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domingo, 16 de dezembro de 2018

Arthur Maia, excepcional baixista que ia do funk ao jazz, morre aos 56 anos em Niterói



Arthur Maia, excepcional baixista que ia do funk ao jazz, morre aos 56 anos em Niterói

        Arthur Maia (9 de abril de 1962 – 15 de dezembro de 2018) saiu de cena no fim da manhã de hoje, aos 56 anos, mas fica na história da música brasileira como um dos maiores baixistas do país, capaz de ir do jazz ao funk com a mesma habilidade.

Arthur Maia foi um músico excepcional nascido na cidade do Rio de Janeiro (RJ), mas associado à cidade fluminense de Niterói (RJ), onde morou, onde atuou como secretário de cultura (de 2013 a 2016) e onde morreu precoce e inesperadamente, vítima de parada cardíaca.

Foi do tio, o também baixista Luizão Maia (1949 – 2005), que Arthur ganhou na adolescência o baixo elétrico que daria o tom do artista nos bailes da vida.

Aos 17 anos, Arthur iniciou a carreira profissional nesses bailes, absorvendo a influência do som black Rio que pautou grande parte da discografia do baixista como solista e como músico acompanhante. Aos 18 anos, gravou o primeiro disco como músico de estúdio, A arca de Noé (1980).

Aos 19 anos, em 1981, o baixista já gravava com Ivan Lins, tocando no álbum Daquilo que eu sei. Daí em diante, Maia foi requisitado para tocar em discos e shows de gigantes da MPB e do pop nacional como Caetano Veloso, Djavan, Gal Costa, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Lulu Santos, Marisa Monte e Milton Nascimento, entre muitos outros nomes do panteão musical brasileiro.

Contudo, Arthur Maia também soube transitar além do mainstream da MPB e do pop nativo. Foi um dos fundadores do Cama de Gato, grupo carioca de música instrumental que, a partir dos anos 1980, ajudou a criar a linguagem do chamado jazz brasileiro. Também integrou formações da banda Black Rio. Mais tarde, fez parte da banda pop Egotrip.

Além de exímio baixista, Arthur Maia atuou também como arranjador e produtor musical. Foi nessas funções, divididas com Celso Fonseca, que Arthur Maia deu forma ao álbum que Martn'ália lançará em janeiro com músicas do compositor e poeta Vinicius de Moraes (1913 – 1980).

Como solista, o músico e compositor deixa álbuns como Maia (1991) e Arthur Maia (1996), discos nos quais exercitou o toque do funk e do samba com toda a influência do jazz. Som que deu projeção no circuito jazzístico internacional a Arthur Maia, um dos maiores músicos do Brasil no toque do baixo elétrico./G1

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