O presidente Jair Bolsonaro
divulgou, na manhã desta segunda-feira (29), um vídeo em que desautoriza seu
secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, sobre a criação de um novo
imposto que acabaria com a contribuição previdenciária que incide sobre a folha
de pagamento.
Em entrevista à Folha, Cintra
declarou que o novo tributo, que deve ser criado para simplificar o modelo de
arrecadação no país, teria ampla abrangência, recaindo inclusive sobre igrejas.
Essas instituições hoje são isentas.
Na mensagem, o presidente
disse que foi surpreendido com a declaração de Cintra de que até fiéis pagariam
impostos sobre o dízimo. Em uma mensagem de 41 segundos, Bolsonaro disse duas
vezes que nenhum imposto será criado para as igrejas.
Em vídeo divulgado nas redes
sociais, Bolsonaro falou sobre a demissão de Gustavo Bebianno. A primeira baixa
do governo Bolsonaro, efeito da crise das candidaturas laranjas do PSL, foi
antecedida por críticas públicas de Bolsonaro e seu filho Carlos a Bebianno. No
vídeo, no entanto, o presidente não fez menção a esses acontecimentos
/Reprodução
“Quero me dirigir a todos
vocês, dizendo que essa declaração não procede. Quero dizer que em nosso
governo nenhum novo imposto será criado, em especial contra as igrejas, que,
além de terem um excelente trabalho social prestado a toda a comunidade,
reclamam eles, em parte com razão ao meu entendimento, que há uma bitributação
nessa área”, afirmou.
Ao final da mensagem,
Bolsonaro fez questão de reforçar: "Então, bem claro: não haverá novo
imposto para as igrejas. Bom dia a todos. E fiquem com Deus”.
De acordo com o secretário da
Receita, o novo tributo incidiria sobre todas as transações financeiras,
bancárias ou não, com alíquota de 0,9% e rateado entre as duas pontas da
operação (quem paga e quem recebe).
"Isso vai ser
polêmico", reconheceu. "A base da CP é universal, todo o mundo vai
pagar esse imposto, igreja, a economia informal, até o contrabando",
afirmou Cintra.
Na reforma tributária que
está elaborando, o novo tributo substituiria a contribuição previdenciária
sobre os salários, que drena R$ 350 bilhões por ano de empresas e
trabalhadores.
Nesta proposta de emenda
constitucional que põe fim à atual contribuição extinguiria até imunidades
tributárias para instituições religiosas e filantrópicas.
Ao comentar as alterações,
Cintra negou que a contribuição venha a ser uma CPMF disfarçada. "CPMF era
sobre débito bancário. Esse é sobre pagamentos. É como se a CP fosse gênero
[mais amplo] e a CPMF fosse espécie." Além disso, a CPMF era
"transitória", e a CP seria permanente.
Com a proposta, o secretário
disse acreditar que conseguiria convencer o setor de serviços a aceitar a
criação do Imposto Único Federal, que deve unificar quatro tributos, com
alíquota de cerca de 14%: PIS, Cofins, uma parte do IOF e o IPI. Cintra afirmou ainda que pretende cumprir uma
das promessas de campanha, a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.
Fui surpreendido nesta manhã
com a declaração do nosso secretário da Receita de que seria criado um novo
imposto para as igrejas. Quero me dirigir a todos vocês, dizendo que essa
informação não procede. Em nosso governo nenhum novo imposto será criado, em
especial contra as igrejas, que além de terem um excelente trabalho social
prestado a toda a comunidade reclamam eles, em parte com razão ao meu
entendimento, que há uma bitributação nessa área.
Então, bem claro: não haverá
novo imposto para as igrejas. Um bom dia a todos e fiquem com Deus./folha
O presidente Jair Bolsonaro
divulgou, na manhã desta segunda-feira (29), um vídeo em que desautoriza seu
secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, sobre a criação de um novo
imposto que acabaria com a contribuição previdenciária que incide sobre a folha
de pagamento.
Em entrevista à Folha, Cintra
declarou que o novo tributo, que deve ser criado para simplificar o modelo de
arrecadação no país, teria ampla abrangência, recaindo inclusive sobre igrejas.
Essas instituições hoje são isentas.
Na mensagem, o presidente
disse que foi surpreendido com a declaração de Cintra de que até fiéis pagariam
impostos sobre o dízimo. Em uma mensagem de 41 segundos, Bolsonaro disse duas
vezes que nenhum imposto será criado para as igrejas.
Em vídeo divulgado nas redes
sociais, Bolsonaro falou sobre a demissão de Gustavo Bebianno. A primeira baixa
do governo Bolsonaro, efeito da crise das candidaturas laranjas do PSL, foi
antecedida por críticas públicas de Bolsonaro e seu filho Carlos a Bebianno. No
vídeo, no entanto, o presidente não fez menção a esses acontecimentos
/Reprodução
“Quero me dirigir a todos
vocês, dizendo que essa declaração não procede. Quero dizer que em nosso
governo nenhum novo imposto será criado, em especial contra as igrejas, que,
além de terem um excelente trabalho social prestado a toda a comunidade,
reclamam eles, em parte com razão ao meu entendimento, que há uma bitributação
nessa área”, afirmou.
Ao final da mensagem,
Bolsonaro fez questão de reforçar: "Então, bem claro: não haverá novo
imposto para as igrejas. Bom dia a todos. E fiquem com Deus”.
De acordo com o secretário da
Receita, o novo tributo incidiria sobre todas as transações financeiras,
bancárias ou não, com alíquota de 0,9% e rateado entre as duas pontas da
operação (quem paga e quem recebe).
"Isso vai ser
polêmico", reconheceu. "A base da CP é universal, todo o mundo vai
pagar esse imposto, igreja, a economia informal, até o contrabando",
afirmou Cintra.
Na reforma tributária que
está elaborando, o novo tributo substituiria a contribuição previdenciária
sobre os salários, que drena R$ 350 bilhões por ano de empresas e
trabalhadores.
Nesta proposta de emenda
constitucional que põe fim à atual contribuição extinguiria até imunidades
tributárias para instituições religiosas e filantrópicas.
Ao comentar as alterações,
Cintra negou que a contribuição venha a ser uma CPMF disfarçada. "CPMF era
sobre débito bancário. Esse é sobre pagamentos. É como se a CP fosse gênero
[mais amplo] e a CPMF fosse espécie." Além disso, a CPMF era
"transitória", e a CP seria permanente.
Com a proposta, o secretário
disse acreditar que conseguiria convencer o setor de serviços a aceitar a
criação do Imposto Único Federal, que deve unificar quatro tributos, com
alíquota de cerca de 14%: PIS, Cofins, uma parte do IOF e o IPI. Cintra afirmou ainda que pretende cumprir uma
das promessas de campanha, a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.
Fui surpreendido nesta manhã
com a declaração do nosso secretário da Receita de que seria criado um novo
imposto para as igrejas. Quero me dirigir a todos vocês, dizendo que essa
informação não procede. Em nosso governo nenhum novo imposto será criado, em
especial contra as igrejas, que além de terem um excelente trabalho social
prestado a toda a comunidade reclamam eles, em parte com razão ao meu
entendimento, que há uma bitributação nessa área.
Então, bem claro: não haverá
novo imposto para as igrejas. Um bom dia a todos e fiquem com Deus./folha
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