Em um acordo de delação
premiada, um ex-vereador de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, que não teve
a identidade revelada, denunciou ao Ministério Público um esquema de pagamento
de propinas entre vereadores dentro da casa legislativa.
"Envelope amarelo, valor
em espécie, R$ 2 mil, entre as datas do dia (05) a (09) de todo mês, sempre em
dinheiro, sempre na Câmara, ou na sala vip ou, talvez, no estacionamento",
diz um áudio da delação divulgado na última sexta-feira (11/01).
Segundo o MPRJ, as
investigações apontam que o esquema causou um prejuízo de R$ 858 mil aos cofres
públicos por meio de crimes de fraude em licitação e peculato cometidos entre
2013 e 2018.
A quantia distribuída,
segundo as investigações, variava de R$ 2 a R$ 7 mil e o dinheiro saía de
contratos superfaturados entre a Câmara e empresas privadas.
O Ministério Público e a
Polícia Civil fizeram uma operação na manhãdesta sexta-feira (11), chamada de
'Sala Vip", e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em endereços de
empresas, de um ex-vereador, quatro vereadores e na casa de Paulo Igor Carelli
(MDB).
O vereador Wanderley Taboada
também foi preso por porte ilegal depois que a polícia encontrou uma arma na
casa dele durante o cumprimento de um dos mandados.
Em nota, a defesa de Paulo
Igor informou que ele não distribuía propina alguma. Segundo o advogado Afonso
Destri, o fato não é verdadeiro e o vereador afastado terá oportunidade de
provar isso.
O ex-vereador Marcos Luiz
Bernardes Souza, o Marcos Montanha (SD); Ronaldo Luiz de Azevedo Carvalho, o
Ronaldão (PR); Luiz Antônio Pereira Aguiar, o Luizinho Sorriso (PSB); Reinaldo
Meirelles da Sá, conhecido como Meirelles (PP); e Wanderley Braga Taboada, o
Wanderley Taboada (PTB).
Da esquerda para a direita: Paulo Igor, Luizinho Sorriso, Montanha, Meirelles, Wanderley e Ronaldão — Foto: Reprodução site da Câmara e rede social
Foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público
após terem os nomes encontrados escritos em papéis fixados nos maços de
dinheiro encontrados na hidromassagem de Paulo Igor durante a Operação Caminho
do Ouro que aconteceu no ano passado./G1
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