O número de casos suspeitos
de infecção pelo novo coronavírus, o Covid-19, no Brasil aumentou de 132 para
182, de acordo com plataforma do Ministério da Saúde atualizada às 16h10 desta
sexta-feira, 28. O País segue com um caso confirmado, o de um homem de 61 anos
na capital paulista que está em isolamento domiciliar. Acompanhe as últimas
notícias sobre o coronavírus em tempo real.
Das notificações suspeitas,
71 foram descartadas. A maioria dos casos suspeitos está em São Paulo (66), no
Rio Grande do Sul (27) e em Minas Gerais (17). O ministério destacou que os
casos suspeitos do novo coronavírus só passarão a ser classificados dessa forma
se a pessoa monitorada tiver febre, um sintoma a mais (como tosse e dificuldade
respiratória) e ter viajado para um dos 16 países em alerta nos últimos 14
dias.
O Ministério da Saúde
divulgou nesta sexta os primeiros vídeos da campanha de prevenção ao novo
coronavírus. As peças divulgadas nas redes sociais dão dicas sobre formas de
contágio, (como a transmissão por saliva, tosse, espirro e aperto de mãos) e
orientações sobre ambientes (como evitar aglomerações e manter espaços
ventilados). A propaganda também orienta sobre quando procurar uma unidade de
saúde.
Os vídeos foram divulgados no
canal do ministério no Youtube. O governo também divulgou na internet um
terceiro vídeo, apenas para redes sociais, com etiquetas de higiene ao tossir e
espirrar.
OMS aponta coronavírus em 46
países
O número de casos do novo
coronavírus tem se estabilizado na China, epicentro da doença, mas se espalhado
para mais regiões do mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
apresentados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira, 28, apontam para 46
países com casos confirmados - 9 novos desde quinta-feira, 27.
O mundo registrou até o
momento 2.804 mortes pelo novo vírus, sendo 42 óbitos entre quinta e
sexta-feira. O índice de letalidade na média global é de 3,4% desde dezembro,
sendo 1,6% fora da China. Pela primeira vez, a Coreia do Sul registrou mais
casos novos (505) que a China (439), onde os primeiros registros da doença
foram identificados.
"Temos uma tendência de
estabilização de casos na China e aumento em outros países, principalmente a
partir de Coreia do Sul e Itália", disse o secretário de Vigilância em
Saúde, Wanderson de Oliveira, durante coletiva de imprensa. O Ministério da
Saúde reiterou o pedido para a OMS atualizar a classificação do coronavírus
como uma "pandemia" global.
"Esta mudança vai
implicar numa redução de busca de relação com o local provável de infecção e
vai nos permitir focar principalmente nos grupos etários mais vulneráveis, que
são adultos com mais de 60 anos", afirmou Oliveira.
Edital será lançado para
compra de leitos de UTI
O Ministério da Saúde
anunciou que vai publicar ainda nesta sexta-feira, 28, um edital para compra de
leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Serão comprados blocos de dez
leitos para serem instalados em hospitais de referência caso sejam necessárias
internações.
Pela licitação, de acordo com
o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo dos Reis, a empresa
vencedora da licitação terá de ir aos hospitais e instalar os equipamentos de
UTI em uma semana. Além disso, a mesma companhia será responsável pela
manutenção dos aparelhos e terá prazos específicos para resolução de eventuais
problemas.
Além da licitação,
municípios, Estados e hospitais poderão fazer parcerias com o Ministério da
Saúde para instalação de outros leitos de tratamento intensivo, disse Gabbardo.
A orientação a pacientes com casos suspeitos e confirmados de coronavírus tem
sido isolamento em casa até o desaparecimento dos sintomas.
Uma edição extra do Diário
Oficial da União será publicada nesta sexta-feira, anunciou o secretário. Além
dos leitos da UTI, a pasta lançará editais para comprar máscaras e aventais e
vai publicar contratos para aquisição de outros 16 produtos já licitados, como
álcool em gel.
Sequenciamento genético
Em coletiva de imprensa, o
Ministério da Saúde também noticiou que o Instituto Adolfo Lutz publicou o
sequenciamento genético do novo coronavírus após a identificação de um paciente
brasileiro com a doença.
"Isso ajuda no
desenvolvimento de testes diagnósticos e de uma série de outros
desenvolvimentos tecnológicos. Tem um peso muito grande", afirmou o
secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson Oliveira./bahiaextremosul
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