Distrito do Coqueiro, Jucuruçu - BA, 02
de julho de 2025 – Nós,
moradores do distrito de Coqueiro, viemos a público manifestar nossa total
indignação e repúdio à conduta da gestão municipal diante da situação das casas
populares construídas em nossa comunidade.
As 11 moradias
estão prontas há meses, mas permanecem fechadas, enquanto inúmeras famílias
vivem em condições subumanas. Acreditamos que o atraso na entrega se dá por
motivos políticos, o que caracteriza uma prática desumana e eleitoreira.
Recentemente, um
ato de depredação ocorrido no local foi classificado como vandalismo. No
entanto, para nós, foi um reflexo da revolta e do abandono enfrentado pelos que
esperam por um teto digno para morar.
Revolta popular: casas prontas, mas fechadas.
A paciência dos
moradores chegou ao limite. Em um ato de revolta, um indivíduo ainda não
identificado depredou algumas das moradias, quebrando janelas de vidro. Embora
o episódio tenha sido rotulado como vandalismo, a comunidade enxerga o ato como
um grito de desespero.
— Isso não foi
vandalismo. Foi revolta. A gente passa ali todo dia e vê as casas prontas,
enquanto tem família dormindo de favor ou em barracos. Estão segurando pra
entregar na época da campanha. É um desrespeito com o povo — desabafou o lavrador
J. F, de 48 anos, morador do Coqueiro.
Casas construídas com verba federal
O que poucos
sabem — e que precisa ser esclarecido — é que as casas foram construídas com
recursos provenientes de emenda parlamentar do deputado federal Cláudio Cajado.
Todo o investimento partiu do governo federal, através da atuação do
parlamentar. A Prefeitura de Jucuruçu não teve participação direta nos recursos
da obra.
Isso torna
ainda mais grave à tentativa de capitalização política por parte da atual
gestão municipal, que estaria se apropriando indevidamente do crédito pela
construção das moradias.
— Essas casas
não têm nada a ver com a prefeitura. A emenda foi do deputado. Estão querendo
aparecer às custas da miséria dos outros — comentou indignado um líder
comunitário local.
Clamor por dignidade e respeito
A indignação
cresce a cada dia, principalmente entre as famílias cadastradas que vivem em
situação de vulnerabilidade. Para elas, a moradia representa dignidade,
segurança e alívio. Ver o sonho da casa própria sendo adiado por interesse
político é motivo de frustração e revolta.
A comunidade
cobra urgência na entrega das residências e mais respeito à verdade. Os
moradores não aceitam mais serem manipulados por interesses eleitorais e exigem
justiça e transparência.
Pelo direito à moradia e pelo respeito à nossa
dignidade!
Da Redação Jucurunet
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