Ex-ministro da Defesa e hoje
senador, Jaques Wagner (PT) diz não acreditar em um golpe dos militares, que
vem ganhando espaço no governo Bolsonaro. Para o petista, a geração do golpe de
1964 faz parte do passado e a população precisa "tirar o ranço" em
relação às Forças Armadas. "Não acho que os militares vão embarcar em qualquer
aventura. Não vão dar golpe nem para tirar e nem para manter. Acho que se foram
56 anos desde 64. A geração que dominou já foi toda para a reserva.
O Itamaraty e as Forças
Armadas são grandes escolas de formação. Nós, civis, às vezes mantemos um
ranço. Temos que deletar isso da cabeça. Eles também têm que deletar 64 da
cabeça. Foi no tempo da Guerra Fria, o muro ainda não tinha caído...",
disse, em entrevista para a Live do BN, do Bahia Notícias. Wagner não deixou de
fazer críticas a Bolsonaro e disse que os militares sabem que o presidente da
República é um "mau soldado".
O político apontou a intenção
de Bolsonaro em querer armar a população e destacou as mortes no Brasil em
virtude da Covid-19. "Eles [militares] sabem que o presidente é um péssimo
soldado. Eles sabem que é um mau soldado, que nunca cumpriu a norma. É um
bagunceiro total e que produz pouco. Mas eles respeitam a norma. O Lula não
participou, mas ela foi validada pelo TSE e teve mais de 50 milhões de votos.
Estão cumprindo.
É óbvio que eles gostam dos
ministérios. Tudo isso é prestígio, mas não quer dizer que estão dispostos a
embarcar nessa canoa. Apesar dos atos dele não corresponderem, ele diz que é
democrata. Ele quer armar todo mundo pra fazer uma guerra civil no Brasil pra
matar 30 mil. Vamos chegar a 30 mil só com a Covid", pontuou.
Wagner foi ministro da Defesa
no governo Dilma Rousseff entre dezembro 2014 e outubro de 2015, quando foi
indicado para assumir a Casa Civil./brumadourgente
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