Gol de Sassá chegou a dar esperança ao Cruzeiro, mas Boca conseguiu a igualdade no fim da partida
O Cruzeiro lutou, se esforçou
e brigou até o fim. Ainda que tenha esbarrado no nervosismo e no bom poder de
marcação do Boca Juniors, conseguiu encher mais de 55 mil corações de esperança
ao fazer 1 a 0 aos 12min do segundo tempo, em finalização de Sassá, que se
igualou a Thiago Neves na artilharia do time na Copa Libertadores (5 gols
cada).
Mas os argentinos foram frios e ganharam corpo aos 36min do segundo
tempo, quando Dedé recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Com um a
menos, a Raposa até tentou buscar o segundo gol que levaria a decisão para os
pênaltis. Raniel, aos 42min, teve chance de ouro, porém se atrapalhou ao tentar
ajeitar a bola e acabou desarmado por Agustín Rossi.
A ducha de água fria veio
aos 48min da etapa final: em cobrança de falta de Gago, Ábila ajeitou de peito,
Leo não conseguiu cortar, e Pavón chutou forte no ângulo de Fábio: 1 a 1.
Minoria, os 1.700 'hinchas' boquenses cantaram alto e rodaram bandeiras e camisas.
No duelo de ida, em Buenos
Aires, o Boca havia vencido o Cruzeiro por 2 a 0, na Bombonera.
O Cruzeiro deixou o campo
reclamando muito da atuação do árbitro uruguaio Andrés Cunha. No primeiro
tempo, Barcos teve um gol anulado por jogada perigosa de Dedé no goleiro Rossi.
No segundo tempo, Arrascaeta sofreu pênalti, prontamente marcado.
Mas um
impedimento de Barcos flagrado pelo auxiliar e pelo VAR fizeram o juiz voltar
atrás na marcação. O clube mineiro ainda se queixou da expulsão de Dedé devido
a um segundo cartão amarelo, na etapa final.
O Boca segue firme em busca
do sétimo título da Copa Libertadores e vai enfrentar o Palmeiras nas
semifinais. As equipes já se conhecem, pois duelaram na fase de grupos. O
Verdão ganhou na Bombonera, por 2 a 0. No Allianz Parque, houve empate por 1 a
1. O Cruzeiro, por sua vez, concentra-se na decisão da Copa do Brasil. Na
próxima quarta-feira, às 21h45, no Mineirão, enfrentará o Corinthians pelo jogo
de ida.
O confronto de volta ocorrerá uma semana depois (17/10), no mesmo
horário, na Arena Corinthians. Em busca de sua sexta taça, a Raposa acumulará
R$ 61,9 milhões em prêmio caso supere o clube paulista, além de assegurar vaga
na fase de grupos da Libertadores de 2019.
O jogo
Derrotado por 2 a 0 no jogo
de ida, na Bombonera, o Cruzeiro tinha um obstáculo além do Boca Juniors: o
cronômetro do árbitro Andrés Cunha. Aproveitar cada segundo com a bola no pé
seria fundamental para uma façanha no Mineirão. Assim que o time deu a saída,
Lucas Silva fez lançamento longo para Dedé, que estava na ponta direita do
campo de ataque.
O zagueiro cabeceou para o bico da meia-lua, e Arrascaeta, de
primeira, chutou no meio do gol, nas mãos de Agustín Rossi. O lance em si não
ofereceu tanto perigo ao goleiro argentino, mas serviu para incendiar os
torcedores e manter viva a esperança da virada.
Mas o Boca usou o artifício
da catimba, contrariando as expectativas do técnico celeste Mano Menezes na
entrevista coletiva dessa quarta-feira. A cada tiro de meta, Agustín Rossi
demorava entre 10 e 15 segundos para executar a cobrança. O uruguaio Andrés
cunha chamou a atenção do goleiro xeneize, mas não o advertiu com cartão.
