Delegados da Polícia Federal em Mato Grosso fazem protesto nesta terça-feira (16) por não estarem satisfeitos com o tratamento do governo federal com a PF.
"Protesto por só termos perdido direitos, por colocarem o elemento humano da polícia em segundo plano, por terem sido eleitos com a bandeira da segurança publica e terem desvalorizado quem a faz todos os dias, por não termos seguro de vida, entre outras coisas", diz o diretor regional da Associação dos Delegados da Polícia Federal em Mato Grosso, Cristiano Nascimento dos Santos.
De acordo com o diretor, nesta terça-feira (16), Dia do Policial Federal, os policiais não têm motivos para comemoração.
"Nos últimos anos, perdemos direitos, tivemos salários reduzidos. O sentimento hoje é de indignação e insatisfação com a postura do governo federal, que não honrou as promessas que fez em sua campanha, no sentido de valorizar a PF", diz Cristiano.
A associação também afirma que no ano passado, no mesmo dia 16 de novembro, o então Ministro da Justiça e Segurança Pública, em nome do Presidente da República, prometeu valorização e reconhecimento do trabalho prestado pelo policial federal.
"Um ano depois, nada de concreto foi efetivado. Por isso, hoje ocorrem protestos em todas as unidades da Polícia Federal pelo país. O policial, seja delegado, escrivão, agente, perito até agentes administrativos não tem seguro de vida, não tem plano de saúde de auto gestão, apesar de ele ser obrigado por lei a colocar a sua própria vida e saúde em risco para proteger a sociedade e o patrimônio publico", relata.
Além disso, eles cobram outras promessas, como o adicional de fronteira.
"Que é um acréscimo que permite que os os policiais sejam fixados em locais de difícil provimento. Cuiabá, assim como outras captais, não tem esse direito. Para completar, o policial federal trabalha em regime de plantão de até 30 horas, mas não tem sua remuneração pelo acionamento de plantão e sobre aviso, ou seja esse trabalho extraordinário não é remunerado financeiramente. Queremos valorização e respeito ", afirma./G1
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