A Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI), para investigar supostas irregularidades na administração do
prefeito Marcelo Angênica (PSDB), em Itamaraju, era pra ser instalada na semana
passada, mas uma confusão no plenário envolvendo correligionários do gestor e
servidores contratados, acabou por forçar a suspensão da sessão da Câmara
Municipal de Vereadores.
Mas não teve jeito e na
reunião desta terça-feira, dia 19 de novembro, os vereadores Evando Rodrigues,
Zé do Bolo, Egnaldo Fernandes, Izabel Cristina, Som de Nova Alegria e Marcão da
CUT, autores da proposta, levaram o documento ao plenário e conseguiram instalar
o processo de investigação. Ao final da reunião ordinária os vereadores
proponentes chegaram a falar sobre afastamento cautelar do gestor.
Como o Partido dos
Trabalhadores possui maior bancada na Câmara de Itamaraju (3), a expectativa é
que a sigla fique com a presidência da CPI e os demais cargos, secretário e
relator, sejam definidos por votação. O único petista que não assinou o pedido
foi Isac Super Gil, que por contrariar orientação do seu partido, poderá sofrer
sansões, incluindo expulsão e solicitação do seu mandato por parte do diretório
municipal da sigla.
A denúncia
A Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI), conforme a denúncia protocolada pelos seis vereadores, vai
investigar se o gestor municipal teria utilizado documentos falsos para receber
diárias e passagens, com o objetivo de visitar uma indústria que produz
pequenas usinas utilizadas em pavimentação asfáltica.
De acordo com o documento,
Angênica e seu secretário de Obras, Antônio Charbel, teriam apresentado
atestados de comparecimento falsos alegando que estariam na cidade de Salvador
no mesmo dia em que estavam no estado de São Paulo.
Ainda segundo a denúncia o
gestor municipal teria viajado para a capital paulista e lá negociado
previamente o valor de compra da máquina, o que contrariaria a Lei de
Licitações. A empresa visitada por Marcelo Angênica, ainda segundo a denúncia,
foi a única participante da licitação e também a vencedora do certame.
Os vereadores questionam
ainda o fato de que, para burlar a fiscalização do Tribunal de Contas dos
Municípios e da própria Câmara, o gestor não teria enviado os documentos da
licitação ao TCM.
O vereador Egnaldo Fernandes,
ex-aliado da administração municipal, disse no início dessa semana a uma
emissora de rádio local, que a máquina adquirida pelo município, além da
irregularidade de compra, comprovou ser apenas útil para tapar buracos, mas
passa longe de ser uma usina de asfalto. “Isso é fato, tanto que a gestão
contratou recentemente uma empresa especializada para asfaltar uma rua da nossa
cidade”, taxou./TH
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