Isso
irritou profundamente os jogadores cruzeirenses e também os torcedores. Quando
quis, o Boca soube jogar bola. As escapadas de Villa e Pavón pelo lado direito
geraram dificuldades para o lateral-esquerdo Egídio. Fábio, por sua vez,
precisou espalmar chute de Zárate em cobrança de falta, aos 33min.
As estatísticas da partida
mostraram um Cruzeiro com mais de 60% de posse de bola, porém com dificuldades
de envolver a defesa do Boca na troca de passes no campo de ataque. O sistema
armado por Guillermo Schelotto fechava os espaços pelos lados. Os atacantes
Pavón, Villa e Zárate eram disciplinados na marcação e por vezes dificultavam
os avanços de Edilson e Egídio. Diante dessa postura, Arrascaeta e Robinho
ficaram isolados e viraram presas fáceis para o time xeneize.
O que fazer para fugir da
retranca? Chutar de fora da área? Apostar em cruzamentos? Lucas Silva tentou do
meio da rua, aos 41min, e obrigou Rossi a espalmar. Aos 46min, Edilson cobrou
falta do lado direito, Rossi saiu de soco e a bola sobrou limpa para Barcos
ajeitar e mandar na rede. Mas o árbitro Andrés Cunha alegou jogo perigoso de
Dedé, por um pé alto no goleiro do Boca, e assinalou falta. A multidão no
Mineirão, claro, ficou na bronca e de maneira uníssona gritou: ‘Ladrão, ladrão,
ladrão’.
No intervalo do jogo, foi
possível ver os sete reservas do Cruzeiro batendo bola no campo. Sinal de que
Mano Menezes não efetuaria substituição, apesar dos pedidos pela entrada de
Sassá. Aos 9min, Arrascaeta tabelou com Barcos, invadiu a área e foi derrubado
por Magallán. Pênalti? Não! O árbitro Andrés Cunha chegou a apontar para a
marca penal, mas voltou atrás ao ser avisado pelo assistente número um, Nicolás
Tarán, de que o Pirata estava impedido quando fez o ‘pivô’. O público
esbravejou: “Vergonha, vergonha, vergonha!”.
Aos 11min, o Cruzeiro tinha
um escanteio. Mano resolveu mudar o time na hora da cobrança. Aclamado pelos
torcedores celestes, Sassá entrou no lugar de Lucas Silva e correu para a
pequena área. No segundo poste, ele aguardou atentamente o cruzamento de
Arrascaeta e o desvio de Leo para chutar de primeira e fazer 1 a 0. Enfim,
Andrés Cunha apontou para o meio-campo. Gol do Cruzeiro!
Como precisava marcar o
segundo gol para, no mínimo, levar as quartas de final aos pênaltis, o Cruzeiro
fez a segunda alteração aos 19min. Barcos, que teve muita dificuldade na briga
com os zagueiros do Boca, deu lugar a Raniel. A exposição demasiada tinha seus
riscos: quando o time argentino recuperava a bola, encontrava um grande
latifúndio no gramado do Mineirão para trabalhar o passe e oferecer perigo à
Raposa.
A última cartada de Mano
Menezes era Rafinha, que entrou no lugar de Arrascaeta aos 30min do segundo
tempo. As chances de reação se complicaram de vez aos 36min, quando Dedé
cometeu falta em Pavón e foi expulso pelo acúmulo de dois cartões amarelos. Com
um a menos e sem substituições a fazer, o time celeste ficou exposto na defesa.
Aos 39min, Gago bateu falta, e Ábila cabeceou a bola na trave.
O último suspiro
cruzeirense veio aos 42min, mas Raniel não conseguiu ajeitar a redonda como
queria após falha de Agustín Rossi e o goleiro do Boca afastou de carrinho. A
ducha de água fria veio aos 48min: Ábila tocou de peito para a grande área, Leo
falhou e Pavón soltou a bomba no ângulo: 1 a 1. Fim do sonho do Cruzeiro na
Libertadores. Hora de sacudir a poeira e pensar na decisão da Copa do Brasil,
contra o Corinthians./superesportes
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