Três vereadores e o
secretário municipal de governo de Porto Nacional, cidade a 66 km de Palmas,
foram presos na última quinta-feria (27/12), em uma operação contra fraudes em
licitações da câmara municipal. Foram detidos os vereadores Adael Oliveira Guimarães
(PSDB), Emivaldo Pires de Souza (PTB), Jean Carlos da Silva (PV) e o secretário
Geylson Neres Gomes (MDB), que também integrava a Câmara e está licenciado.
Porto Nacional fica na região
central do estado do Tocantins. A Câmara de Vereadores é composta por 13
parlamentares.
A polícia informou que também
cumpriu mandados de prisão contra um ex-vereador que teve o mandato cassado;
dois servidores da Câmara, além de um empresário do ramo de informática.
A defesa dos parlamentares
informou que por enquanto não irá se manifestar porque não teve acesso ao
processo. A assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores informou que hoje
seria realizada uma sessão extraordinária para votação da Lei Orçamentária
Anual (LOA), mas que por causa da operação, foi adiada. Informou ainda que
posteriormente irá se posicionar sober a operação.
A prefeitura informou que a
operação investiga a Câmara de Vereadores de Porto Nacional e não diz respeito
à Prefeitura e que Geylson Neres é investigado por sua atuação como vereador e
não como secretário.
Ao todo são cumpridos nove
mandados de prisão na operação. Destes, oito pessoas já foram presas. A Polícia
Civil faz buscas para prender um ex-vereador, que também já foi secretário
municipal.
Segundo a polícia, a operação
recebeu o nome de "negócio de família" porque o suposto esquema teria
envolvido três pessoas da mesma família e um amigo. O grupo teria desviado
cerca de R$ 700 mil.
Na época da operação, o
delegado Wagner Siqueira explicou que o grupo é suspeito de montar empresas
para concorrer em processo licitatório na Câmara.
“O grupo possuía quatro
empresas com o objetivo supostamente de fraudar o caráter competitivo,
participando das licitações de equipamentos de informática e de telefonia. Na
ocasião, eles provavelmente combinavam os preços para sagrar-se vencedores nas
licitações”, afirmou o delegado.
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