Uma das vítimas do ataque ao
acampamento Fábio Henrique no Prado, conhecido como ‘São João’, próximo à
Rosinha do Prado, atribuiu a ação ocorrida na madrugada desta terça-feira, 13
de abril, a integrantes do Movimento Sem Terra (MST).
Em um vídeo, a mulher identificada como Vanuza Santos de Souza, aparece com hematomas e diz que foi espancada. Além dela e da filha de oito anos, Segundo ela, o grupo levou os moradores e abandonou alguns deles em um trecho da BR-101, enquanto outros foram deixados na BA-001. Alem de Vanusa e a filha, outras quatro pessoas de uma segunda família, também foram agredidas.
A vítima, que é presidente da
Associação de Produtores Rurais do assentamento, fez um apelo ao ministro da
Justiça e ao presidente Jair Bolsonaro, pela presença da Força Nacional na
região. Nesta manhã entramos em contato por telefone com o Sr. Nil e ele nos
disse que estão sem poder entrar no local e já recebeu informação que outras
pessoas também estão sendo ameaçadas.
Vanuza diz ainda, que chegou a pedir ao governador da Bahia, por mais segurança na área de conflito, mas Rui Costa teria assegurado que nada aconteceria aos ocupantes do acampamento.
A mulher também conta no vídeo, que foi enganada pelo PT e o MST, e que agora, está sendo ameaçada de morte. Ela ainda denuncia sobre um suposto esquema de aluguel de mangas, que renderia ao movimento, cerca de R$ 40 mil, mensais.
O apelo feito por Vanuza chegou ao governo federal, em Brasília, e o secretário Especial de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, gravou um vídeo sobre a denúncia e pedidos de socorro.
Nabhan diz que a ação ocorreu em uma propriedade privada, fora da competência do governo federal. Segundo o secretário, a responsabilidade da segurança pública neste caso, seria do governo estadual, que o secretário alega estar contribuindo muito pouco com a regularização fundiária.
Nabhan cita, inclusive, a decisão da retirada da Força Nacional por parte de Rui, que garantia a ordem no processo, e não de afronta, explica.
O caso já foi comunicado na delegacia de Prado, também nesta terça-feira, sob o registro de número 502. Após ouvir vítimas e testemunhas, o delegado titular da Polícia Civil, Dr. Kléber Gonçalves, instaurou o inquérito 51/2021. .
Ainda segundo o Dr. Kleber, pelo menos seis pessoas foram citadas e estão sendo investigadas, e que estas pessoas já são investigadas em outras denuncias, informou o chefe da Polícia Civil do Prado./bahiaextremosul
Nenhum comentário:
Postar um comentário