O futuro ministro da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni, utilizou verbas públicas, reembolsadas pela Câmara dos
Deputados, para pagar passagens aéreas suas e de assessores para eventos de
campanha de Jair Bolsonaro ou para cidades onde estaria o então candidato do
PSL, hoje presidente eleito.
Segundo reportagem publicada
pelo jornal Folha de S. Paulo na noite do último domingo (30/12), registros da
Câmara somam mais de 70 bilhetes cuja origem ou destino são aeroportos do Rio e
São Paulo, totalizando R$ 100 mil.
A matéria dá diversos
exemplos de datas de bilhetes aéreos e participação do deputado em ato
vinculado à campanha, como o dia em que Bolsonaro recebeu uma facada em Juiz de
Fora (MG), em 6 de setembro, quando Onyx decolou do aeroporto Presidente Itamar
Franco, o mais próximo da cidade mineira. “As regras da cota de atividade
parlamentar —verba que congressistas têm para atividades do dia a dia— não
permitem o uso para fins eleitorais”, lembra a Folha.
O futuro governo, e
especialmente Onyx, usam com frequência o discurso do corte de gastos públicos.
Recentemente, o futuro ministro chegou a dizer que abriria mão de seu cartão
corporativo e declarou não ter utilizado avião da FAB desde que foi nomeado
ministro da transição, algo que seria permitido para o cargo.
Onyx já admitiu ter recebido
dinheiro de caixa 2 da JBS para sua campanha, episódio pelo qual virou alvo de
processo no Supremo Tribunal Federal em dezembro deste ano. “O mais importante
é me resolver com Deus”, disse recentemente, sobre o caso.
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