo de fogos de artifício.
A extensão do período de
comemorações este ano, diz a prefeitura, tem como objetivo ampliar o tempo de
permanência dos turistas que se planejaram para ficar apenas na noite do dia
31, além de ganhar mais espaço para a promoção do turismo na cidade.
A meta para 2018 é ampliar em
20% o número de turistas que visitam o Rio, o que poderia gerar R$ 6,1 bilhões
e 170 mil postos de trabalho, segundo a prefeitura. De acordo com a Associação
de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro, a taxa de ocupação dos hotéis da cidade
já está em 87%, em média. A expectativa é que chegue a 97% na noite do dia 31.
Em 2016, a taxa foi de 85%.
SEGURANÇA
O efetivo de segurança também
será ampliado em relação ao ano anterior. A Polícia Militar vai empregar no
Réveillon, em todo o Rio de Janeiro, 12.752 policiais (19,6% a mais do que em
2016) e 1.393 carros para garantir a segurança da população entre os dias 31 de
dezembro e 1º de janeiro.
A PM suspendeu as férias e
realocou policiais lotados em atividades administrativas, garantindo um
acréscimo de 6.363 homens durante o evento. Os policiais que estavam de férias
voltam a trabalhar dois dias antes e serão compensados posteriormente.
"A suspensão de férias e
a realocação de efetivo que trabalha em atividade-meio em unidades
administrativas e operacionais são procedimentos normais adotados pela
corporação para atender situações especiais, como Réveillon, Carnaval e outros
grandes eventos", disse, em nota, o o chefe do Estado-Maior Operacional da
PM, coronel Luís Henrique Pires.
Em Copacabana, serão 1.822
policiais e 64 viaturas. A PM instalou 30 torres de observação na praia e no
calçadão e contará com apoio de motos, cães e cavalos. O policiamento na região
se estenderá até às 18h do dia 1º./folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário