O presidente dos EUA, Donald
Trump, voltou a citar o Brasil entre nações que enfrentam problemas no combate
à pandemia de coronavírus. Nesta sexta-feira (5), durante entrevista coletiva,
o líder republicano afirmou que o país comandado pelo aliado Jair Bolsonaro
está em um "momento difícil".
Ao citar a situação econômica
americana em meio à crise da Covid-19, Trump projetou bons números para os
próximos meses, ressaltando que os EUA são a maior economia do mundo e que,
segundo ele, as medidas tomadas no combate à propagação do vírus "fecharam
o país".
"Possivelmente salvamos
2 milhões, 2,5 milhões de vidas. Agora, poderiam ter sido 1 milhão de vidas
(...) Mas, se você pensar, hoje estamos em 105 mil, (...) e poderia ser dez
vezes esse valor", disse ele. "Se você olha para o Brasil, eles estão
passando por um momento muito difícil."
Em seguida, Trump citou a
Suécia, país europeu cuja estratégia contra o coronavírus é alvo de polêmica
por, diferentemente de seus vizinhos nórdicos, não ter adotado o "lockdown",
ainda que regras de distanciamento social tenham sido colocadas em prática.
Para o republicano, a Suécia,
que contabiliza 4.562 mortes e quase 42 mil casos confirmados, está em um
"momento terrível". "Se fizéssemos isso, teríamos perdido 1
milhão, 1,5 milhão, talvez até 2 milhões e meio ou mais de vidas. No entanto,
estamos em 105 mil."
Os EUA registraram, até
agora, 108.664 mortes e 1,8 milhão de infecções, números bem superiores aos do
país europeu e do Brasil, que acumula 34 mil óbitos e quase 615 mil
contaminações, de acordo com dados compilados pelo universidade Johns Hopkins.
O líder americano, no
entanto, diz que as elevadas cifras de casos se devem à quantidade de testes
realizada no país. Em números absolutos, os EUA são o país que mais testam no
mundo, segundo o site Worldometer, com 19,9 milhões de exames.
Ainda que o republicano diga
que "fechou o país", Trump defendeu retomar a economia muito antes do
recomendado por especialistas de saúde de seu próprio governo, entrando em
choque com epidemiologistas e governadores de diversos estados, principalmente
os liderados por democratas.
Antes de citar a Suécia, o
presidente americano disse que o Brasil quis seguir o exemplo de Estocolmo. Em
entrevista coletiva em meados de maio, em Brasília, Bolsonaro usou o país
europeu como referência de nações que não fecharam, dando a entender que essa
era uma estratégia positiva./bnews
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