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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Sem acesso à saúde para cuidar de irmão doente aposentada se vê obrigada a ir embora de Itanhém






A semana começou com mais uma família indo embora da cidade de Itanhém.

Cada pessoa que se vê obrigada a abandonar sua terra natal, na verdade, não desejaria nunca deixar para trás amigos, conterrâneos e principalmente outros familiares. O motivo alegado por quase todas as famílias que deixam a cidade é a falência do município.

A aposentada Maria D’Ajuda Jesus de Oliveira, 61 anos, sua filha, seu irmão e sua neta, a partir deste domingo (14), são moradores da vizinha cidade de Medeiros Neto. Um caminhão azul encostou logo cedo na casa de nº 644, na Rua Dois de Julho, no bairro São João e levou a mudança.


A casa é própria, mas a necessidade de cuidar do irmão, de 53 anos e com problemas neurológicos e mentais, obrigou Maria D’Ajuda ir embora. O irmão dela exige cuidados médico constante e não tem como cuidar dele numa cidade em que a saúde está praticamente numa UTI.

“Eu estou indo embora por causa da saúde péssima que está em Itanhém, aqui não temos um agente de saúde, não temos um médico no nosso posto, procura um remédio não tem, além de tudo é o maior sofrimento porque eu tenho um irmão doente em casa e não tem atendimento”, desabafou.

Na sala da casa de Maria D’Ajuda, um adesivo de Mildson Medeiros, candidato a prefeito nas eleições passada, não deixa dúvida em quem ela apostou todas as suas fichas para que Itanhém não se tornasse um município caótico como o que hoje se vê.

Mas, apesar das dificuldades que vem enfrentando Maria D’Ajuda continua esperançosa.


“Só voltarei aqui, se Deus quiser, no dia da política para votar no missionário Marcos e Mildson Medeiros, pela fé que tenho em Deus”, afirmou. “Se eles não ganharem a cidade estará acabada”./aguapretanews

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