Após a Câmara de Vereadores
de Salvador (CMS) aprovar o projeto do Estatuto Municipal de Igualdade Racial e
Combate à Intolerância Religiosa, nesta quarta-feira (29), o vereador Sílvio
Humberto, um dos idealizadores da matéria, afirmou que este foi o estatuto
possível e que tem coisas que podem ser ajustadas, mas explicou que a
importância da aprovação é simbólica.
"Esse foi o estatuto
possível, que foi conduzido muito bem pelo presidente que soube ter a paciência
histórica. Resistimos e não deixamos que o racismo escrevesse mais uma página.
A gente tentou, algumas foram vencidas e outras foram convencidas [...] ou nós
enfrentamos o racismo, as desigualdades raciais ou Salvador vai ficar nesse
ciclo vicioso da pobreza", afirmou em entrevista ao BNews.
"Hoje, aqui, nós demos
um passinho para que o dia 14 de maio [dia após a abolição da escravidão]
conseguisse chegar ao fim. Quero parabenizar os pares e, de fato, as pessoas
foram convencidas, mesmo aquelas que por sua intolerância, por ser obtusa, por
ter uma visão curta, não conseguir enxergar além da esquina, não conseguir
entender que isso daqui é algo bom para todos", explicou o vereador.
Ele ainda disse que, com a
aprovação do projeto, é necessário continuar com a mobilização até que seja
sancionado pelo prefeito, já que Salvador vai ganhar com o estatuto: "Quando pensa do ponto
de vista dos financiamentos, o Banco Mundial está lá dizendo: 'olhe, tem o
Estatuto da Igualdade racial', isso ajuda a atrair recurso para a cidade e
beneficia todo mundo", acrescentou./bnews
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