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sábado, 26 de julho de 2025

Entre Acordes E Memórias, Ouvides Celebra A Vida Tocando Sanfona No Coração De Jucuruçu

 


A lenda viva da sanfona em Jucuruçu

Nesta sexta-feira, o Jucuru Net teve a honra de registrar um momento especial ao lado de uma verdadeira lenda viva de Jucuruçu: Ovidigaldo Rodrigues, carinhosamente conhecido como "Ouvides". Aos 70 anos de idade, ele é um dos últimos representantes da tradicional arte de tocar sanfona no município — e um ícone da cultura local.

Natural de Itamaraju – BA, nascido em 26 de abril de 1955, Ovídio é filho de Álvaro Rodrigues e Tionilia Ferraz de Oliveira, ambos já falecidos. Sua história com a sanfona começou cedo, aos nove anos de idade, em uma visita ao povoado de Gado Bravo, quando viu o instrumento pela primeira vez. “Fiquei encantado. Pedi ao meu pai uma sanfona, mas ele achou graça e disse que eu nunca tinha nem visto uma antes”, relembrou.

A paixão foi tanta que Ovídio trocou uma vaca pela sua primeira sanfona. Teve como mentor o sanfoneiro Geraldo, que o ajudou a dar os primeiros passos no mundo da música. Desde então, não largou mais o instrumento. Ele conta com orgulho que o gosto se espalhou entre seus 3 irmãos, e a sanfona passou a fazer parte do cotidiano da família.

Ainda jovem, Ovídio começou a se apresentar em festas populares e eventos culturais nos distritos de Dois de Abril, Coqueiro e Cruzeiro do Sul, ganhando o carinho do público por onde passava. Durante anos, integrou um grupo musical que marcou época em Jucuruçu, ao lado de nomes como Solon, Nilson, Zé Vítor e Sidrone e Gelson — alguns dos quais já faleceram, o que torna seu legado ainda mais valioso.

Além de sanfoneiro, ele também é comerciante. Em seu bar, localizado na sede de Jucuruçu, o público encontra não só bebidas e variedades, mas também a oportunidade de ouvir ao vivo o som inconfundível da sua sanfona. Com entusiasmo, ele diz: “É uma alegria poder tocar ainda hoje. Quem quiser me chamar, estou pronto.”

Durante a entrevista, Ovídio emocionou ao lembrar os antigos carnavais e festas tradicionais, como o Boi Janeiro, quando acompanhava os cortejos pelas ruas da cidade. “Hoje em dia são poucos os que tocam. Isso aqui é uma arte que não pode morrer”, disse ele, reforçando a importância de preservar as raízes culturais da região.

É uma alegria poder tocar ainda hoje. Quem quiser me chamar, estou pronto”, afirmou com entusiasmo durante a entrevista.

Ovídio emocionou a todos ao lembrar dos antigos carnavais e das festas tradicionais, como o Boi Janeiro, em que acompanhava os cortejos pelas ruas do município. Ele reforça o desejo de ver essa cultura perpetuada entre as próximas gerações.

“Hoje em dia são poucos os que tocam. Isso aqui é uma arte que não pode morrer”, destacou.

A arte da sanfona, nas mãos de Ovídio, é mais que música. É um testemunho de resistência cultural, amor às raízes e dedicação ao povo. O seu talento transforma cada melodia em emoção, cada acorde em história viva. 

Em nome do povo de Jucuruçu, o Jucuru Net expressa profunda gratidão ao mestre Ovídio por compartilhar sua trajetória com tanto amor e simplicidade. Que sua sanfona segue ecoando como símbolo de resistência cultural e inspiração para as novas gerações. Como símbolo de identidade, tradição e orgulho da nossa terra.

Da Redação Jucurunet

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