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terça-feira, 23 de outubro de 2018

MPF acata denúncia da Máfia dos Combustíveis de Itamaraju



A denúncia de um esquema de desvio de combustíveis da Secretaria de Saúde de Itamaraju, protocolada pelo vereador Evando Rodrigues no Ministério Público Federal, e que envolve o secretário Elan Wagner, o ´Elan de Lozinho´, e o ex-diretor de transportes, Fábio Lima, e outros dois funcionários, teve desdobramentos importantes recentemente.

Na ocasião, segundo a denúncia, Elan de Lozinho foi acusado de preencher diversas requisições de combustíveis diariamente que depois eram repassadas para seus prepostos, entre ele o ex diretor de transportes, Fabio Lima, que negociavam as notas com valor bem inferior ao valor de mercado. Em um dos vídeos gravados, aparece uma pessoa com a requisição adquirida ilegalmente denunciando o esquema: “Estão vendendo muita nota.

A gente não sabe como eles dividem do dinheiro.” relata um trecho do vídeo. De acordo com o documento conseguido com exclusividade por nossa reportagem, a denúncia que foi protocolada no mês de abril na sede do Ministério Público Federal em Teixeira de Freitas, foi recebida pelo Procurador Federal André Luis Castro no mês de maio.

Ainda de acordo com o documento, no mês de junho o mesmo procurador movimentou o processo para o Ministério Público Estadual em Itamaraju. Segundo juristas ouvidos por nossa reportagem, a movimentação e o encaminhamento do processo para a Promotoria de Justiça de Itamaraju pode ter ocorrido em virtude da necessidade da coleta de depoimentos ou de novas provas na cidade. Há ainda a possibilidade de que o Ministério Público Federal possa ter entendido que há indícios de desvios de recursos Estaduais ou Municipais, e não somente verba Federal.

Com a repercussão do caso, o diretor de transportes, Fábio Lima, chegou a ser exonerado da função. Porém, o secretário de saúde, Elan de Lozinho permanece no cargo. Na ocasião fontes ainda contaram à nossa reportagem que chegou a circular áudios via rede social onde aparecia o ex diretor de transporte negociando combustíveis.

Ainda segundo as fontes ouvidas por nossa reportagem, o prejuízo com o esquema pode ter ultrapassado a casa dos R$ 200 mil, e os valores desviados podem ter sido utilizados na aquisição de imóveis e veículos de luxo./reportercoragem

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