O vereador Tarcísio Paixão
(PP), da cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, teve mandado de prisão preventiva
cumprido sexta-feira (17/05) após se apresentar na Promotoria de Justiça do
município. Ele é um dos alvos da "Operação Xavier", deflagrada na
última quarta-feira (15/05) com o objetivo de combater um esquema de corrupção
na Câmara.
Em contato com a reportagem,
o advogado do vereador, Constantino Neto, informou que o cliente é inocente e
que se entregou justamente para colaborar com as investigações. Segundo o
Ministério Público, Tarcísio Paixão será transferido para o Presidio Ariston
Cardoso, no município de Ilhéus.
Além do vereador, outras sete
pessoas tiveram prisão decretada. Três delas foram presas na quarta-feira e
outras três seguem foragidas. Os presos são dois empresários e o ex-vereador e
atual secretário de Agricultura e Pesca de Ilhéus, Valmir Freitas, que foi
afastado temporariamente do cargo pela
prefeitura.
Operação
Ação desencadeada em Ilhéus
contou com apoio da PRF — Foto: Divulgação/PRF
Ação desencadeada em Ilhéus
contou com apoio da PRF — Foto: Divulgação/PRF
Coordenada pelo Ministério
Público da Bahia (MP-BA), a ação teve como objetivo desarticular uma
organização criminosa que atuava na Câmara de Vereadores de Ilhéus. Equipes do
Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações
Criminais (Gaeco) e da 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, em conjunto com a
Polícia Rodoviária Federal (PRF), atuaram na ação.
Além do cumprimento dos três
mandados de prisão, os agentes também cumpriram dez de busca e apreensão, todos
expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus. O material, contando com celulares e
documentos, foi encaminhado para o MP. Além dos presos, um vereador e sete
servidores da casa legislativa foram afastados.
Segundo o MP-BA, os
investigados estão envolvidos em organizações criminosas instaladas na Câmara e
responsáveis por operacionalizar múltiplos esquemas de corrupção ao longo de
sucessivas gestões na Casa Legislativa. Os nomes dos outros investigados não foram
divulgados.
Denominada "Operação
Xavier", a ação resulta da continuidade de investigações de esquemas
fraudulentos identificados pela "Operação Citrus", que revelou
esquemas de corrupção praticados por agentes públicos com o apoio de empresas
de assessoria contábil e de licitações, contratadas para maquiar
documentalmente a prática dos diversos ilícitos apurados./Zero Hora News
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