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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Bolsonaro primeiro brincou com fogo. E agora brinca com vidas






Jair Bolsonaro botou na Fundação Palmares um negro (Sérgio Camargo) para afrontar os negros; no Ministério da Educação, um (Abraham Weintraub) tão mal educado (no mínimo); Regina Duarte, na cultura, ela que, como num conto de fadas, começou a lenda como namoradinha do Brasil, e, no fim, virou uma bruxa malvada.

Dizem que é um propósito dele para espezinhar a esquerda. Noutra banda, alguns empresários falam que no primeiro ano, até que Bolsonaro foi bem, mas o grande inimigo dele é ele mesmo, o grande opositor de si próprio.

Sem volta

Bolsonaro já foi a manifestações que defendem a ditadura, já chutou uma legião de amigos que o ajudaram em 2018, fez tudo que tinha e não tinha direito, brincou com fogo. E, agora, decide brigar contra quem está tentando salvar vidas.

Ele aguenta essa? O deputado federal Marcelo Nilo (PSB), agora coordenador da bancada baiana em Brasília, acha que não: — O homem é um psicopata. Quem não tem amor à vida não tem amor a mais nada.

O país está morrendo, e ele nem aí! Segundo Nilo, dizem que o que levanta ou derruba governo é a economia, e no pós-pandemia, teremos uma economia arrasada, milhares de mortos e um presidente isolado. —

No impeachment de Temer, o PT votou a favor porque, se Temer caísse, o presidente seria Rodrigo Maia, do DEM. E o DEM votou contra, mas torcendo para passar pelos mesmos motivos. Com Bolsonaro vai ser todo mundo a favor./brumadourgente

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