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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Alerta- Animais com raiva bovina são detectados em Medeiros Neto


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Várias fazendas do município de Medeiros Neto já detectaram animais infectados com a “Raiva Bovina”, alguns animais já morreram e isso preocupa fazendeiros e a vigilância sanitária, já que a doença não tem cura e se o animal morto for manipulado por seres humanos, a raiva pode ser transmitida, explicou o medico veterinário e secretário de agricultura do município, Dr. Armando Leal do Norte.

Segundo Dr. Armando, a doença é transmitida por morcegos e os animais das fazendas que ficam ás margens do rio tem maior probabilidade de contrais a raiva já que os morcegos vivem nas árvores ou nas grutas de pedras. A raiva é uma encefalite aguda viral transmitida através da mordedura de animais doentes e portadores, e que se caracteriza por um quadro neurológico fatal. Também conhecida como hidrofobia, a raiva é uma zoonose e a prevenção da doença é a vacinação, afirmou o veterinário. Estima-se que a raiva seja responsável pela morte de cerca de 50.000 bovinos por ano no Brasil.

 Dr. Armando explicou que a raiva bovina é transmitida pela mordedura de morcegos hematófagos, que atuam como portadores, reservatórios e transmissores do vírus da raiva. O vírus encontra-se na saliva do animal e, obviamente, é necessário que a saliva tenha contato com a ferida, pois o vírus não atravessa a pele íntegra. Após a transmissão, o vírus desloca-se para o sistema nervoso e o curso da doença leva em média 10 dias. O período de incubação da enfermidade varia de 3 a15 semanas.

Nos bovinos a forma clínica mais comum é a raiva paralítica, entretanto, podem ocorrer casos de raiva furiosa. O animal afetado apresenta uma hipersensibilidade a todos os fatores externos. Ocorre uma nítida mudança de hábito, os sintomas evoluem para perda da consciência, mugido rouco, aumento do volume e presença de espuma na saliva, midríase, fezes secas e escuras, andar cambaleante, paralisia dos membros posteriores, e evolução para a paralisia dos anteriores. A morte ocorre 4 a 8 dias após o início dos sintomas.

Dr. Armando explicou que nos casos de suspeita clínica de raiva, não se deve matar o animal, a pode ocorre dentro de no máximo cinco dias após a contactação da doença, o certo é aguardar a evolução natural do quadro e colher material após a morte. Atenção especial deve ser dada à necropsia, que deverá ser feita por um profissional, considerando-se o risco de contaminação e a grande importância da forma de coleta e envio da amostra para a eficiência do diagnóstico.

Nas regiões aonde a doença se manifesta o controle da raiva é feito com a vacinação sistemática de 100% dos animais susceptíveis e o controle dos morcegos hematófagos. O controle dos morcegos hematófagos é realizado através da captura e utilização de uma pasta anticoagulante no dorso dos animais capturados, que são libertados e voltam à toca de origem. Quando os demais morcegos da colônia lambem o anticoagulante morrem de hemorragia generalizada.

Para que a vacinação proteja contra a doença é necessário que o animal seja vacinado e consiga produzir anticorpos antes da inoculação do vírus da raiva, por isso, deve-se ter em mente que a vacina precisa de 21 dias para oferecer proteção aos animais. Quando a vacina viva for utilizada, vacinar somente os animais maiores de 4 meses de idade.

A aplicação deve ser intramuscular profunda, e deve-se dedicar uma atenção especial com a conservação: não utilizar frascos com mais de 20 doses, não utilizar nenhum tipo de desinfetante (o vírus da raiva é muito suscetível à ação de desinfetantes comuns, tais como soluções à base de hipoclorito, formol, iodo e compostos quaternários de amônio).

Nos próximos anos, utilizar vacinas inativadas. Mesmo que não haja focos de raiva é necessário vacinar os animais nas áreas endêmicas, uma vez que, existindo o morcego hematófago, pode surgir a qualquer momento um novo foco.


Um criador das margens do Rio Itanhém falou que já perdeu duas reses infectadas com a doença, mas segundo Dr. Armando, a doença já foi detectada em cinco fazendas./bahiaextremosul

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