Itamaraju: O Instituto Médico Legal (IML) de Itamaraju, município que está entre as maiores cidades do Extremo Sul da Bahia, está sem rabecão há tempos, e por tempo indeterminado. De acordo com as informações dos munícipes, que pediram para não serem identificados, os mortos são transportados em carros de funerárias. O problema vem desde o início deste ano de 2021.
O veículo que vinha dando
problemas o tempo todo, ficando mais na oficina do que no IML parou de vez. E o
Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador, já tem conhecimento do
caos, e ignora o problema, agindo como se nada estivesse acontecendo. Várias
foram as promessas do Governo do Estado de que um novo veículo seria enviado à
cidade, o que não aconteceu.
O IML de Itamaraju está inserido na 8ª Coordenadora Regional de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas e atende também aos 13 (treze) municípios do extremo Sul da Bahia, pois já é de conhecimento de todos que o IML de Teixeira só tem dois médicos legistas em seu quadro, os quais atuam em regime de plantão (24h/72h). Ou seja, durante 15 dias no mês, o IML de Teixeira não tem médico. Se um deles fica de férias ou licença, aí o problema se agrava ainda mais.
Vale ressaltar que o Rabecão
de Itamaraju, tem 10 (dez) anos de uso e está quebrado no estacionamento da 8ª
COORPIN, em total estado de abandono, enquanto isso, as famílias vão passando
constrangimento à espera da remoção e liberação dos corpos. Muitas vezes a
demora impede que os corpos sejam velados pela família. "A dor da morte já
é forte, imagina o constrangimento da espera", disse um corretor de
imóveis, que ficou 02 (dois) dias esperando pela liberação do corpo de um
familiar, necropsiado em Itamaraju.
Enquanto isso, as funerárias disputam lado a lado, quem vai fazer a próxima remoção. "É um absurdo. O Estado está abandonando a Segurança Pública em nossa região. Médico legista e rabecão devem ser prioridades no Sistema Policial. Nada choca mais que a morte, nada pior para a família do que esperar demasiadamente para ter o corpo do seu ente querido liberado, muitas vezes sem poder velar, pois o tratamento de um corpo é caro", disse um dos denunciantes./Lenio Cidreira/Liberdadenews
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