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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Mãe é presa temporariamente sob suspeita de envolvimento na morte do filho de 3 anos em Teixeira de Freitas

 


 Teixeira de Freitas (BA) – A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quinta-feira (3), Bruna Eduarda Dias da Silva, 21 anos, em cumprimento a um mandado de prisão temporária emitido pela 1ª Vara do Júri local. A ação está ligada à investigação da morte de seu filho, Davi de Araújo Silva, de 3 anos, ocorrida em 27 de março. 

Inconsistências na investigação 

Segundo o delegado Marcos Roriz, responsável pelo caso, as investigações começaram após médicos do Hospital Estadual Costa das Baleias identificarem que as lesões da criança – traumatismo craniano, fratura de clavícula, equimoses no rosto e morte encefálica – não condiziam com o relato da mãe. Bruna afirmou ter deixado o filho sob os cuidados de um adolescente de 16 anos, seu companheiro, e ao retornar o encontrou desacordado no berço. 

O laudo necroscópico, assinado pelo legista Dr. Cleber Cândido, revelou hemorragia intracraniana traumática e outras lesões incompatíveis com uma queda acidental. Roriz destacou que Davi tinha paralisia cerebral, atraso cognitivo e ausência de tônus muscular no pescoço, condições que tornariam qualquer impacto ou movimento brusco potencialmente fatal. 

Defesa contesta prisão 

A advogada de Bruna, Flávia Falqueto, criticou a decisão judicial, argumentando que sua cliente colaborou com as investigações desde o início, comparecendo espontaneamente a depoimentos. "A prisão temporária foi uma surpresa, pois as investigações ainda estão em fase inicial", afirmou. 

Falqueto também expressou preocupação com a segurança de Bruna, citando um incêndio criminoso na casa da jovem após a divulgação do caso. "Há um risco real à sua integridade física, além de um julgamento antecipado pela opinião pública", disse. A defesa anunciou que recorrerá da prisão para "garantir os direitos da investigada". 

Próximos passos 

Bruna permanece custodiada na Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas. Seu celular foi apreendido para perícia. A defesa pediu cautela à população: "Estamos falando de uma mãe que perdeu o filho. O processo precisa seguir seu curso legal".

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