As consequências da Operação Lava Jato já repercutiram nos negócios do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo reportagem da Folha, os efeitos da operação causaram diminuição nas palestras remuneradas de Lula. No intervalo de 15 meses, de março de 2014, quando a investigação foi deflagrada, a junho de 2015, o ex-presidente foi contratado para seis palestras, média de um evento pago a cada 75 dias.
Ainda segundo o jornal, o caso é diferente quando se toma como referência o período anterior a 20 de março do ano passado, quando o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso pela Polícia Federal, dias após da deflagração da Lava Jato. De 2011 até aquela data, Lula proferiu 64 palestras pagas, média de uma a cada 18 dias.
Os dados são de um dossiê entregue pelo Instituto Lula ao Ministério Público Federal no Distrito Federal, que investiga supostas irregularidades na relação de Lula com empreiteiras brasileiras e governos estrangeiros.
Segundo a assessoria do Instituto Lula, o volume maior de palestras feitas pelo ex-presidente se deve ao fato de que ele se dedicou mais, em 2014, "às atividades políticas" por se tratar de um ano eleitoral e, em 2015, ao instituto e "a discutir o Plano Nacional de Educação". O instituto ainda disse que, diferente da Folha, o foco do ex-presidente "não é o lucro”, mas "trabalhar pelo Brasil, sempre dentro da lei".
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