O presidente da Câmara de
Vereadores de Astorga, no norte do Paraná, José Carlos Paixão (PTB), e um
assessor foram presos pelo Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio
Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), na última
terça-feira (13/08).
As prisões ocorreram por
volta das 14h30, na Câmara de Vereadores.
Segundo o Ministério Público
do Paraná (MP-PR), José Carlos Paixão, o vereador Mauricio Juliani (DEM) e o
assessor de comunicação da Casa, Fernando Gardin, ofereceram propina e um cargo
no Legislativo municipal para um homem que, com frequência, noticiava fatos
irregulares realizados pela prefeitura ao MP-PR.
O promotor Renato de Lima
Castro detalhou que essa pessoa foi chamada por Paixão, Juliani e pelo assessor
para conversar, dessa forma, os três queriam impedir que ela continuasse
denunciando e prestando informações à Justiça. O denunciante foi até a reunião
e gravou a conversa.
No encontro, ainda conforme o
MP-PR, foram oferecidos R$ 3 mil mensais a esse cidadão para que ele ficasse em
silêncio.
"Os vereadores e o
assessor propuseram essa quantia até que a Câmara aprovasse uma alteração no
regimento interno e ele fosse contratado como assessor legislativo. Os seis
vereadores da base do prefeito repassariam R$ 500 por mês para pagar a propina",
detalhou o promotor.
O vereador Mauricio Juliani
não foi preso porque ele não estava no momento da entrega do dinheiro, ainda
conforme o MP-PR. No entanto, ele também será denunciado.
Os presos foram levados para
a Delegacia de Combate à Corrupção em Londrina, no norte do Paraná, e devem
responder pelo crime de corrupção de testemunha.
O advogado de José Carlos
Paixão e de Fernando Gardin disse que ainda não teve contato com o clientes e
nem informações sobre a investigação. Por este motivo, informou que não vai se
manifestar./Zero Hora News
Nenhum comentário:
Postar um comentário