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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Ex-vereador em acordo de delação, diz que propina era paga na 'sala vip' da Câmara e no estacionamento




Em um acordo de delação premiada, um ex-vereador de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, que não teve a identidade revelada, denunciou ao Ministério Público um esquema de pagamento de propinas entre vereadores dentro da casa legislativa.

"Envelope amarelo, valor em espécie, R$ 2 mil, entre as datas do dia (05) a (09) de todo mês, sempre em dinheiro, sempre na Câmara, ou na sala vip ou, talvez, no estacionamento", diz um áudio da delação divulgado na última sexta-feira (11/01).

Segundo o MPRJ, as investigações apontam que o esquema causou um prejuízo de R$ 858 mil aos cofres públicos por meio de crimes de fraude em licitação e peculato cometidos entre 2013 e 2018.

A quantia distribuída, segundo as investigações, variava de R$ 2 a R$ 7 mil e o dinheiro saía de contratos superfaturados entre a Câmara e empresas privadas.

 

O Ministério Público e a Polícia Civil fizeram uma operação na manhãdesta sexta-feira (11), chamada de 'Sala Vip", e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em endereços de empresas, de um ex-vereador, quatro vereadores e na casa de Paulo Igor Carelli (MDB).

O vereador Wanderley Taboada também foi preso por porte ilegal depois que a polícia encontrou uma arma na casa dele durante o cumprimento de um dos mandados.

Em nota, a defesa de Paulo Igor informou que ele não distribuía propina alguma. Segundo o advogado Afonso Destri, o fato não é verdadeiro e o vereador afastado terá oportunidade de provar isso.

O ex-vereador Marcos Luiz Bernardes Souza, o Marcos Montanha (SD); Ronaldo Luiz de Azevedo Carvalho, o Ronaldão (PR); Luiz Antônio Pereira Aguiar, o Luizinho Sorriso (PSB); Reinaldo Meirelles da Sá, conhecido como Meirelles (PP); e Wanderley Braga Taboada, o Wanderley Taboada (PTB).

Da esquerda para a direita: Paulo Igor, Luizinho Sorriso, Montanha, Meirelles, Wanderley e Ronaldão  — Foto: Reprodução site da Câmara e rede social
Da esquerda para a direita: Paulo Igor, Luizinho Sorriso, Montanha, Meirelles, Wanderley e Ronaldão — Foto: Reprodução site da Câmara e rede social


Foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público após terem os nomes encontrados escritos em papéis fixados nos maços de dinheiro encontrados na hidromassagem de Paulo Igor durante a Operação Caminho do Ouro que aconteceu no ano passado./G1

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