O vice-prefeito do município
de Novo Acordo (TO), Leto Moura Leitão Filho, mais conhecido como Letim
Leitão(PRB), é apontado pela Polícia Civil como mandante da tentativa de
homicídio contra o prefeito Elson Lino de Aguiar (MDB), 59 anos. O crime teria
sido encomendado por R$ 10 mil, sendo que parte do dinheiro que seria pago após
o vice assumir a prefeitura.
O delegado Leandro Risi, da
DEIC Palmas, revelou que o crime foi motivado por conflitos na distribuição de
propinas. "Em princípio, por uma divisão de recursos advindos de fraudes
em licitações na prefeitura de novo acordo", afirmou. O prefeito teria se
recusado a repassar R$ 800 mil para o vice.
O prefeito, conhecido como
Dotozim, foi baleado com três tiros na tarde da última quarta-feira (09/01). Um
dos disparos acertou a cabeça da vítima. Ele foi encaminhado para o Hospital
Geral de Palmas e já saiu da ala de emergência e passará por uma cirurgia de
reconstrução facial.
Ainda segundo o delegado
Leandro Risi, o vice-prefeito contratou o empresário do ramo de segurança de
Palmas, Paulo Henrique Sousa Costa, para agenciar o executor do crime, encargo
que ficou com Gustavo Araujo da Silva, de 18 anos, um membro de facção
criminosa. Conforme a polícia, ele
planejava matar o prefeito antes do natal, mas não conseguiu.
Nesta quarta, o pistoleiro
Gustavo usou uma motocicleta vermelha que já foi apreendida pela polícia. Mas
como o prefeito escapou, o vice ofereceu o dobro do dinheiro ao pistoleiro para
que concluísse o serviço assim que o prefeito saísse do hospital.
O delegado disse que o
primeiro atentando foi encomendado por R$ 4 mil ainda em 2018, mas não deu
certo. No segundo ataque, o pagamento combinado foi de R$ 10 mil. "Quando
viram que o prefeito não tinha morrido, ele prometeu então R$ 20 mil para que
eles voltassem e terminassem a tarefa após ele sair do hospital", disse o
delegado.
O delegado Diogo Fonseca, que
também trabalha no caso, explicou o que deu errado na primeira tentativa.
"A morte do prefeito foi encomendada antes do natal, inclusive. Foi
contratado dois indivíduos de Palmas para executar o prefeito. Porém estes dois
indivíduos não conseguiram ir na missão.
Eles se deslocaram até Aparecida do
Rio Negro, só que lá eles se envolveram em um problema com a Polícia Militar e
eles retornaram", explicou. O vice-prefeito, o empresário
que agenciou o crime e o executor estão presos.
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