Entre fevereiro e março deste
ano, 75 municípios da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro vão realizar campanhas
de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas. A decisão, segundo o
ministro da Saúde, Ricardo Barros, foi adotada mediante recomendação e
autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O fracionamento de doses, de
acordo com a pasta, é uma medida preventiva e emergencial adotada em razão do
surto da doença no país e que será implementada em áreas selecionadas durante
um período de 15 dias. "A dose fracionada, até o presente momento, tem
mostrado exatamente a mesma capacidade de imunização que a dose integral",
disse o ministro.
Barros destacou que a dose
padrão da vacina contra a febre amarela protege uma pessoa por toda a vida,
enquanto a dose fracionada protege por pelo menos oito anos. Estudos em
andamento, segundo ele, vão continuar a avaliar a proteção da dose fracionada posterior
a esse período.
Ao todo, 19,7 milhões de
pessoas devem ser imunizadas nos três estados, sendo 15 milhões com doses
fracionadas e 4,7 milhões com dose padrão (crianças de 9 meses a menores de 2
anos; pessoas com condições clínicas especiais como HIV/aids, doenças
hematológicas ou após término de quimioterapia; gestantes; e viajantes
internacionais, mediante apresentação do comprovante de viagem).
Campanha na Bahia
Na Bahia, 2,5 milhões de
pessoas serão vacinadas com a dose fracionada e 813 mil com a dose padrão em
oito municípios. Também em razão do carnaval, a campanha será feita de 19 de
fevereiro a 9 de março, sendo o dia 24 o dia D de mobilização.
Imunização contra a febre
amarela na Bahia
Imunização contra a febre
amarela na BahiaDivulgação/ MS
O fracionamento
Atualmente, o ministério
utiliza a dose padrão da vacina contra a febre amarela com 0,5 mL. Já para a
dose fracionada, são aplicados 0,1mL ou 1/5 da dose padrão. Desta forma, um
frasco com cinco doses da vacina padrão pode imunizar até 25 pessoas com a dose
fracionada contra a doença.
Capacitação
O ministério informou ainda
que, em janeiro, estados e municípios vão treinar profissionais de saúde e
adequar a logística para o fracionamento de doses. Para isso, a pasta deve
repassar aos estados R$ 54 milhões do Piso Variável de Vigilância em Saúde.
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