“E uma sociedade corrupta é uma porcaria”, afirmou. "Aquele que permite a corrupção não é cristão e também cheira mal”, disse o Papa.
Em visita a Nápoles, cidade considerada o berço de uma das máfias italianas, o Papa Francisco fez um discurso duro contra a corrupção. Não por acaso a visita começou por Scampia, um dos bairros mais perigosos de Nápoles, dominado pela Camorra, a máfia napolitana. Na região foi registrado o maior índice de desemprego da Itália: 50%.
“A falta de trabalho tira a dignidade”, disse o pontífice, que pediu aos napolitanos que não se deixem levar pela sedução do dinheiro fácil e dos lucros desonestos. Francisco pediu a eles que reajam com firmeza às organizações que exploram e corrompem os jovens, os pobres e os fracos, com o comércio da droga, além de outros crimes.
"A corrupção é suja", disse o Papa. “E uma sociedade corrupta é uma porcaria”, afirmou. "Aquele que permite a corrupção não é cristão e também cheira mal”, disse o Papa. “A grande riqueza de vocês é que esta cidade produz uma cultura de vida que a ajuda sempre a levantar depois de cada tombo, de modo que o mal não tenha nunca a última palavra", completou.
Na Praça do Plebiscito lotada, Francisco rezou uma missa e voltou a condenar a corrupção. “Um cristão não se deixa corromper. Vamos em frente limpos, e que São Genaro proteja vocês”. O Papa também tocou no tema da imigração e afirmou que todos devem fazer com que os imigrantes se sintam integrados. “Todos somos imigrantes, nenhum de nós possui moradia fixa nesta terra”, disse Francisco. Aos criminosos e aos seus cúmplices, pediu que se convertam ao amor e à justiça.
Na catedral, suplicou que o espírito da pobreza guie os religiosos e beijou o recipiente que contém o líquido vermelho considerado a maior relíquia da cidade. A Igreja afirma que aquilo é o sangue de São Genaro. O Papa Francisco passou cerca de dez horas em Nápoles. Comeu a famosa pizza napolitana e falou em dialeto local com o povo.
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