O fogo das queimadas à beira
das rodovias aumenta o risco de acidentes nesta época do ano. No extremo Sul da
Bahia, os incêndios se tornam frequentes e representam um perigo para os
motoristas, pois a fumaça densa prejudica a visibilidade. O tempo seco, as altas
temperaturas, a umidade relativa do ar e o vento forte neste período de
estiagem ajudam na propagação das chamas.
Somente este mês, na região
de Eunápolis e Porto Seguro, o 6º Grupamento de Bombeiro Militar (6º GBM) já rendeu
mais de 20 ocorrências de queimadas. O capitão Fábio Azevedo, bombeiro do 6º
GBM, diz que, nestas condições, basta apenas algum motorista jogar uma bituca
de cigarro no acostamento para o fogo se propagar com muita velocidade. Mas a
maioria dos focos de incêndio é registrada nas propriedades rurais que ficam às
margens das estradas, já que muitos fazendeiros ainda utilizam fogo na limpeza
de terrenos. “Não recomendamos as queimadas.
A orientação mais adequada é
a capinagem. Infelizmente, é uma prática comum e muito recorrente. Isso também
causa danos ao meio ambiente, não especificamente por conta da queimada, mas
também por produtos químicos e tóxicos que podem ser queimados juntos com a
vegetação”, afirma o bombeiro.
Caso seja indispensável a
realização da queimada, a orientação é que a pessoa se cerque de alguns
cuidados, como manter uma supervisão durante a execução do trabalho e fazer os
aceiros, para evitar que o fogo se alastre para outras áreas.
As condições climáticas
também podem fazer com que a extensão das queimadas saia do controle. “O vento,
por exemplo, pode levar fagulhas para outras locais e provocar devastação,
inclusive, em áreas urbanas, colocando em risco residências e prédios
comerciais e empresariais”, diz o bombeiro. E aí vem mais um alerta do
bombeiro.
Pessoas sem a devida
capacitação técnica não devem tentar conter os incêndios. "Procure a
instituição Corpo de Bombeiros para que esses incêndios de média e grande
proporção sejam atendidos por pessoas especializadas, no caso, os bombeiros.
Nós atuamos a fim de conter esses incêndios e de evitar acidentes com a
população de modo geral", frisa o capitão.
O bombeiro explica ainda que
há treinamentos específicos para incêndios em áreas florestais e urbanas.
Segundo ele, a ação do fogo é completamente diferente em cada uma delas.
"Na área urbana, ele vai
atingir as estruturas, causando um colapso no prédio. Então, o risco de
acidentes é muito grande. Já em áreas de vegetação, ou florestal, que são abertas,
não tem risco de colapsar estruturas, mas a incidência de fenômenos climáticos
é muito preocupante, principalmente com relação ao vento, que pode mudar de
direção e provocar acidentes”, finaliza.
Em caso de incêndio, a equipe
do 6º Grupamento de Bombeiros Militar, em Porto Seguro, pode ser acionada pelos
telefones 191 ou 190./radar64
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