A Justiça concedeu o benefício de prisão domiciliar ao ex-vice-prefeito de Porto Seguro, Humberto Nascimento, durante audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira (16), horas após se entregar à Polícia Federal em Porto Seguro. Conhecido como Beto Axé Moi, ele era alvo de mandado de prisão decretado pela Vara Federal Cível e Criminal de Eunápolis, no âmbito da Operação Fraternos, que investiga fraudes em contratos públicos das prefeituras de Eunápolis, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália.
Segundo informações, por ter diploma de advogado, o ex-vice-prefeito tem prerrogativa de ocupar uma cela especial. No entanto, como o presídio de Eunápolis não tinha vaga nesse tipo de cela, foi autorizada a prisão domiciliar.
Na terça-feira (15), a Polícia Federal cumpriu outros cinco mandados de prisão durante a OperaçãoFraternos. Além dos ex-prefeitos de Eunápolis, Robério Oliveira, e de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, foram presos os empresários Ricardo Luiz Bassalo, Marcos da Silva Guerreiro e Edimilson Alves de Matos.
ACUSAÇÃO DO MPF
De acordo com acusação do Ministério Público Federal, o ex-vice-prefeito Beto Axé Moi teria sido responsável, em parceria com o ex-prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira, por adicionar um núcleo para “fornecimento de infraestrutura para as festas de Carnaval, de São João e de Natal”. Ainda conforme o MPF, Robério e Beto Axé Moi teriam acrescentado a “organização de festas populares às suas atividades, especialmente por intermédio de contratos administrativos ilusórios”.
A decisão do MPF que levou ao pedido de prisão cita ainda desvios de recursos federais para pagamento de pesquisas eleitorais no pleito de 2016, com “assentimento de Cláudia Oliveira e Beto Axé Moi, que eram candidatos à reeleição”./radar64
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